Capitulo 11

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Sapatos nos pés, agasalho para o clima de baixa temperatura e um gorro quente e pés na estrada. Ao contrário da minha escola que ficava do outro lado da cidade, bastou que pegasse um ônibus para chegar ao Mapple High, uma escola particular fundada num complexo de prédios difícil de andar.

O campus em si tinha várias unidades dentro de um único terreno, era como uma universidade, só que voltada para o ensino fundamental e médio. Os prédios eram todos iguais, retangulares, com apenas um andar e cercados por janelas com vidros pretos cuja luz de fora não entrava, além de paredes brancas e todo um sistema de deslocamento por escadas ou por rampas nas laterais. O prédio do fundamental ficava entre outros três que não me importavam, e era ali onde a garotinha devia estar, provavelmente preocupada ou com medo de alguma coisa, sabendo que já tinha dado problemas.

Lembro de mim mesmo quando os caras mais velhos me trancavam no armário e eu chorava como um bebê para tentar sair.

Voltar a escola apenas dias depois de ter dado bye bye para a minha foi bastante estranho. Mas, ao tomar os corredores com uma movimentação baixa de crianças, mas muitas vozes ao redor por todas as salas estarem dispostas em um par de longos corredores. O cheiro de giz e de livros é tentador, mas preciso focar em encontrar a sala da senhorita Mazie, a pedagoga ou a sabe tudo sobre comportamento de crianças rebeldes ou que sofrem com alguma merda.

Como lidar com a agressão de uma criança contra os amigos.

Ivalice falava então sobre Olivia.

Depois que perguntei na recepção onde encontraria a senhorita Mazie, eu encontrei a sala que tinha porta de madeira envernizada branca semelhante a todas as outras no corredor com a tarja que dizia Becca Every: coordenadora pedagógica, e toquei três vezes. Não acho que seja a sala certa, mas esperei, olhando ao redor, notando que todos os professores estavam extremamente bem vestidos e pareciam bastante motivados.

Então a porta se abriu e uma mulher apareceu.

E... caramba, como era bonita.

Se o meu defeito era atrair garotas lindas como Eva Tonson — e não ser taxado como otário por Cristina Billiard — certamente era porque me encantava facilmente por um sorriso que demonstrava toda a feminilidade de uma garota. E essa garota facilmente me tiraria a voz se eu abrisse a boca para falar. Talvez ela tivesse uns trinta anos, mas não aparentava mais do que vinte e cinto. Mulata, esbelta, com grandes olhos cor de café, cabelos grossos e altos num penteado afro de um tom que variava entre a cor de mel e de chocolate. Ela trajava um requintado vestido estilo onça cinza com preto de alça. Nos braços ela tinha uma porção de tatuagens e no pescoço carregava um belo colar de pedras.

Caraca, vou vir estudar aqui.

— Sullivan Oliver?

— Er... senhorita Mackenzie Dalleven? — sorri um pouco quando tomei a sua mão entre a minha, sem saber ao certo se a minha voz tinha sido suficientemente convincente para dizer que não estava afetado pelo seu sorriso.

— Me chame só de Mazie, ou senhorita Mazie. Por favor, entre. Essa era a sala da nossa antiga coordenadora, mas agora como respondo por duas funções, vai me encontrar sempre em sala ou aqui vez em quando.

Ela me deu disposição a sua sala que não era muito grande e nem muito pequena, tinha apenas o necessário para dar impressão de que estava num ambiente acolhedor e futurista onde todos os moveis e paredes eram brancos e apenas um ventilador resfriava tanto a sala quanto uma Olivia notavelmente quieta na cadeira

Ela olhou na minha direção e fungou o nariz.

— Olivia, oi — me sentei ao seu lado. Ela sorriu um pouco, mas estava claramente envergonhada e com um olhar de culpa estampados.

Sullivan, o Jovem TutorOnde histórias criam vida. Descubra agora