O segundo grito

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Surge uma coisa dentro da mariposa que ela não sabe definir.
Uma frustração,
Uma indignação,
Um grito bem lá do fundo que ainda está rouco,
que ainda é uma semente mas que é regada aos poucos.

Após ter convivido com vários tipos de visitantes em sua casa,
ela ganhou marcas.
Algumas cicatrizes começam a formar algo nela.

Ainda sem semblante,
ela começa a ter cor.
uma cor sem nome,
uma cor que ainda está no processo de formação.

Há algo dentro de mim que nunca permanece quieto
que grita em silêncio todas as vezes que sente por meio de todos os sentidos, o objeto desejado se aproximando

Essa coisa dentro de mim é censurada
eles colocam-a atrás das grades para que seja contida, calada, silenciada.

Assumirei o papel dado a ela por vocês para que eu possa finalmente incorporá-la
Encararei seus julgamentos,
E um dia,
Meus dentes vão estar tão afiados que conseguirei amassar e quebrar todas as grades impostas

Os meus instintos serão meus, não seus.
A minha boca não será moldada por vocês.
O meu grito, fará barulho.
Soltarei o meu veneno da liberdade.

- mariposa com as asas crescendo.

"Olhe bem pra essa curva do meu riso raso e rotoVeja essa boca muda, disfarçando o desgosto"- Elza e Pitty

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"Olhe bem pra essa curva do meu riso raso e roto
Veja essa boca muda, disfarçando o desgosto"
- Elza e Pitty.

(A cada mudança mais forte da mariposa, estou adicionando alguma música que é semelhante às fases que ela irá passar nos poemas como fiz no primeiro! ❤️)

O grito da mariposaOnde histórias criam vida. Descubra agora