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Capítulo 28

❥Pedro 

— Onde nós estamos? — a Eliza pergunta depois de alguns segundos dentro do elevador.

— Indo pro meu apartamento. — respondo e ela me encara.

— Você não mora com os seus pais? — pergunta confusa.

— Moro, mas em algumas semanas eu pretendo me mudar. — explico e ela concorda. — Comprei o apartamento essa semana.

— Uma ótima escolha, a locolização é boa. — diz e eu concordo.

— É, foi por isso que eu quis esse, o apartamento é muito grande pra mim, mas a localização é muito boa pro preço, então... — dou de ombros.

O elevador finalmente para no último andar e a Eliza me encara.

— Uma cobertura? — questiona.

— É, eu tinha umas economias. — ela concorda saindo do elevador e eu vou logo atrás dela.

Abri a porta com a minha digital e as luzes ligaram automaticamente.

— Uau! — ela diz adimirando as enormes janelas que davam uma visão privilegiada do mar. — Pedro, esse lugar é incrível!

— É sim, de dia fica ainda melhor.

— Eu tenho certeza disso, você fez um ótimo negócio. — diz sorrindo.

— É, eu ainda preciso fazer uma pequena reforma e trocar esses móveis.

— Mas é uma decoração bonita. — diz olhando ao redor.

— Você acha? — questiono. — Olha aquele quadro. — aponto. — É medonho! — ela ri.

— Talvez algumas pequenas mudanças sejam boas mesmo... mas esse sofá parece ótimo. — diz sentando no mesmo.

— É claro que é, esse eu mesmo comprei. — afirmo sentando do lado dela.

— Então você já começou a comprar?

— Algumas coisas sim, mas falta muito. — ela concorda.

— Sua mãe já sabe?

— Não, eu vou esperar a formatura e as festas de fim de ano pra poder contar, ela vai fazer um drama... — balanço a cabeça em negação. — Vive me mandando embora, mas eu sei que não é o que ela quer.

— E a Gio?

— Ninguém sabe ainda, você é a primeira. — ela concorda.

— Obrigada pela honra. — diz divertida e eu sorri de canto.

Nós ficamos em silêncio por alguns minutos, eu sem saber por onde começar a conversa e ela, aparentemente, tão perdida quanto eu.

Estava nos meus planos trazer a Eliza hoje pra conhecer o meu apartamento e nós inaugurarmos ele em grande estilo, e tudo ía como o planejado até o Diego se aproximar da morena, fiquei de longe observando os dois por alguns minutos, e ela parecia bem contente com a presença dele e pelos olhares de desejo que o Diego direcionava á ela era questão e tempo pra rolar alguma coisa ali. 

O meu sangue ferveu só em imaginar o que poderia vir a acontecer entre eles, mas eu não tinha direito de interferir em nada, a morena não era "minha" e a noção disso me fez ficar possesso, eu nunca tinha sentido nada parecido na vida inteira, era um peso enorme, um incomodo sem tamanho e pra não perder a cabeça eu me deixei levar pela ruiva que eu tinha visto umas duas vezes na faculdade. 

A mulher era bonita, dançava bem, beijava bem, mas não era ela que eu queria. Quando eu beijei a ruiva e não senti aquele turbilhão de emoções que só uma mulher tinha me feito sentir até então, eu percebi que nenhuma outra seria o suficiente para matar a vontade, o desejo, a luxúria que eu sinto pela morena.

PERDIÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora