03

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Capítulo 03

Eliza

— Acorda cherry. — o Lucas chama me cutucando. — Nós chegamos!

Eu abri os olhos devagar e vi as pessoas já pegando as malas de mãos e se dirigindo a saída do avião.

— Já?

— Que já o que? Você que hibernou aí. — ele diz e eu ri me levantando.

Nós desembarcamos e o Lucas estava uma pilha, não se controlava de jeito nenhum, quem via achava que nunca tinha vindo no Rio de Janeiro.

— Lucas se controla.

— Cherry! A gente tá em casa! — fala fazendo uma dancinha e eu nego com a cabeça.

— Para com isso e manda mensagem pro Vitor pra saber onde ele tá. — falo puxando o carrinho com as minhas malas.

— Ele já tá vindo, chega em dez minutos.

— Duvido, deve tá saindo de casa agora. — falo e o Lucas ri concordando — Tô com fome.

— E quando não tá né? Come o tempo inteiro.

— Ih Lucas me deixa hein! — falo indo pra melhor parte do aeroporto, a parte das comidas.

Entrei no primeiro café que eu vi aberto e já fui logo pedindo um misto quente, uma coxinha, um guaraná e um copão de milk shake, a fome tava braba e eu não consigo funcionar sem comida.

Quando a comida chegou o Lucas só me olhava horrorizado, mas eu não estou nem aí.

— É uma monstra mesmo. — ele fala negando com a cabeça e eu ri.

— Eu tô com fome.

— Eliza você é magra de ruim né? Porque eu não sei pra onde vai toda essa comida.

— Me erra Lucas. — falo voltando a atenção pra minha comida.

Fiquei super focada na minha comida enquanto o Lucas tirava milhões de foto dele e minha porque a noção ele não tem.

— O Vitor chegou e tá mandando a gente sair logo. — o Luc avisa olhando o celular.

— Mandando é boa né? Mas vamos logo que eu só quero chegar em casa e dormir.

— Que dormir o que garota? A gente tá no Rio de Janeiro, a gente vai é sair.

— Ah fale por você, porque eu vou dormir. — falo me levantando.

Nós saímos do café com o Lucas falando pra caramba no meu ouvido, o maluco tava jurando que eu ía sair, ata!

Quando nós saímos do aeroporto de longe eu vi o meu irmão parado perto do carro e eu sorri. Nem esperei mais nada, só fui correndo abraçá-lo.

— Meu amor! — o Vitor fala me pegando no colo e me apertando forte. — Que saudade de você! — diz girando comigo no colo e eu só conseguia apertar ele.

Já tinha muito tempo que nós não nos viamos, eu não podia vir e nem ele podia ir, então a saudade era real e enorme.

— Eu também tava com saudade. — falo já chorando e ele sorri secando minhas lágrimas.

— Eu tô feliz demais que você tá aqui. — beija a minha testa.

— Eu também quero um abraço desses. — o Luc fala se aproximando e eu ri em meio as lágrimas.

— Vem cá gato. — o Vitor diz abraçando o Luc e eu sorri olhando pros dois.

— Eu também quero giro no ar. — o Luc fala e nós rimos.

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