derramo esse vinho barato
nesse copo de plástico,
ignoro a amargura
do líquido
e da vida
e bebo
meu próprio sangue
derramado
constantemente
às custas do que faço,
do que fiz
e do que farei
ao caminhar
sempre
sem rumo
há tempo, perdido
nesse deserto
longo
quente
e...deserto.não há esperança,
não há cura
se quem me fere
sou eu mesmo.
temo pela morte,
mas sou eu quem me condeno a ela.à aniquilação de tudo
e de todos,
temo
boquiaberto
sonhando a noite
em possibilidades,
pré condenadas ao fracasso,
que pudessem me provar
logicamente
uma chance de sermos poupados,
mas é nisso que sou viciado:
perder tempo.discordar da natureza?
discordar de como as coisas são?nunca pensei que me tornaria tão estúpido.
mas a verdade é que não penso em nós
ou em vós,
minha preocupação é egoísta.autodestruição,
uma característica tão ignorada,
imperceptível a alguns,
mas não a mim,
pois sou
talvez
quem mais rápido se condena
à autodestruição.apetece-me viver,
mas já é tarde.
não faço isso a anos.já estou condenado
faz tempo
à punição.
preso
na gaiola
com lúcifer
eu sou meu lúcifer,
eu sou mestre da destruição.
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O amor é uma droga. E eu odeio estar em abstinência.
PoetryEm cada poema vou crescendo, vou mudando ao conhecer e conviver com mais pessoas. meus sentimentos por cada uma delas são a alma deste livro e de cada poema aqui escrito. eu escrevo porque convivo com gente. e quanto mais convivo, mais eu vivo e, po...