Capítulo 9 - Ódio/Amor

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O jantar podia ter acabado pior, mas Justin teve uma ideia. Andar de cavalo.

- Então e que tal irmos dar uma volta de cavalo, está uma noite maravilhosa, levo um vinho dos deuses. - diz Justin com um sorriso estampado na cara toda.

- Sim parece-me boa ideia, e o vinho uma excelente opção. - diz Cristiana mais animada.

Foram ao estaleiro, Justin escolheu um cavalo negro, muito brilhante, e Cristiana escolheu o castanho.

E lá foram bem devagar, lado a lado, iam-se afastando, até que chegaram ao topo de um monte ali perto, onde no centro tinha uma árvore centenária, enorme, prenderam os cavalos, sentaram-se á sombra.
A vista era desimpedida podia-se ver tudo á volta, as várias cidades ao longe, divididas por áreas de mato, estradas faziam serpentes por entre montes e aldeias.
Calados a olhar o esplendor que os rodiava, Justin abre o vinho, e deixa-o respirar um pouco.
Cristiane estava a tirar fotos, de todos os ângulos e posições, muito entusiasmada.
Justin observava, como ela era linda quando estava distraída, contente, o seu sorriso era delicioso, era muito rápida movimentava-se muito bem, tinha elasticidade e ginástica, era uma mulher muito atraente.
Ela aproxima-se de Justin, e escolhe um copo e estende-o na sua direção, como a pedir que lhe servisse vinho.
Justin achou aquele gesto, mágico, todo o seu á vontade o seu esplendor misturado com brincadeira, provocação, rebeldia.
Ele serviu Cristiane, e depois a si, fizeram um brinde e beberam em conjunto.
Cruzaram os braços e beberam um golo entrelaçados.
Quando se vão para afastar, Justin volta á frente e beija suavemente Cristiana.
Ela deixa-o, e quando ele se afasta ela volta a puxa-lo.
É um longo e apaixonado beijo.
Seguido de silêncio, e outro e outro beijo...
Acabaram o vinho, ele queria perguntar se o que se tinha passado mudava a relação deles, mas não se queria precipitar e olhava com um sorriso e medo e dúvida para Cristiane.

Cristiane rompeu o silêncio.
- Eu já achava que não gostavas de mim. Admito que não estava á espera mas ao mesmo tempo, queria muito.
Isto quer dizer que temos alguma relação ou é melhor esquecer tudo ou dar mais tempo? - diz Cristiana meio confusa

- Eu adorava, ser teu namorado, se tu também quiseres claro. - diz Justin firme e meigo ao mesmo tempo.

- Eu, não sei, quer dizer sei, quero claro, mas estou meio nervosa e sem palavras, desculpa... - Diz ela fora de órbita

Justin chegou-se a ela e abraçou-a com força.

- Vamos ser muito felizes, prometo não descuidar, respeitar os teus sentimentos, assim como espero que respeites os meus, porque estou perdidamente apaixonado por ti.

Pela primeira vez dormem juntos, no quarto de Justin, a noite tinha sido longa, mas Justin acordou cedo e tratou de tudo.

- Bom dia. - diz Justin sorridente estendendo o tabuleiro enquanto Cristiane se endireitava.

- Obrigada, tanta coisa boa, e eu estou cheia de fome. - Abraça Justin dá-lhe um beijo rápido e assambarca o tabuleiro, com olhos abertos a brilhar de fome.

Justin sentou-se aos pés da cama, a ver a ávida Cristiane a devorar o tabuleiro sem ver mais nada á sua frente, até que estivesse tudo limpo.
Ela olhava os morangos, depois os croissants, com queijo com manteiga, com compotas, ia intercalando com sangue, e assim como um piscar de olhos o tabuleiro ficou vazio.

Justin não queria continuar ali embora fosse muito agradável, tinha poupanças e estava a pensar ter uma vida mais calma. Chamou Delmiro á parte e disse que ía procurar um monte no Alentejo para comprar e ir para lá. Delmiro assentiu embora lhe tivesse lembrado novamente tudo sobre o facto de ser vampiro e concordou enviar sangue para ele sempre que fosse preciso para não haver ataques de fome e por sua vez mais vítimas desnecessárias.
Justin agradeceu e começou a procura.
Mais tarde falou com Cristiane e contou os seus planos.
Ela parecia um pouco triste, mas disse que iria com ele embora fosse sentir saudades de todos ali na quinta, pois já eram uma família. Tudo aquilo aproximou-os e de certa forma sentia-se triste por não ver Ana e Paulo e Delmiro todos os dias como já era habitual.
Justin fazia telefonemas e por fim parecia que ia fazer a sua primeira visita, era um monte com vários hectares tinha um rio mas era no Algarve. Justin fez a mala e convidou Cristiane e Delmiro para irem com ele.
E assim logo de manhã partiram em 3 horas chegaram ao destino perto de Tavira. No interior depois de cascatas e ruas as curvas umas atrás de outras. Chegaram a uma quinta enorme ao fundo de uma estrada de terra estava uma casa enorme e antiga e o carro do agente imobiliário que os aguardava para lhes mostrar tudo.

-Olá bom dia. Diz o agente
- Bom dia. Dizem todos.
- A casa tem 10 quartos 4 casas de banho piscina e cerca de 45 hectares que a circundam tem também uma nascente na propriedade. Explica o agente.

Começaram a ver a casa e era notório que precisava de obras.
Justin conversou com o agente e por fim apertaram as mãos. O negócio estava fechado. Justin adquirira a propriedade.

- Bom precisa de obras visivelmente. Disse com um sorriso de orelha a orelha.
- Bom devo dizer que o terreno é fantástico e a casa é enorme. Diz Delmiro.
- Nem acredito que realmente compraste uma casa tão rápido. Diz Cristiane.
- Sim, estava a precisar de ter o meu espaço e algo assim sempre foi o meu sonho. É um bom m investimento. Mas valeu a pena. Espero ser muito feliz aqui. Diz Delmiro a olhar para Cristiane.
- Eu também. diz Cristiane com as lágrimas nos olhos.
- Bom está decidido vou ajudar nas obras e volta para Lisboa. Diz Delmiro.
- Conheço aqui uns empreiteiros espero conseguir um bom preço. Diz Delmiro.
E agarra no telefone e logo começa a fazer chamadas.
Justin e Cristiane entraram em casa e começaram a arrumar as poucas coisas que tinham consigo.

Dias PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora