"Essas podem ser as minhas primeiras e últimas palavras para você.
Eu posso tentar te esquecer,
podemos até nos des-conhecer,
mas você sempre vai ser a primeira coisa que verei ao acordar,
sol."
BTS | Jung Hoseok | Contos | Textos avulsos
Capa:...
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18.02.2020
Eu queria trazer qualquer coisa, qualquer fragmento de texto, algo que tenha a textura de felicidade que você merece, mas não me sinto capaz. E, além disso, você não merece qualquer coisa. Merece todas elas embrulhadas em um papel bonito, brilhoso feito o seu sorriso logo antes dos ponteiros marcarem meia-noite e o mundo inteiro descobrir, entre um segundo e outro, que só tem sentido porque você existe.
Eu quis dizer algo sobre o movimento do seu corpo que irradia algo quando dança; sobre o seu sorriso, como você sorri logo antes de chorar, guardando nessa arcada brilhosa o mundo todo; sobre os seu sons, sua voz, sua risada que já me fez respirar tantas vezes; mas tenho tido vontade de chorar toda vez que preciso falar de você, para você. Como se eu, em algum lugar, tivesse perdido os sentidos e as palavras escorregassem por entre meus dedos. E nenhum rascunho nunca vai ser bom para você.
No fundo, teria sido melhor não ter nem tentado, a minha áurea triste não casa com a beleza da sua; e mesmo a pequena distância agora criada entre nossas idades já me faz nostálgica. Não estou para festa, mas por você queria estar.
Você que sabe exatamente como celebrar o viver, me deixa morar só um pouquinho nesse sorriso. Não vou usar as metáforas esgotadas sobre o calor do seu abraço de novo, prometo. Mas tenho que desejar uma comemoração silenciosa em que os corpos se encontram para ficar, sem todas esses entraves que criamos, as desculpas para não se apegar. E veja, já é tarde demais.
Tudo isso, no fundo, é um misto de melancolia e alegria, vendo que já estou tomada por esse sentimento feito a parede da minha sala, brindada pelo sol da tarde, nesse dia de verão. Não há muito para onde correr.Se o barulho do lado de fora da janela não me deixa pensar, se o calor leva minha sanidade e se toda essa claridade ofusca minha vista, eu, finalmente, volto até você. Se minhas mãos estão vazias (e sinto por isso), meu coração transborda e todas as palavras silenciosas dizem a mesma coisa diante do barulho ensurdecedor de amar.
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Este é o meu singelo e imperfeito parabéns para quem tem me acompanhado durante todos esses dias que não tive vontade de levantar e tive (muita) vontade de jogar tudo pro alto.
sol, obrigada por brilhar na minha janela quando mais ninguém o fez. Obrigada por ser presente.
