Capítulo V

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Julho de 2017

Melhorar de vida, tirar a mãe de um trabalho que ela não merecia fazer, esse é o objetivo de Marick um jovem rapaz de 16 anos que nasceu na Turquia, mas mora na Alemanha na capital Berlim.
Cabelo castanho cheio, bagunçado quase caindo na frente dos olhos, magro e muito medroso, aspectos diferente de um herói.

Marick é um jogador de vídeo game, tentando ser profissional, porém ainda nao conseguiu crescer nesse ramo ao ponto de viver só disso, apesar de ser um bom jogador.
Ele não fica indignado por não conseguir seu sonho de ser profissional, mas, por ter que ver sua mãe, Ayla Turan, saindo de casa pela manhã para trabalhar como garota de programa e voltar só a noite ou madrugada.
Apesar de sua mãe pedir para ele ficar calmo, estudar e tentar conquistar os objetivos dele, Marick não se sente bem vendo a mãe, recebendo ligações e saindo assim que um homem desconhecido pede pelo os seus serviços.
E as vezes acha impossível mudar a situação e pensa até que deveria fazer o mesmo que a mãe se nada der certo.
Mas, numa tarde um convite o fez ter de novo a esperança.

Ele está em sua casa jogando vídeo game como todo dia logo após voltar da aula, treinando para uma próxima partida online.
Um frio começa de repente, como se caísse para zero, em questão de segundos.
Pensando em pegar uma blusa, para colocar por cima da camisa do Bayern de Munique, nesse frio inverno fora de época, ele se levanta para olhar o lado de fora da casa pela janela e vê um tempo aberto e claro de verão.
Quando ele se vira para voltar a jogar, vê um homem com grande casaco de pele preto, loiro e barbudo, sentado no sofá, o garoto solta um grita de susto, quase caindo no chão.

-Quem é você?! O que faz aqui?!

-Olá, meu nome é Uller Thorson ou Ullr Thorson, como os antigos nórdicos falavam.
Filho de Thor.

Marick fica pensando numa maneira de fugir, o corpo ainda tremendo de medo.

-Nome de um deus nórdico.
Com essa barba grande e forte desse jeito, faz parecer mesmo ser um deus viking.
O que veio fazer aqui? Me roubar?Desculpe, eu não tenho nada, mas leva o que quiser, só não me mate. Mas, se possível não leva o meu video game, eu preciso dele, pra trabalho, sinto que nesse ano as coisas vão mudar.
As coisas estão difíceis por aqui.
Pra todo mundo, por isso você está fazendo isso.

Uller olha bem para Marick, analisando dos pés a cabeça, e pega o controle do vídeo game dele, pausando a partida.

-Calma, não vou te roubar. Vim para explicar uma coisa e fazer uma proposta que vai te agradar.

-Ei, você é algum dos clientes da minha mãe, eu não vou fazer essas coisas.
E além que eu sou menor de idade, pode dar problemas para todo mundo.

Ele pensa que ainda bem que largou a hipótese de ser garoto de programa, os tipos de pessoas que encontraria nesse serviço, o escape poderia se tornar um tormento, por gostar de mulheres poderia aparecer um homem o querendo e isso não seria agradável pra ele.

-Não, não, não! Não é isso. Calma, você sente muito medo para ser filho de alguém tão corajoso.

-Você... você conhece meu pai? Sério? Deve que me confundiu com alguém ou talvez fez confusão com endereço da casa, porque deixar uma mulher grávida não é coragem, é covardia.

Uller fica em silêncio, o semblante muda, Marick logo aconselha.

-Não precisa ter pena... essas coisas acontecem.

-Mas, como não... eu não queria...

-Tá tudo bem. Mas, pode me falar quem é o...?

-Sim... sou eu.

Mortais vs deusesOnde histórias criam vida. Descubra agora