Depois que Colidimos - 2

11- Ódio e desejo.

Depois que sai do quarto de Josephine, passei em casa para tomar um banho e vestir roupas adequadas. Ela disse que passaria na empresa logo em seguida, e eu até poderia esperar por ela para irmos juntos.. Mas não posso me atrasar, estou cheio de relatórios para ler. E vocês mais do que ninguém sabem como demoram para se arrumar.

Chegando na empresa, apenas respondo o "bom dia" das funcionárias do meu andar e me direciono até minha sala.

Assim que entro, fecho a porta e me sento na cadeira afrouxando a gravata. Hoje estou vendo que terei um dia longo. — digo olhando para pilha de papéis em minha mesa.
Folheio alguns, e quando finalmente vou começar a ler, Megan entra na sala.

— O que está fazendo aqui? E por que não bateu na porta antes de entrar? — enrugo a testa e a encaro.

— Desculpa chefinho, mas achei que você estivesse precisando de uma diversãozinha. Anda trabalhando muito esses dias.. — ela se desfaz de sua camisa, e vem em passos lentos em minha direção.

— Não. Eu definitivamente não preciso. — coloco as mãos na frente do meu corpo fazendo sinal para que ela pare o que quer que esteja querendo fazer.

— Poxa. Não gostaria de estar fazendo meus seios de bolinhas anti-stress? — ela tira o sutiã — Ou metendo em mim até eu gemer seu nome em sei lá.. talvez 2 idiomas? — ela monta em meu colo. Porra. Isso já está indo longe demais.

— Será que dá para você sair da porra do meu colo? — rosno, e uso de minhas mãos para levantá-la.

— Tudo bem. A essa hora já deve estar dando certo. — ela ri ironicamente, e se afasta com cuidado.

Do que diabos ela está falando?

— Hero eu... — ouço a voz de Josephine ecoar pela sala. Merda. Merda. Merda. Isso não pode estar acontecendo. — O que? O que caralhos está havendo aqui?

— Duas pessoas conversando pós-sexo, nunca viu, flor? — Megan diz e volta a colocar suas roupas.

— Cala a porra da sua boca porque eu não perguntei para você, vagabunda. — Josephine está puta. Muito puta. — Já era de se esperar você transar com seu chefe para aumentar seu salário ou quem sabe ganhar regalias. É o máximo que pode conseguir, não é mesmo?

Eu preciso tomar frente disso, antes que as duas acabem fazendo minha sala de ringue de luta.

— Josephine não é nada do que você está pensando, ela..

— Não é o que estou pensando Hero, é o que estou vendo! — ela se aproxima — Ainda bem que não passamos de uma transa, você é um tremendo galinha que só se importa em manter seu ego inflado. Poderia ter pelo menos me avisado que iria abrir seu cabaré, e me poupado de presenciar isso.

— Ah, então agora você vai cuspir no prato que você comeu? — arqueio a sobrancelha — Não que isso mude alguma coisa para você, mas a gente não estava fazendo nada! Essa maluca entrou aqui e já começou a tirar a porra da roupa.