Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Os doloridos sentimentos pungentes sempre insistem em demorar-se mais no meu peito. Chego até a pensar que o adubei com terra feita amargura e regada com sôfregas lágrimas, que as boas sensações acabam sufocando enquanto as melancólicas acham um lugar acolhedor e aqui permanecem... Amontoando-se como meteoritos no fundo do mar.
Mas está tudo bem — por fora pelo menos e é com isso que os outros se importam. Contanto que não deixe o mar selvagem de sofrimentos e incertezas invadir a praia tranquila onde todos costumam passar o fim de semana então tudo está bem, certo?
Eu desejei ardentemente, copiosamente, sofregamente do fundo da minha mente que tudo estivesse bem. E posso continuar segurando o mar e mentindo para todos mas não para mim mesma — se me permitisse levar-me pelos vãos devaneios do otimismo acabaria na ilha sombria da angústia incessante e nunca mais conseguiria o controle das marés que espantariam todos os banhistas então eu cairia na solidão maciça para sempre.
Pelo menos eu encontrei uma tênue linha — podemos aqui chamá-la de esperança mas eu prefiro pensar que é um misto de sentimentos que só as estrelas conseguem conceder-me o conforto de senti-lo com todo meu ser e assim experimentar a mas profunda existência de mim mesmo. Oh! E quantas vezes encontrei cadáveres de encouraçados blindados de sentimentos os quais me recusei sentir até o fim e acabei enterrando no mais profundo da minha alma apenas para desenterrar periodicamente e reviver toda a guerra que afundou-me.
Mas sou grato ao esplêndido amontoado de tristezas que tu encontraste em mim, que tão facilmente jorrando em pranto irrompe; então tu, juntando cada uma das gotículas de lágrimas solitárias formou para mim a mais brilhante constelação!
