amor

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- Ambas têm de perceber que estiveram erradas. Jack, podes dizer alguma coisa, por favor? Dava jeito uma ajudinha..

Kristoff resmunga com Jack que está a fazer bonecos de neve em miniatura enquanto Olaf brinca com eles.

- O quê? Oh, ahm.. claro. O que é suposto eu dizer mesmo? - Jack levanta se coçando a nuca desajeitado.

O Principe suspira forte e as raparigas continuam de cabeça baixa, cada uma para seu lado.

Depois do sucedido, o grupo decidiu dar um tempo para todos refletirem, uns dias bastou. Elsa veio dormir umas noites ao palácio juntamente com Jack. Mas hoje, o loiro não aguentou mais ver o clima estranho entre as irmãs. Apesar de tudo ter corrido bem, elas ainda não entendem o porquê de toda aquela situação.

- Posso vos pedir uma coisa? - Jack lembra se de pedir receosamente, as irmãs ficam confusas mas aceitam. - Contem me a vossa história. Ambas as versões.

As duas raparigas entreolham se e Anna fala primeiro contando a sua versão, e logo de seguida Elsa conta a sua versão, ambas complementam as versões uma da outra com alguns detalhes importantes. Jack escuta as atentamente juntando as peças todas com a parte da história que Kristoff tinha contado. Já este fica sem perceber o porquê daquele pedido.

- Para amar não basta amor. Amor não significa apenas amor. Significa também respeito, confiança, lealdade, sinceridade, justiça, etc.

O loiro oxigenado discursa sentado no chão de frente para as raparigas, todos os presentes na sala se aproximam dele para o ouvir interessados no que ele tem a dizer.

- Vocês tem amor sim, um amor incondicional. Mas.. será que têm confiança e respeito?

- Claro que sim!

Ouve se as vozes das irmãs em coro, Jack sorri.

- Elsa, tu não contaste a tua irmã sobre mim por medo que ela não aceitasse mais as tuas loucuras. E Anna, tu não deixaste que ela te contasse sobre mim por medo de ser mais uma loucura. Uma tem medo de perder a outra e sufoca a como proteção, não confia que a irmã é capaz de cuidar de si própria e esquece se de todos à sua volta pela irmã. E outra não confia em si mesma, não confia no outros, tem medo de ser demais ou a menos. Mas vocês são perfeitas assim, só precisam de melhorar esses pormenores, aprender essas pequenas coisas. Anna, o teu marido também precisa de ti. E tu, sem sequer teres noção, mete lo de parte sempre para salvar a Elsa. E Elsa, tu és perfeita assim, todos te adoram, e tens de ter mais confiança em ti e em quem amas. Se te amam vão te apoiar sempre, vão ser sinceros sempre, mas nunca te vão impedir de seres feliz.

Kristoff sorri concordando plenamente com as palavras do amigo e abraçando a sua esposa, já Elsa baixa a cabeça um pouco corada.

- Obrigada, Jack.

Elsa levanta o olhar para lhe agradecer e ele devolve com um sorriso largo.

- Bom, eu não teria dito melhor. Obrigado pela ajuda, amigo.

Os rapazes abraçam se e Olaf junta se ao clube por convite do Principe.

- Pronto, caso resolvido por isso, vamos a um jogo de charadas, malta? Juntem se em pares. - Anna subitamente levanta se do sofá falando alegremente.

- Eu não sei jogar a isso.. - Jack solta um leve riso nervoso e baixinho e Elsa acalma o.

- Aprendes rápido, é facil, a Anna explica o jogo.

- Só se fores o meu par.

- Combinado.

Os dois loiros oxigenados juntam se como um par no jogo e sentam se lado a lado no sofá. Kristoff fica com Anna, e Olaf decide ficar com Sven a assistir para as equipas ficarem justas.

E assim a Rainha começa a explicar o jogo ao novato na família. Este entende rapidamente e eles começam a jogar. Numa luta muito renhida, a equipa Jelsa vai sempre a frente. Parece que a rapidez e experiência de vida de Jack estão a ajudar.

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- Elsa?

Jack aproxima se com cuidado, Elsa está na varanda do seu quarto no palácio a observar o mundo exterior em plena noite de lua cheia. Está sentada no parapeito da varanda sorrindo como uma idiota. Mas esta está completamente absorta pela paisagem à sua frente. O loiro aproxima se ainda mais caminhando devagar. Ele pousa levemente a mão no seu ombro, mas a rapariga assusta se e quase cai. Jack consegue agarrá la e ajuda a a subir rapidamente. Elsa acaba deitada em cima do rapaz e fica um pouco zonzo mas logo se recompõe. Eles encaram se por uns demorados segundos, talvez até minutos. Jack acaba por se encontrar a memorizar cada traço da face de Elsa, mas fica se pelos olhos e os lábios no final. Elsa fica bastante desajeitada sem saber bem o que se está a passar. As suas maçãs do rosto cobrem se de um carregado carmesim, e os olhos enchem se de dúvidas.

- Elsa, o Kristoff vai começar a terceira ronda.

- E onde está o Jack?

Ouvem se as vozes dos atuais governadores de Arendelle, mas os dois ali no chão ignoram completamente. Talvez nem tenham sequer ouvido. E subitamente, a surdez passa a cegueira e eles juntam os lábios.

Jack não se contém, e desliza um mão pelo corpo da Princesa até chegar ao fundo das costas da mesma. Ela sorri involuntariamente por entre o beijo pelo cuidado e pelo respeito de Jack.

O beijo é aprofundado e a esta altura os restantes membros da familia já estão a ver silenciosamente como se fosse um filme romântico. Anna esforça se ao máximo para não estragar o momento com os seus saltinhos de excitação e felicidade pela irmã. Já Kristoff prefere meio que desviar o olhar uma vez ou outra.

Um beijo que pareceu demorar horas para os dois e que quase lhe arrancou o oxigênio dos pulmões, mas que foram apenas uns segundos em que os lábios de ambos se encaixaram perfeitamente.

De repende, uma sensação fria percorreu o corpo de Anna, que abraçou o seu próprio corpo com uma expressão de agonia. Ninguém notou, ninguém estava a reparar nela já que estavam todos maravilhados que haveria mais um par de pombinhos no reino. A rapariga ruiva até agradeceu, mas anotou mentalmente o acontecido para pensar mais tarde.

Finalmente Elsa se afasta com calma e sai de cima de Jack levantando se e indo para perto da irmã. Elsa solta um leve riso divertido assim que vê o casal a fingir que estava ocupado.

- Vocês estavam a espiar me?! - a loira finge se indignada.

- Correção, a espiar vos.

Kristoff provoca e Anna espeta lhe um soco no ombro, o rapaz geme de dor e esfrega o local fingindo se um cãozinho ferido. Sven aproxima se e lambe lhe a cara toda.

Jack aparece uns segundos depois rindo baixinho da figura de todos. E sem ninguém ver pisca o olho para Elsa que cora levemente.

- Bom, continuamos o jogo? - O espirito do gelo desafia e todos aceitam.

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