20.✨

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(preparem os lencinhos
pra esse capítulo)
Victor

Viro para trás e fico assustado com que vi. Alice em minha frente, e com um sorriso malicioso nos lábios.

- Sai de perto de mim. - disse, me afastando e ela se aproximou.

- Tá com medo da Larissa aparecer? Relaxa, eu acabo com ela antes.

- Não, tô com medo é de você mesmo. Vou chamar a polícia. - disse, vendo ela dar uma risada sarcástica.  A cada dia que passava, eu sentia mais medo dessa mulher.

- Você não teria coragem de fazer isso com seu amor.

Seu amor? Ela bebeu? Se drogou?

- Ah, não? Vamos ver então. - disse, pegando o celular e vi ela segurar minha mão com força.

- Larga esse celular agora.

Quando eu menos esperava, Larissa apareceu dando um arranhão na nuca de Alice.

- Como é que é, sua vagabunda?

Alice virou para ela furiosa, e apertou seu rosto com força. Larissa deu inúmeros tapas no rosto dela, juntamente com arranhões e socos. A boca de Alice sangrava e ela resistia, mas Larissa dava mais tapas por seu corpo.

- Amor, para. - disse, tentando segurá-la, mas foi em vão.

Ela continuou dando chutes em Alice que não se defendia mais. Por um momento pensei que ela tivesse desmaiado, mas ela logo pegou uma faca e apontou para Larissa, que se afastou.

De repente um som de uma sirene expandiu por todo o estúdio. Era a polícia. Quem havia chamado? Policiais entraram e Alice saiu desesperadamente do local, fugindo e correndo.

Larissa se levantou e me puxou para fora do estúdio, fiquei sem entender no momento, mas não liguei. Ela me levou até um carro, onde estava Felipe dirigindo e logo deu partida assim que entramos. Seguimos a viatura da polícia  o tempo todo, até que eles perdem Alice de vista.

- Como assim perderam ela? - Larissa perguntou.

- A Alice quebrou o vidro de um carro usando um salto. Ela acabou conseguindo entrar e infelizmente não conseguimos seguir seu caminho por completo. - um policial disse, mostrando um salto preto em suas mãos. Essa mulher é louca.

- Vamos continuar as buscas. Precisamos que tenham paciência. Sei que é difícil, mas investigações são assim. Uma boa noite. - o delegado disse, saindo do local.

Estava apenas eu, Felipe e Larissa sentados na cadeira da delegacia, sem a mínima idéia do que fazer daqui para frente.

Larissa

Depois da confusão com Alice, fomos para casa, decepcionados. Como ela conseguiu fugir? Porque ela não morria? Ou a menos me deixava em paz? O que ela tanto queria de mim? Essas perguntas eu fazia pra mim mesma enquanto penteava meus cabelos molhados.

- Então foi você que chamou a polícia? - Victor perguntou e eu assenti.

- Eu vi tudo de longe. Consegui chamar rápido. Mas, parece que foi em vão. - disse, com os olhos marejados.

- Não foi em vão, amor. Porque tá dizendo isso?

- Porque eu estou cansada, Victor. A minha vida virou simplesmente um inferno, eu nunca tenho paz. Ninguém consegue pegar esse demônio e matar ele. Só quando isso acontecer que eu vou me tranquilizar. Eu tô quase desistindo de tudo, não sei se vou conseguir viver dessa forma. - disse, já chorando de forma incontrolável.

- Ei, olha pra mim. Você vai conseguir, a gente vai conseguir sair dessa. É complicado pra caralho, mas vai dar certo meu amor. Confia em Deus.  Vai dar tudo certo.

As palavras dele não me acalmaram de nenhuma forma. Eu já tinha perdido as esperanças.

- Já perdi as esperanças. Não sei se daqui pra frente eu vou estar viva. Se eu vou estar grávida. Se eu vou ter a minha filha. E é melhor que ela não corra esse risco de vida. - disse e ele me olhou assustado.

Comecei a soluçar e chorar ao mesmo tempo. Eu não queria fazer aquilo, mas ao mesmo tempo achava necessário.

- Do que você tá falando? Larissa, olha pra mim.

Me virei pra ele e respirei fundo antes de dizer o que pretendia fazer.

- Eu vou abortar. - disse e ele me olhou em choque.

Me levantei e ele me puxou contra seu peitoral e fiquei de frente para ele, olhando em seus olhos e ele nos meus. Eu ainda chorava como se não houvesse amanhã, sem saber o que fazer.

Permaneci um tempo calada e logo o abracei forte, começando a chorar mais e mais, sem parar.

- Eu quero morrer... - disse, chorando sobre seu ombro, totalmente devastada.

tenho que confessar
que chorei escrevendo, real

deus eu não tenho psicólogo pra isso, me ajude

 uma confusão com você • vitão | concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora