o clima vai ficando pesado,
o nublado toma conta,
o brilho vai se apagando
e os pássaros começam a voar em outra direçãona cidade ao lado vão preparando o terreno,
produzindo seu caixão e escolhendo quem irá cavar o buraco onde você ficará junto com os vermes que arrancarão sua peleseu último mês foi cansativo,
como todos os anteriores.
ia morrendo a cada dia e ele não percebia. ninguém percebia.
mas no dia ele entendeu
e aceitou tranquilamente,
sem pensar em fugir
só se dirigiu ao inevitável e mergulhou abruptamente.morreu como um cão.
não suportou os demônios sussurrando
em seu ouvido
e hoje está a sete palmos debaixo da terra.seus ossos apodrecerão.
sua alma já se esvaiu.
foi sua miséria quem o enterrou
e a morte nunca esteve tão feliz.todos sabiam que esse seria o seu fim
mas ninguém quis impedir
e nem ele o tentou.
não era como se ele pudesse.no fim não importou quantos haviam ao seu redor.
sangrando, ele se rastejou para longe,
longe de todos
para morrer sozinho
e assim ele se foi.
um fim melancólico demais até pra ele,
o fim mais trágico que muitos já viram
mas sem surpresa nenhuma.como um cão!
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O amor é uma droga. E eu odeio estar em abstinência.
PoesíaEm cada poema vou crescendo, vou mudando ao conhecer e conviver com mais pessoas. meus sentimentos por cada uma delas são a alma deste livro e de cada poema aqui escrito. eu escrevo porque convivo com gente. e quanto mais convivo, mais eu vivo e, po...