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Capítulo 54

Dois meses depois ⏳️

Pedro

Hoje fazem exatamente dois meses desde que a morena me deu a notícia que mudou e mudará as nossas vidas para sempre, e eu não poderia está mais feliz com toda a mudança que essa notícia trouxe para a nossa vida. 

É claro que houve o choque inicial da notícia, mas nós conseguimos passar por ele e focar no que realmente interessa que é a gravidez e todo o cuidado que ela exige, ainda mais com todas as inseguranças da morena, eu sempre tento confortá-la e a minha mãe também tem sido muito importante nesse processso. 

Na mesma semana que nós descobrimos da existência do bebê a Eliza marcou uma consulta com a Doutora Lígia, uma obstetra com um currículo brilhante, e é ela quem tem acompanhado durante os últimos meses cada etapa do crescimento do nosso neném. 

Nós ainda não falamos para ninguém sobre o bebê, a Eliza preferiu dessa forma e eu super respeito, as primeiras semanas são as de maiores riscos e eu entendo os receios dela, ter perdido um bebê com certeza foi traumático demais pra ela, então o meu cuidado tem sido dobrado com tudo. 

Entretanto, todos os nossos medos não foram o suficiente para impedir o nosso pequeno surto, desde quando nós descobrimos do bebê tudo ao nosso redor se tornou sobre ele, nós até tentamos nos controlar até descobrir o sexo do bebê, mas é impossível, tudo que a gente encontra nós compramos, o quarto de hóspedes aos poucos está se tornando em um depósito de coisas do bebê.

— Eu acho que ele ou ela vai ser grande, olha o tamanho da minha barriga. — a morena murmura analisando a barriga de doze semanas em frente ao espelho, vestindo nada além do que uma lingerie preta.

Encaro a silhueta mais linda que eu já vi na vida e que consegue ficar ainda melhor com a barriga crescendo a cada semana para ser o lar do nosso filho/filha. 

— Vai puxar o papai. — brinco me aproximando e abraçando a morena por trás. 

— Espero que só na altura, o resto tem que ser igual a mamãe. — retruca, enquanto eu aliso a barriguinha que ainda não exibe tanto volume, mas que não é mais chapada como alguns meses atrás. 

— Ah para com isso, você sabe que ele vai ser a minha cara. — beijo o pescoço dela que ri debochada.

— Ele? — questiona erguendo uma das  sobrancelhas.

— Intuição de pai. — beijo o ombro dela, alisando a barriguinha que carrega um pedacinho de nós dois.

Eu nunca pensei que eu fosse gostar tanto de ser pai, de acompanhar a gravidez, de fazer planos de como vai ser quando o bebê estiver nos meus braços, de imaginar como ele vai ser, se vai se parecer comigo ou com a mãe... tudo mudou e de uma forma muito boa.

— Então ok, papai, agora deixa eu vestir meu vestido que nós já estamos atrasados.

Antes de soltá-la eu beijo o seu ombro mais uma vez e me afasto dando espaço para ela vestir a roupa e nós sairmos para o jantar de aniversário do meu pai.

Todo ano os aniversários dele ocorrem no mesmo restaurante e é um super evento, cheio de magnatas do ramo da construção e para além disso também, o meu pai é um homem importante então essa data acaba sendo uma ótima oportunidade para fortalecer laços.

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