Capitulo 31

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Oiiii queridxs!

Quanta saudade estava de vocês <3

Gostaria de esclarecer sobre meu sumiço. Eu vou ser bem sincera, não escrevi durante esse ano pois estava passando por mudanças muito profundas em relação a muitas coisas na minha vida. Simplesmente não consegui escrever, por mais que eu tentasse e hoje, quando finalmente depois de um ano eu me sentei e senti vontade de escrever descobri o motivo: não passaria uma boa mensagem se tivesse continuado a escrever a historia que eu tinha na mente. Hoje eu penso que precisava mesmo passar por toda essa mudança de visão das coisas, para dar um desfecho que traria uma mensagem boa de amor e perdão que eu acredito ser o caminho para sanar todas as nossas dores.

Peço perdão pela demora para retornar, mas  espero que entendam que o que a gente escreve pode levar coisas boas ou coisas ruins para os outros, e eu não estava com bom discernimento para passar sentimentos bons para vocês. 

Agradeço a todos que me mandaram mensagens de apoio, mesmo que eu não tenha respondido, eu li e guardei no coração cada mensagem de carinho e força. Espero que este capitulo e os próximos que vierem sejam uma boa resposta a todos que me enviaram luz.

                                                                                                                                                                                            

Rixon


Eu sentia meus olhos arderem pelas lagrimas que eu tentava conter, mas daquela vez a tristeza vinha acompanhada de um ódio tão contundente que o nó na minha garganta não era nem pelo choro e sim pelo grito engasgado no peito. Não conseguia tirar o olhar que o pai da Sarah tinha enquanto me escorraçava da porta da sua casa. O Sr. Grant nunca tinha me olhado daquele jeito, como se eu fosse um completo estranho, como se eu fosse um cara capaz de fazer mal para Sarah. Ele me conhecia há tantos anos, ele sabia o quanto eu amava a Sarah muito antes da gente namorar. Era um absurdo ele querer me manter longe dela por conta de uma mentira. 

Meu skate descia a rua em alta velocidade, corria na esperança de que a adrenalina sufocasse  aquela sensação de impotência que começava a me dominar. Como era possível que um dia que havia começado tão bom, tivesse se transformado naquele inferno antes mesmo do fim da manhã? Que maldição era aquela que não me permitia ter nem que fosse um dia, simples 24 horas completas de paz e felicidade?  Como era possível o pai da Sarah acreditar naquela historia absurda de droga? Que tipo de visão ele tinha sobre mim que não duvidou nem por um segundo que aquilo era uma mentira tão claramente inventada? Eu não parava de pensar nas coisas que ele havia me dito, minha mente era um turbilhão de pensamentos e meu coração batia dolorosamente no peito, mas tive minha introspecção interrompida quando uma buzina tocou alto e senti algo passar em alta velocidade bem do meu lado. Pulei do skate no reflexo para não ser derrubado no chão.

-Sai da rua moleque. Quer morrer?!- o homem gritou de dentro do carro, mas não parou e nem diminui a velocidade.

Não sei se foi pelo fato do cara ter gritado, ou por quase ter sido atropelado, só sei que naquele momento a barreira que eu ainda tentava manter para conter todas aquelas sensações que me consumiam simplesmente sumiu.

-VAI SE FODER!- eu gritei para o carro que já sumia no fim da rua.

Peguei meu Skate no chão e comecei a bater contra o meio fio. Foi um ato completamente irracional, eu não estava pensando, só queria extravasar toda aquela tristeza e aquele ódio que me consumia. 

Sarah #Wattys2019Onde histórias criam vida. Descubra agora