𝐥𝐢𝐛𝐫𝐚

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Colisão de estrelas da mesma constelação

Eu olho para trás e não me arrependo de nada

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Eu olho para trás e não me arrependo de nada.

Eu não poderia deixar tudo dentro de mim se consumir sem ter atingido o ápice de minha fútil existência. Espero que conseguia refletir sobre toda aflição que me consumia — já nem espero que alguém me entenda, apenas que não me julguem porque ou eu dilacerava tudo isso com minha magnitude efervescente ou tudo isso assolaria meu pobre espírito para todo sempre.

Sim, sou uma egoísta desalmada, mas afinal quem não é? Contudo tive sempre todas boas intenções que um ser tão presunçoso como o homem pode ser. Eu queria te dar todo meu amor e sabia também que você não resistiria à toda aquela atração colossal, ou resistiria? Não, no fundo sabíamos que essa é a nossa natureza, nosso destino era destruir um ao outro.

Às vezes é difícil aceitar a realidade de que somos apenas meros seres errantes tentando fazer isso dá certo e no fundo já sabíamos que não ia — mesmo assim é preferível errar milhões de vezes para se ter o manto quente de sentimentos embaraçosos e caloroso a acertar uma única vez sem se ter propósito.

Eu te destruiria, assim como você me despedaçaria. Afinal, o que é o amor além da autodestruição?

Eu deixei que tu se aproximasse. Deixei-me conhecer. Abri todo meu mundo para ti. Infelizmente isso não bastou, nem para ti, muito menos pra mim — esse tipo de sentimento não é raso, ou você vai fundo ou ele te destrói de dentro pra fora.

Fui fundo e mesmo assim você me destruiu, entretanto eu já estava preparada. Estava tão embriagada, fixada em você, apenas girando e girando, cada vez mais perto, fervendo das entranhas à superfície... Nem percebi nada, quando me dei conta já tínhamos nos explodido. E mesmo assim não pude deixar de me surpreender com aquilo tudo. Milhares de sóis.

Não éramos nada, só dois corpos minúsculos, um amor impossível, um sentimento pequeno e bum! Um brilho infinito. Nosso amor tornou-se eterno pelas dobras do espaço-tempo. Uma luz que ofuscava tudo ao redor, uma luz mais brilhante que mil sóis!

E repito: não me arrependo, apenas espero que sinta o mesmo e sinta-o em abundância.

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