Capítulo 7

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Capítulo

Não revisado


Juliana


Ver Otávio conversando com minha mãe, dava vontade de esganar ele ou a mim mesma, por estar morrendo de vontade de ter aquele sorriso.

E o que me deixou mais irritada, foi os olhares das mulheres quando ele saia da água depois dos mergulhos, com aquela sunga branca, nossa, até eu fiquei de boca aberta, é muita beleza para uma pessoa só.

Mas mesmo com todo o sentimento de querer mais dele, eu não dei o braço a torcer, não esqueci como ele falou comigo e como me senti. Não posso dizer que foi ruim passar aquele momento com ele e minha mãe, essa então, está encantada com o moreno ... é "Otávio pra cá" é "Otávio pra lá", parecem que já se conhecem há anos.

Otávio não ficou mais do que 2 horas com a gente, disse tinha que encontrar com os pais para seguirem viagem para o sítio em Minas.

A praia sem ele não foi mais a mesma, faltava o seu sorriso, a maneira dele gesticular enquanto falava, a atenção que dedicava a minha mãe e, os pequenos olhares que ele me dava tentando me fazer participar da conversa e eu com medo de demonstrar o que meu coração dizia, fugia do seu olhar.

Com todo esse dilema e com meu coração batendo de maneira errada, chamei a minha mãe para irmos pra casa, mesmo estando apreensiva em relação à Carol, como ela vai reagir quando entramos em casa.

— Mãe, está na hora, estou cansada e não sei o que me espera quando chegarmos em casa. ­­— Falei já arrumando a minha bolsa e colocando o meu vestido.

— Não entendi, o que nos espera? — Ela se levanta e começa a se arrumar também.

— Carol mãe, ela não vai deixar passar a desfeita do Otávio, ainda mais que ele saiu com a gente. — Começamos a caminhar de volta pra casa.

— Juliana, tem alguma coisa que precise saber? — Essa era uma pergunta que não queria responder, não nesse momento.

— Não agora mãe, só vamos enfrentar o que nos espera, depois conversamos.

E assim fizemos, seguimos conversando coisas amenas, sem incluir Otávio e muito menos Carol.

Quando chegamos próximo ao portão que dava entrada para a casa, estava tudo muito calmo, nenhuma música e nem conversas na piscina. Fomos entrando e vimos que não tinha mais ninguém, apenas a bagunça deixada por Carol e seus amigos.

Não podia deixar minha mãe sozinha limpando aquela bagunça, por que mesmo sendo sua folga, achava que era sua obrigação deixar tudo organizado. Era o seu jeito de agradecer a dona Amélia por nos deixado morar no quarto, por isso que quero conseguir um cantinho só nosso, para que minha mãe trabalhe, por que sei que ela não ficaria em casa sem trabalhar, mas fazer o trabalho certo, com horário de entrada e saída, por que aqui, praticamente ela trabalha o dia todo e todos os dias da semana.

Ainda com a roupa de praia, guardamos, limpamos, organizamos toda a área da piscina e cozinha, que também estava suja, deixando tudo arrumado. Já estava começando a escurecer quando estávamos indo para o nosso quarto e, foi nesse momento que Carol apareceu na porta que dá saída da cozinha para área da piscina que é o caminho para o quarto.

— Olha se não é a "amiga" do meu convidado ... passearam muito? — O deboche era explícito em seu rosto.

— Carolina, deu tudo certo com seus amigos? — Minha mãe faz a pergunta para fugir do assunto, Otávio.

— Mãe, vai indo tomar banho enquanto converso com Carol.

— Mas filha!

— Por favor, mãe. — Minha mãe seguiu para quarto, mas com olhar preocupado.

— Toda essa cena para responder minha pergunta.

— Sabe Carol, eu sempre tentei evitar qualquer tipo de atrito com você, antes era por causa da Andréa, uma boa amiga, então, não queria causar um mal-estar com ela e depois por dona Amélia, com uma filha longe e a que está perto sendo uma irresponsável ... — Ela não deixou terminar.

— Olha aqui Juliana, não pensa que eu vou deixar a filha da empregada falar comigo desse jeito e outra, se pensa que vai ficar com Otávio, está completamente enganada. Sabe quem passou à tarde de ontem na cama com ele? — Ela sorriu, achando que estava me ferindo, mas isso não vai acontecer. Ontem Otávio nem sabia da minha existência, mas saber que ela já tocou naquele corpo me dá raiva.

— E eu lá quero saber com quem você vai pra cama ... e que saber, eu vou tomar um banho que tenho que descansar para trabalhar amanhã, não tenho a vida mansa como a sua.

Quando me virei para sair ela segurou o meu braço me impedindo de continuar, encarei Carol, olhei de cima a baixo, mas ela não me largou, me fitou e falou.

— Você realmente acha que um homem como Otávio vai ficar com uma mulata e filha de uma domestica?

Puxei meu braço e encarei a Carol, o que mais me deu raiva não foi ser a filha da domestica, não tenho vergonha, pois foi com esse trabalho que ela me criou e nem mesmo ser uma mulata, me orgulho da minha cor, mas sim, falar do Otávio, como se ela o conhecesse muito bem.

— Com quem Otávio vai ficar ou não, não é da minha conta, mas com quem eu quero ficar, isso sim, é. — Cheguei bem próximo dela. — Entre na disputa, por que aquele homem vai ser meu.

Sai da cozinha sem esperar que ela falasse alguma coisa. Não sei por que disse aquilo, talvez por não querer me sentir por baixo ou a verdade, eu o quero.

Pela primeira vez depois do que aconteceu comigo, senti o meu coração se agitar, esquentar com cada olhar do Otávio, é como se ele tivesse uma chave mestra  ... eu não posso perder esse sentimento, ele tem que destravar o meu coração. Mas como vou conseguir me aproximar dele? Nem sei se ele quer alguma coisa comigo e ainda tem essa "disputa" com Carol, ela não vai desistir fácil.

Em que eu fui me meter...

Ah Otávio, você vai ser meu !!



Boa noite!!

Juliana não sabe que o moreno lindo também a quer...

Mas como vai ser?

Ela no Rio...

Ele em Minas...

E uma Carol no meio dos dois...

Comentem...

E não se esqueçam das estrelinhas!!

Beijos!!

Em Seu Coração (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora