Otávio Mendonça, exímio na arte da conquista. Safado, cretino, mulherengo e muitos outros adjetivos já lhe foram concedido, aprendeu desde cedo a satisfazer uma mulher.
O seu coração não tem chave, está com a porta sempre aberta, podem entrar, mas s...
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Capítulo
não revisado
- Você está linda, minha amiga! - Vi os olhos da minha amiga/irmã lagrimejar.
É chegado o dia do meu casamento, um momento que tanto sonhei, mas que, em alguns meses atrás eu nem imaginaria em encontrar o garoto mais lindo que já vi. Meu Davi, o garoto com a pele queimada do sol, de olhos amendoados, o seu sorriso de lado que me deixava encabulada e o seu olhar ... ah!! Esse me deixava encantada. Agora esse menino é um homem, lindo, o amor da minha vida.
Hoje posso acreditar em suas palavras, quando me dizia:
"Vou fazer o sol virar lua e te roubar um beijo"
"Vou me casar com você menininha bonita"
Faltam poucos minutos para a confirmação do nosso enlace e não poderia estar mais feliz, minha família reunida para a celebração, Sophia não cabe em si, por entrar de novo a frente da noiva com o seu vestido de princesa e com uma cestinha com as alianças.
A espera da adaptação de Sophia em relação a nossa união foi a melhor escolha, ela reagiu bem e não demonstrou nenhum problema por estarmos juntos. Como sempre disse, não quero tomar o lugar da mãe e sim ser o que ela precisar, amiga, professora e quem saber mais tarde, ser a sua segunda mãe, pois a amo muito, como se fosse minha, mas isso vai depender dela.
Eu não poderia ter outra pessoa para me ajudar, Helena é mais que uma amiga, somos como irmãs e ver as lágrimas em seus olhos, só me faz ter a certeza do que sentimos uma pela outra.
- Obrigada minha amiga! Sem você esse casamento não teria todo este glamour!
- Bem! Quase deixei todos malucos, mas acho que valeu a pena.
- Não tenho nenhuma duvida quanto a isso. Você consegue, mesmo com toda essa sua energia em dobro, deixar tudo como sonhei.
- Convivemos tanto tempo juntas que sabemos o que a outra gosta e principalmente, os sonhos, que por muitas vezes partilhamos. - Abracei a minha amiga e falei em seu ouvido.
- Você é a minha irmã de coração. Te amo como amo os meus irmãos.
- Ai Luna! Assim eu vou borra a minha maquiagem, já não bastam esses hormônios e ainda vem você me dizendo essas coisas. - Ela se afasta um pouco e olhando em meus olhos, me diz aquilo que já sei, por sentir por todos esses anos de amizade. - Faço de suas palavras a minha. Luna, você é a minha única irmã e sei que este dia é tão especial, quanto foi o meu, quando disse o sim ao meu docinho e hoje e a sua vez de disser o sim para o seu homão.
- Sim e estou nervosa.
- Não fique. Aquele homem te ama, ele te amou desde o dia que te viu.
Escutamos batidas na porta.
- Entra.
Minha mãe entra com um sorriso que a ilumina.
- Vamos?! Está na hora, seu pai está ansioso para vir te buscar.
- Bom, vou ver se está tudo em ordem e colocar a Sophia em posição para quando você chegar.
- Juliana já terminou de arrumar minha neta e ela já reclamou que mãe está demorando. - Sim, a Sophia começou a me chamar de mãe. Às vezes só mãe e em outras, mãe Luna e, eu amo de qualquer jeito.
- Ainda bem que Juliana sabe lidar com a Sophia princesa. Oh menina que gosta de desfilar o vestido!
Rimos com Helena que saia agitando os braços
- Você está linda filha!
- Oh mãe! Obrigada por tudo.
- Te amo filha, faço tudo para ver os meus filhos felizes.
- Eu sei. - beijo minha mãe e nesse momento meu pai bate na porta e coloca a cabeça para dentro do quarto.
- Vim buscar a noiva. Tem um noivo que vai acabar fazendo um buraco no chão.
Ele vem até mim, pega as minha mãos e deposita um beijo e depois deixa outro em minha testa. Vejo a minha frente o casal que sempre foi a minha referencia de amor de um para outro e também para os filhos.
- Não sei por que o Davi está nervoso? É a noiva que fica nervosa e eu estou muito. - Falo acariciando o rosto do meu pai.
- Não tem porque ficar minha filha, a sua família está toda reunida para a celebração do amor de vocês. - Meu pai me acalma me retribuindo o carinho.
- Então vamos, nos adultos sabemos controlar o nervosismo, mas a Sophia não. - Minha mãe lembra o quanto minha filha fica agitada quando quer mostrar o seu lado princesa.
Seguimos para carro, que não era nada menos que um Chrysler PT Cruise, ideia da Helena, mas que eu adorei. Minha mãe ficou comigo no banco de trás e meu pai com o chofer.
O trajeto feito em silencio, mas não com incomodo e sim por alegria e tranquilidade por saber que estou fazendo o que meu coração sempre quis. Observo o caminho e fico recordando por tudo que Davi passou, como o destino fez nossos caminhos se cruzarem de novo e não deixamos essa oportunidade se perder.
Na porta da igreja minha mãe ajeita meu vestido e me entrega o buquê de lírios brancos, as mesma flor que enfeita a igreja, junto com uma faixa branca presa nos bancos do corredor, ao qual o mesmo se entendia um tapete vermelho.
Ela me beija a testa e me entrega ao meu pai, que está emocionado, assim como eu, ela me olha e diz que assim que as porta abrir a Sophia vai estar na entrada para começar a caminhar a minha frente.
E assim foi, a porta se abriu, nos posicionamos atrás da Sophia e a marcha nupcial começou a tocar.
Durante o pequeno trajeto até ao altar, revivi os poucos meses que passei ao lado do menino Davi. O encontro na loja de tecidos, as visitas no sitio, as brincadeiras, as palavras de carinho e o seu olhar, que significava tudo, menos a distancia que aconteceu entre nós, mas foi esse mesmo olhar que reacendeu a paixão que resguardada em meu coração.
O seu olhar, que agora se prende ao meu no momento em que meu pai me entrega em suas mãos, é o olhar do homem, não menino, o homem que eu amo com toda minha força e tenho certeza que esse amor é correspondido, por que assim que ele pega em minhas mãos e beija, ele levanta o olhar e diz com o seu lindo sorriso "Eu te amo".
O meu amor de infância por aquele menino de olhos inesquecíveis é o meu amor de hoje por esse homem lindo e, de sempre, pois nunca desisti dos meus sonhos e agora, ele é a minha realidade.
