Pra quem gosta indico ler com Breath me- SiaTalvez tivesse subido dois ou três andares pela escadaria, já estava de fronte a porta de ferro cinza que dava para o terraço, parecia carregar o peso do mundo nas costas, a mão pálida empurrou a porta e saiu no vento frio da noite de Tokyo, estava chovendo, não muito forte, mas o suficiente pra encharcar uma pessoa em minutos, não se importou, não se importava com nada terreno no momento, não estava no presente a mente viaja por todos os momentos de sua vida.
Todas a vezes que tivera estampada em capas de revista e telões, todos os treinos que tivera com os professores particulares até entrar na escola mais cobiçada pelos jovens, nunca falhou em um teste, sempre teve as melhores notas, tanto no teórico quanto no prático, falhar nunca estivera presente no seu vocabulário, pensou que de talvez os pais não a tivessem colocado num pedestal por tantos anos não estivesse tão abatida agora.
Andou até a beirada do prédio, admirando a grande cidade em movimento, as luzes, os carros, o barulho, era um grande organismo vivo, sabia que naquele momento existia centenas de heróis e vilões andando e lutando por Tokyo, o coração se retraiu de força dolorosa, nunca mais seria ela como heroína, não tinha mais individualidade, a chuva escondia as lágrimas de tristeza que rolavam sem freio pelo rosto.
Sentia como se a barra de ferro não tivesse saído de seu peito ainda, fria e pesada, tinha um grande curativo no peito e costas, onde alguns dias atrás uma barra de ferro quase tinha atravessado, talvez fosse melhor se tivesse acontecido, seria melhor se já estivesse morta, pelo menos teria morrido como uma heroína e não acordado como uma humana inútil, não queria ser má interpretada, amava proteger as vidas humanas, mas nunca pensou estar do lado dos protegidos invés dos protetores.
Kirishima desceu do carro com uma profundidade estranha no estômago, daquelas que ninguém gosta de sentir, era ansiedade, mas não por ir ver a namorada e sim por sentir que tinha algo errado acontecendo.
- Cara... - O ruivo virou para ouvir o que mais Bakugō diria, porém ao se virar o loiro estava olhando para cima, acompanhou o olhar do amigo e o coração se fez em pedaços, era ela.
A camisola branca já estava completamente molhada, os cabelos escuros por causa da chuva, o desespero cresceu na mesma medida que a adrenalina, deixou a bolsa no chão e correu para dentro do hospital procurando a escadaria.
A escuridão era atraente, ela olhava para os pés frios e descalços as pontas dos dedos escapavam da borda, o corpo começava a ser atraído pela gravidade, abriu os braços e ergueu a cabeça sentido a chuva ficar mais forte, já tinha se despedido de todos em seu coração, estava pronta para partir.
- [NOME]! - abriu os olhos assustada quando reconheceu a voz, virou a cabeça para trás vendo a cabeleireira vermelha de relance - Meu pai o que você tá fazendo?
A voz antes assustada de tornou cautelosa e Eijirou tomou uma pose cautelosa se aproximando devagar.
- Eu...
A voz se perdeu, o que estava fazendo a final? Não sabia. As lágrimas vieram mais fortes, antes que pensasse em fazer qualquer coisa braços fortes a puxaram com força para trás e cairam no chão.
Ficou parada ouvindo a respiração do namorado até soltar um grito de pura dor e medo.
- Eu sou uma inútil! Um lixo! Por que não me deixa morrer!?
- Me desculpa. Eu não posso tirar isso de você.
O corpo gelou, ainda estavam na mesma posição, os braços fortes do ruivo em volta da cintura e braços enquanto a jovem estava deitada do te ele. Ele também estava chorando.
Se desvencilhou daquela medida de segurança se sentando e sendo abraçada de novo, dessa vez afundou o rosto na curva do pescoço do garoto e chorou mais. As mãos firmes faziam um afago nos cabelos e passavam pelos braços de forma a reconfortar.
- Me desculpa, eu estou com medo. Eu não sei o que vai acontecer agora que eu...- mordeu o lábio inferior.
- Nos vamos dar um jeito, sempre damos. Essa é a qualidade de um herói, não é só a individualidade, é sempre saber que tem outra escapatória, é ver mais do que os olhos podem enxergar. - Sussurrou no ouvido da namorada que continuava a chorar e soluçar.
- Vem. - Puxou a [cor/cabelo] que de agarrou feito uma preguiça na cintura do garoto. - Você vai superar isso, por que não está sozinha, existem muitas pessoas que te amam, mesmo agora você não enxergando isso, o Pudim tá morrendo de saudades de você.
Assim que se levantaram a porta dou aberta, a cabeleira loira estava na frente dos seguranças do hospital e de médicos que saíram na frente logo se aglomerando sobre o casal.
Apertou mais o namorado e de repente todos os momentos felizes que já teve voltaram, os momentos mesmo que míninos com os pais, com os amigos, com os animais e com. O namorado, eles eram bem mais do que aquela nuvem negra de tristeza.
No fim, não era fracassada por supostamente perder sua individualidade e seu mundo não acabaria por isso, ela tinha amizade e amor, mesmo que aquele sentimento ruim quisesse lhe mostrar o contrário.
Lembre-se: você nunca está sozinho, sempre existe alguém que te ama seja uma pessoa ou um animal, você não está sozinho.
🍡Quem gostou bate palma quem não gostou paciência 🍡
🍡Ia dar um final triste mas é muita mancada 🍡
🍡Usei um pouco da minha experiência com essa doença maldita da depressão e meus sentimentos suicidas, devo minha vida ao me cachorro que apareceu bem na hora que eu fazer merda, descanse em paz meu filho 😔🍡
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Boku no Hero Academia - Imagines +18
RandomImagines com os personagens de BNHA Aviso: Palavras de baixo calão Conteúdo sexual Cenas de sexo explícito