Prólogo

82 3 0
                                    


Ninguém vai mudar as histórias em si, elas estão muito bem como estão. Elsa, uma rapariga que viveu toda a vida com medo de si mesma, com medo de estar a mais, de ser demais, de errar e desapontar todos, com medo de mostrar seus verdadeiros sentimentos, com medo de confiar em quem mais ama, com medo dos outros, aprendeu a amar se, a descobrir se, a confiar em quem ama, a demonstrar o amor que tem para dar. Conheceu finalmente e verdadeiramente a sua irmã, foi forte, libertou se, conseguiu trazer a sua irmã de volta, conseguiu concertar o que estava errado, deixou se ser salva e abriu seu coração para o único e último membro da sua família, e ainda aumentou a sua família. A garotinha virou uma mulher no primeiro filme. Já no segundo filme, ela tinha receio de não ser suficiente, culpava se pela morte dos seus pais, afinal, eles foram à procura do porquê ela ter poderes. Ela lutou, foi forte mais uma vez, venceu cada etapa, manteve a salvo a sua irmã, que a salvou mais uma vez. Elas perderam se uma da outra, mas o amor fê las se reencontrarem. Ambas fizeram o que estava certo, ambas acreditaram, e ambas foram sinceras. Elsa voltou com todas as respostas, voltou sendo o quinto espírito, a ligação entre os humanos e a natureza, ela foi a resposta de um ato bom em meio de uma guerra e de uma prenda enganosa. Ela finalmente percebeu que nunca esteve onde era realmente o seu lugar, descobriu o seu espaço no mundo e pôde apartir daí ser finalmente feliz.

Quanto a Jack Frost, era apenas um rapaz que sacrificou a sua vida para salvar a irmã e daí virou um simples espírito, um espírito diferente, daqueles em que só existem se acreditarmos neles. Ele não quis isso, mas assim aconteceu e tudo acontece por um motivo. Num momento em que as crianças deixavam de acreditar no Coelho da Páscoa, na Fada dos Dentes, no Pai Natal, nos Sonhos, num momento em que o próprio Jack Frost deixou de acreditar nele mesmo, ele conseguiu provar o contrário, tanto a si mesmo como às crianças. De facto as lendas existem se acreditarmos nelas, basta acreditar. É disso que é feita a vida, acreditar e lutar. Jack, com a crença de uma criança conseguiu salvar as restantes lendas, e isso fez com que passasse a acreditar em si mesmo também.

São os dois um tanto parecidos. São ambos espíritos, mas diferentes. Ela é humana com poderes, ele é espírito com poderes. Ele vive para sempre, ela vive como uma pura humana. Ambos criam vida apartir do gelo, ambos com passado difícil. Mas o problema mesmo, é que.. quem precisa de acreditar em Jack Frost quando se tem a Elsa? Pois é, eles vão se conhecer de uma forma inesperada.

You Gotta BelieveOnde histórias criam vida. Descubra agora