O quarto de Henrique ficou cada vez mais apertado para tanta gente. Já eram dez membros na liga (cinco só com a mesma cara) e a sensação era de perda de batalha. Clara já criou dez mutantes e clonou/dividiu um, totalizando quatorze adolescentes mutantes fora aqueles que Clara já mandara atacar a Liga.
- Vocês acham que o plano de Clara é tomar o planeta por mutantes e monstros? - disse Davy - Parece loucura, mas porque ela se limitaria a Caririaçu?
Davy tinha razão. Caririaçu não tinha nem trinta mil habitantes e Clara já dera a entender que aquilo não era só um experimento. Ela já causara inúmeras mortes, tanto de mutantes que ela mandou atacar a Liga no começo de tudo quanto de pessoas inocentes que Hugo e os amigos não foram bons o bastante para salvá-los.
- Eu já não duvido de nada. Espero qualquer coisa por parte do IPEC. Principalmente depois que soubemos o que Joana revelou a vocês. - disse Olímpio.
Hugo se sentiu desconfortável em contar ao resto do grupo o passado da mãe no IPEC, mas foi necessário. Mas o que mais lhe atormentava desde a noite anterior era a revelação de que o pai não era um simples professor de Geografia de uma pequena escola do bairro.
- Hugo, Leo, Pedro, Eduardo e Gabriel. - Iniciou Aline. - Me desculpem, mas não sei se devemos confiar em Joana. Nem mesmo em Olívia. Se elas esconderam isso por tanto tempo, quem garante que elas não escondem mais segredos?
Eduardo pareceu não gostar do que Aline disse, mas se conteve, e Hugo soube porquê. Porque era a verdade. Confiar em Joana era um tiro no escuro, mas era uma chance deles vencerem Clara.
- Ela pode ser nossa carta trunfo. - disse Gabriel - Nossa chance de ter a mesma visão de jogo que Clara tem.
- Foi o que eu pensei! - Afirmou Raquel. - Ou de ao menos entender o que Clara faz ou deixa de fazer. Já sabemos que os meninos não são clones de Hugo, e sim o próprio dividido em cinco, pelo menos.
- Eu me agarrei a essa possibilidade e não pretendo soltar tão cedo! - Exclamou Leo.
Hugo foi até a cadeira giratória do setup de controle de Henrique e girou-a para ficar frente a frente com todos alí.
- Nós cinco iremos ao IPEC. - disse apontando para os amigos. - Vocês, os outros Hugos, vão ficar para proteger a cidade de eventuais ataques. Henrique - Ele girou a cadeira um pouco para Henrique. - Eu confio em você para tanto nos auxiliar quanto auxiliar os meninos.
Henrique apenas balançou a cabeça em concordância.
- Não! Nós vamos com você! - Exclamou Gabriel.
- Vocês ficam! - disse Hugo quase berrando - Não podemos ir em grande número! Essa briga é minha e dos outros!
Os gêmeos pareceram revoltados com o que Hugo disse. Até mesmo Pedro e Leonardo que eram os mais sensatos dos quatro não fizeram cara de satisfação.
- Sim. Essa briga é deles. - disse Eduardo - Mas porque você, necessariamente você, vai com eles. Mainha já disse que você não é o original!
Hugo levantou-se e foi até Eduardo a passos pesados, pareceu até que ele iria enforca-lo.
- Você não pensa? Eu sei que não sou a porra do original, mas eu sou o que ficou com as características e os poderes dele!
Hugo olhou ao redor e todos o encaravam chocados com a cena.
- Hugo, você não é assim! - disse Raquel puxando o braço dele, fazendo-o se arrepender pelo comportamento.
- Desculpem! - Pediu. - Desculpa, Edu. Eu...eu tô com a cabeça muito cheia, embaralhada.
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Rádio (em processo de revisão)
FantasyUm garoto de 16 anos é exposto à uma explosão, que ao invés de lhe matar, lhe dá poderes radioativos. Agora, após a cidade passar a receber ataques de mutantes constantemente, Hugo e os amigos precisam proteger as pessoas ao seu redor.