Capítulo 10 - Algarve

3 2 0
                                    

Justin e Cristiane foram dar uma volta no terreno circundante á casa encontraram a nascente a água era gelada saía de um pequeno monte que tinha junto ao chão uma fissura era tudo de barro, numa parte do terreno onde havia um declínio havia um pequeno Ribeiro por onde a água escorria. Justin tinha visto num barracão uma banheira velha, foi lá buscar a banheira e agarrou um tubo de plástico que ali havia, voltou para junto da nascente colocou o tubo na fissura de forma a deixar sair a água pelo tubo e com o dedo tapou o resto da fissura com barro e meteu a banheira por baixo para acumular ali a água fresca, antes desta se juntar ao Ribeiro. Depois de encher a banheira de água aparentemente límpida a água volta a escorrer para o chão e novamente seguiu o seu rumo de encontro ao Ribeiro.
Cristiane já fazia uma cerca com uma velha rede aproveitada do barracão, para começar uma pequena horta. Depois de feita a cerca juntou-se a Justin.

- Bom parece que precisamos de ir às compras. Disse ela motivada, ainda com as mãos cheias de terra.
- Sim sem dúvida temos muito que fazer aqui.

Delmiro tinha acabado de chegar com um homem.

- Então, estou a ver que já meteram mãos á obra. Disse ele a rir.
- Trouxe comigo o José Carlos ele tem uma empresa de construção e vai dar uma vista de olhos, para te dar um orçamento.

Justin assentiu. Comprimentos o homem Cristiane também.

- Bem vamos às compras. Temos que fazer uma lista para ser mais fácil.
Cris apressou-se a tratar disso e seguiu para dentro de casa.

Enquanto esperava e olhava á volta numa tentativa de fazer um plano do que poderia acontecer naquele espaço, o que ia ser onde, volta o homem o José Carlos que iria tratar das obras.

- Bom isto é preciso algum trabalho mas depende do que quer gastar, trabalho é muito, a casa é antiga mas parece ter tudo funcional falando de eletricidade e canos parece estar tudo ok. O telhado está em mau estado e temos que pintar e picar algumas paredes.

- Bom quero tudo bonitinho, pretendo passar aqui o resto da vida. Tenho um orçamento grande. Faça um projeto e apresente. Quero um galinheiro ali. E aponta o sítio. Um estábulo ali. E aponta novamente. Vou ter cavalos e cabras. E um pequeno curral ali.

-Ok diz José Carlos. Vou tratar disso. No máximo 3 dias e apareço aqui para falarmos ok?
- Sim claro, muito obrigado. Diz Justin.

O homem entra no carro com Delmiro que o leva de novo. E mesmo a tempo sai Cris com a lista na mão.

Chamaram um táxi pois Delmiro tinha levado o único carro que trouxeram e seguem para a Aki mais perto. Acabaram por chegar quase uma hora depois de voltas e voltas e lá seguiram para as compras.

Depois de comprar as mais variadas coisas pediram para ser entregue na propriedade e levaram consigo só algumas coisas que iam começar a fazer na horta e para a casa.
Delmiro já os aguardava no parque. Com o carrinha que tinham trazido de Lisboa.
Carregaram tudo e seguiram para a quinta. A caminho pararam numa churrasqueira e compraram o jantar, pois já se fazia tarde.

Chegaram a casa e já pouco podiam fazer com pouca luz. Decidiram arrumar o material no barracão e seguiram para dentro com o resto das coisas e foram jantar.
Comeram frango com batatas fritas e arroz de cenoura.
Riram das peripécias das compras, e falaram sobre a quinta e de como ia ficar linda depois das obras e de tudo arrumado ao gosto deles.
Delmiro decidiu telefonar para a mãe.

- Oi mãe sou eu. Diz Delmiro
Segue-se um silêncio por um minuto ou dois e ouvia-se Vera a falar sem parar com o filho após alguns minutos Delmiro pede desculpa diz que teve que viajar mas que estava bem, e que devia ter avisado, depois de vários desculpa ele diz que foi Justin que o encontrou e que lhe disse que a mãe estava a procura dele.
Disse que estava ainda com Justin, e que em breve voltaria a casa.
Vera fala por mais uns minutos e depois das despedidas Delmiro desliga o telefone.
Tinha as bochechas rosadas de tanto falar e de se sentir culpado de preocupar a mãe, mas aliviado por saber que ela estava mais contente e sem se preocupar com o seu desaparecimento súbito.

- Bom vou descansar, foi um dia longo. diz Delmiro.
- Boa noite, bom descanso. Diz Justin.
- Voltas amanhã ou ainda ficas mais uns dias? Pergunta Cristiane.
- Fico até ao fim de semana, depois vou para baixo. Diz Delmiro.
- Boa noite Delmiro dorme bem. Diz Cristiane.

E continuaram os dois a falar dos planos para a quinta todos animados como se fossem duas crianças.
No dia seguinte veio uma carrinha cheia de material comprado no Aki. E logo começaram a arrumar tudo a dar uns toques aqui outros ali.

A horta já tinha 3 fileiras uma de tomates outra de batata e outra de alface. Tudo plantado á espera do sol pra crescer e prosperar.
Já tinha a rede á volta toda direitinha.

Justin tratava do barracão pois faltava umas madeiras e o telhado precisava de ser reparado.
Já tinha contratado serviços de TV e internet pois a casa não tinha nada ainda.
Instalavam dali a dois dias, e assim a pouco a pouco as coisas iam ganhando vida e as suas necessidades iam sendo preenchidas.
Delmiro tratava da piscina, tirou toda a água suja e já estava de calções a limpar a porcaria que lá se encontrava fazia muito tempo.
Mais um dia e podia encher e ver se tinha alguma fuga.

Dias PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora