Capítulo VI

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Marick está andando pelas ruas de São Petersburgo, sentindo que está cada vez mais próximo do seu irmão.
O desejo de ter poder e mudar a vida, o deixa ainda mais distraído. Passa na frente de alguns carros que freiam e buzinam, fazendo garoto assustar e andar tropeçando.

Ele continua seguindo o caminho, mas, não percebe que entrou em uma área perigosa de um bairro na cidade russa.
Alguns homens ficam de olho em Marick quando ele entra em um bar sentindo mais próximo ainda.
Ele fica um pouco ansioso pois não sabe o que pode vir em seguida, uma conversa ou um ataque primeiro.

Todos observam o comportamento de Marick que está com olhar atento em todos os lados, procurando algo.
O garoto senta no banco em frente ao balcão, mas, não pede nada.

O balconista pergunta se Marick quer alguma coisa e ele responde pausadamente para não gaguejar:

-Por enquanto nada. Obrigado.

Um homem grande, barbudo, que está no outro lado do balcão vai para o lado de Marick e diz:

-Você não é novo para estar aqui? E parece fraco para qualquer dessas bebidas.

Uma risada rouca bem perto de Marick o deixa incomodado.

-Por favor, não quero problemas e nem confusão. Daqui a pouco vou embora. -responde Marick.

Dois jovens e três homens mais velhos levantam para evitar a briga. E o homem que queria confusão volta para o seu lugar, respeitando a autoridade do grupo ali, sem falar uma palavra, enquanto Marick agradece aos seus ajudadores.

Os dois jovens se apresentam:

-Meu nome é Gustav.

Ele tem altura média, branco, cabelo loiro curto, olhos verdes, barba por fazer.

-E eu sou Trent.

Esse muito forte, alto, cabelo grande moreno, parecem integrantes de uma banda de rock,  ou gangue de motociclistas pelas roupas de couro.

Eles sentam ao lado de Marick que sente uma forte presença de seu irmão.

O garoto olha para os lados, volta a olhar para os dois, só para confirmar.

Medo.

Fugir do perigo?

Coragem.

Enfrentar o inimigo?

-Você está bem? Parece preocupado, assustado, aconteceu alguma coisa? Por quê você está aqui? -Gustav questiona, enquanto Trent só observa.

Marick pede licença aos dois companheiros de mesa e vai para fora do bar apressado.

Ele anda um pouco para achar alguém, mas, não acha.
Sente a presença diminuir um pouco, mas, volta a aumentar de novo e ele toma um soco rápido que nem viu a pessoa chegar.

Marick cai rolando no chão, batendo com força numa parede.
Ele vê que Gustav é seu irmão, a tatuagem deve estar em algum lugar coberto pela roupa.
E antes do rapaz se levantar totalmente, recebe mais alguns golpes, socos e chutes sem ver de onde vem, de tão rápido, nem consegue levantar as mãos para se defender.
E agora cortes parecendo flashes de luz, Marick, começa a sangrar.

Assustado, ele tenta, afastar, correr, mas, as pernas não obedecem, em questão de segundos, seus movimentos ficaram lentos, a visão turva, fraqueza por todo o corpo.

Gustav acerta uma joelhada na barriga de Marick que já está quase perdendo a consciência.

-Acaba com isso. Ele já ta quase morto. -diz Trent, entediado. -ou não quer matá-lo?

Mortais vs deusesOnde histórias criam vida. Descubra agora