Capítulo 12

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Conversar com Carolina como se realmente estivesse interessada nela, foi um grande esforço. Ouvir a sua voz repetindo o que eu dizia, só me fez ter a certeza de que Juliana estava por perto e isso me doía, mesmo sabendo que era uma encenação.

Foi difícil convencer a minha morena a não bater de frente com a Carolina, mas ela tinha que entender que não podia ficar preocupado com o que aquela mulher poderia fazer.

Lido com pessoas que tem dinheiro e que acham que podem ter tudo, mesmo o que não seja deles e, é esse tipo de pessoa que vejo ser a Carolina. Minha morena está em um momento muito bom na vida profissional e não quero que os meus erros a prejudique, pois sei como é importante para ela lecionar, sonhos e esforços, ela lutou por esse espaço, vi o brilho dos seus olhos quando falava da escola. Quando Luna me passou o telefone dela, me contou sobre as turmas que ela vai ficar e que eu não podia entrar na vida da Juliana se fosse para prejudica-la com o meu jeito de pegar e não se apegar, mas não tem como agir diferente, por que no momento, quem me pegou foi ela, sem fazer nenhum esforço, só precisou ser ela mesma, simples, gentil, encantadora, linda.

Nossas conversas ao telefone tem sido a melhor parte, ficar sabendo como foi o seu dia, me faz conhece-la melhor e tento passar o que estou sentindo, demonstrar o meu interesse para ter a confiança dela e acho que estou conseguindo.

Todas as noites depois de ter conseguir fazer a Carolina acreditar que ela é, a escolhida, ficamos conversando por quase uma hora, o que para mim é pouco, mas ela tem que descansar para enfrentar o dia com as crianças.

Em uma dessas conversas, puder perceber que certos assuntos a deixava triste, como quando eu tocava no caso da Anna, que estava se recuperando e que em breve iria pra casa, só estava esperando o meu sobrinho receber alta. Nessas horas ela oscilava entre a alegria pela recuperação e a tristeza do bebê ainda estar internado.

Ela sempre me diz que assim que nos encontrássemos ela vai me contar algo que não podia mais guardar sozinha e isso está me deixando com a curiosidade a flor da pele, mas vou saber esperar para passar a confiança que tanto quero entre nós dois.

Está quase na hora de ligar para Juliana, a ansiedade é tão grande que parece que vou estar juntinho dela e não por telefone. Estou chegando em casa quando vejo o meu pai começando a descarregar a velha caminhonete, que ele não quer se desfazer, diz que ainda está firme e que vai durar por muitos anos. Meu pai é um homem forte não aparenta a idade que tem, continua a levar a colheita na feira da cidade, mas com menos frequência, minha mãe freia essas saídas, ela fala que não quer ficar sozinha no sítio e meu pai que sempre faz o que ela pede, não a deixa.

— Pai! Espera, deixa eu trocar a roupa que descarrego para o senhor. — Entro rápido em casa, passo pela minha mãe que sorrir quando me vê.

— Não precisa correr menino, vou parar o seu pai, senão ele não vai te esperar.

Em Seu Coração (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora