Prólogo

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(Nota da autora: o prólogo foi inteiramente reescrito, ou seja, está repleto de novas informações :)

1000 anos antes...

  Tátia corria para molhar mais uma vez o pano. A febre das crianças não baixava há horas. Já era madrugada quando sua rainha, Genevive, foi até seu casebre e a suplicou aos prantos pela ajuda. Poderia ter pedido amparo a qualquer outra serviçal, mas Tátia era a única que poderia ajudar de forma mais eficiente. Ela era a única que possuía o que muitos morriam por ter, e outros faziam sacrifícios para ter. Magia.

E lá estava Tátia, a ajudando. Com o coração partido de uma mãe. Ver seus filhos em uma situação de quase morte. Não era fácil. Principalmente quando você não os podia chamar de filhos.

  Genevive se casou muito nova com o seu marido, o rei. Fora forçada a ter noites íntimas com o esposo para conseguir trazer um herdeiro ao mundo. Foram inúmeras tentativas durantes anos para tentar engravidar, mas nunca conseguiram.

  Sua cabeça estava prestes a ser decapitada por não conseguir realizar o desejo de toda a população, foi então que uma de suas melhores damas, Tátia, a aconselhou a procurar alguma moça para que engravidasse do seu marido. Genevive fingiria uma gravidez, e, quando a criança nascesse, apartaria da mãe biológica e o assumiria como herdeiro real.

A ideia era arriscada, entretanto, era a solução mais prática a ser feita. Genevive então escolheu a própria dama para tal serviço. Era a pessoa mais qualificada para aquilo.

O rei, apaixonado por sua esposa, tivera de aceitar tal ideia para que conseguisse ter sua amada para si.

E assim aconteceu. Tátia engravidou no mês seguinte. Anunciaram para todo o reino que Genevive finamente ficara grávida.

  A partir dali, ambas passaram os meses seguintes trancadas no grande castelo. Genevive, por medo de descobrirem que ao invés de uma barriga, eram almofadas por baixo do vestido. Tátia, por ordem do rei, ficou trancada para que não corresse nenhum risco.

Alguns meses antes do nascimento, a farsa estava caindo. Os rumores tinham começado a se intensificar. Genevive não está grávida. Eles diziam. A pressão sobre a casa real começou.

  Foi então que Genevive, a sós com tátia, a pressionou a confessar que era portadora de magia. Genevive a assegurou que se Tátia a engravidasse magicamente, ela estaria a salvo de ser queimada viva por conta de sua magia.

Depois de muita insistência, Tátia aceitou. Sabia que seria quase impossível, ou se não, impossível fazer tal tarefa. Gerar uma vida vinda diretamente da magia era contra todas as regras da própria magia.

Usara magia proibida, que há muito tempo fora esquecida pelas bruxas. Mas que funcionou, pela graça ou desgraça dos ancestrais, ela conseguiu. Um coração agora batia no útero de Genevive.

Todavia, seria óbvio que a gravidez era recente. Então, no meio da criação desse criança, Genevive pediu que tátia de alguma maneira, fizesse a gestação durar pelo menos três meses. Impossível, disse ela.

Porém, mesmo assim fizera. Um feitiço de aceleramento foi colocado. A gravidez duraria no máximo quatro meses. Era o que conseguiria fazer se quisesse que a criança ao menos nascesse com vida. O que não era a intenção de Genevive. Mas era a de tátia.

Genevive deu a luz a trigêmeos, uma menina e dois meninos — bem diferentes um do outro. Eram lindos e saudáveis.

Os esconderam por dois meses, tempo em que Genevive terminava sua gravidez acelerada. A população acreditou. Ansiavam para ver a criança.

Os Cinco Sobrenaturais (Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora