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Meredith Grey Pov

Addison já havia chego até o altar com Mark, e agora era a minha hora. Ellis e Richard fizeram questão de vir ao meu casamento, e por mais que minha relação com minha mãe não seja das melhores, Richard sempre consegue nos aproximar. Eu não poderia ter um padrasto melhor. Ele é um pai para mim.
Assim que a marcha nupcial começou a tocar, Richard me ofereceu seu braço e eu o enlacei, me preparando para entrar. O portão a nossa frente de abre e então eu a vejo. Ela está mais linda do que imaginei, quando desenhei aquele vestido... Ao lado de Mark, ela derruba algumas lágrimas enquanto me olha sorrindo. É incrível como esses oito meses foram os melhores da minha vida, só porque estava ao lado dela. O primeiro mês foi o pior, mas depois de tudo, nos aproximamos mais ainda e eu sei que essa é uma conexão rara. Aquela modelo de tenis e moletom, que gosta de comida japonesa, tequila e ainda me cuida... A garota que parece uma grande criança cuidando dos animais da Fundação... Foi por essa Addison que eu me apaixonei!

Em questão de segundos já estamos frente a frente, Richard e Mark se cumprimentam e logo em seguida somos só nós duas, ali, na frente dos convidados. Levo minha mão ao seu rosto e enxugo uma lágrima, enquanto sorrimos. A cerimonialista Miranda Bailey pigarreia chamando nossa atenção, e de mãos dadas, nos viramos para ela.

— Estamos reunidos aqui hoje, para celebrar a união de dois seres humanos extraordinários, os quais a Fundação me deu o privilégio de conhecer! Eu quero começar essa cerimônia lhes dizendo algumas palavras — Ela nos olha sorrindo e volta seu olhar para a folha a sua frente — Case-se com alguém que adore te escutar contando algo banal, do seu dia a dia no trabalho ou de um romance qualquer que você assistiu na televisão. Case-se com alguém que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar. Ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância, quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando — Enlaço meus dedos aos de Addison, segurando-a forte e olho para ela, lhe dando um sorriso amigo. Sei que é difícil para ela não ter os pais em um momento especial como esse. Eles não foram presentes nem em sua infância, ouvir isso deve ser difícil para ela — Observe se não há desespero ou insegurança no silêncio mútuo, e sendo assim, case-se. Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer é rir de si mesmas. E não há nada mais cruel do que estar em apuros com alguém sem espontaneidade, sem vida nos olhos. Case-se com alguém cheio de defeitos, irritante que seja, mas desconfie dos perfeitinhos que não se despenteiam. Fuja de quem conta pequenas mentiras durante o dia. Observe o caráter, antes de perceber as caspas. Case-se com alguém por quem tenha tesão. Principalmente tesão de vida. Alguém que não lhe peça para melhorar, que não o critique gratuitamente, alguém que simplesmente seja tão gracioso e admirável que impregne em você a vontade de ser maior e melhor para si mesmo. Para se casar, bastam pequenas habilidades. Certifique-se de que uma das duas sabe cumpri-las. É preciso ter quem troque as lâmpadas e quem siga a receita sem atear fogo na cozinha — Addison me olha e solta uma risada nasal. Sim, eu sou péssima na cozinha... — E assim segue-se: uma pede pizza e outra escolhe filmes. Uma pendura o quadro e a outra cuida para que não fique torto. Essa é uma das grandes graças da coisa toda: ter uma boa equipe de dois. — Miranda nos observa sorrindo e continua — Então, Addison Forbes, é de livre e espontânea vontade que você aceita Meredith Grey como sua esposa, prometendo amá-la e respeitá-la por todos os dias de sua vida? — Ela pergunta a Addison.

— Sim! — Ela responde com os olhos marejados.

— E você, Meredith Grey, é de livre e espontânea vontade que você aceita Addison Forbes como sua esposa, prometendo amá-la e respeitá-la por todos os dias de sua vida? — Miranda me pergunta.

— Sim! — Respondo a ela, logo olhando para Addison.

— Então eu as declaro esposa... — Ela aponta para Addie — E esposa... — Ela aponta para mim — Já podem se beijar! — Ela comemora.

Eu não sei explicar a sensação que me toma nesse momento. Enlaço meus braços em volta do pescoço da minha mulher e ela põem suas mãos em minha barriga. Colamos nossas testas em meio a um sorriso e quando nossos lábios se tocaram eu senti como se fosse a primeira vez de novo. Os altos aplausos já não se faziam tão altos aos meus ouvidos. Nosso beijo era calmo, com paixão, como aqueles de cinema, quando os casais passam anos distantes e de repente se encontram. A cerimônia foi linda, mas agora era hora de festa, afinal, ainda tínhamos um voo para pegar pela manhã.

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