ℂapitulo 28

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Para pra pensar
Porque eu já me toquei
Eu te (escolhi)
Você me escolheu, eu sei

Tá escancarado
Vai negar pro coração
Que você tá com sintomas de paixão

Que é quando os olhos se caçam
Em meio à multidão
Quando a gente se esbarra
Andando em qualquer direção

Quando indiscretamente
A gente vai perdendo o chão
Vai ficando bobo
Vai ficando bobo

E aí já era
É hora de se entregar
O amor não espera
Só deixa o tempo passar

E fica pro coração
A missão de avisar
E o meu tá dando sinal
Que tá querendo te amar

Jorge e Matheus – Aí já era

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A minha grande verdade é que eu nunca gostei muito de aniversários. Pois, se formos pensar bem, nossos aniversários significam que estamos mais velhos e perto da morte. Os aniversários dizem que "nós" vamos ter cabelos brancos. Nos mostram que o tempo está passando a cada segundo, e que nós não fizemos o que queríamos, porque somos uns baita covardes e medrosos. Com os aniversários nós percebemos que, queríamos coisas muito diferentes, mas acabamos fazendo escolhas questionáveis. É, acho que não sou tão fã de aniversários.

Eu só gostava dos aniversários que meu pai fazia, e a realidade é que, eu não gostava do aniversário em si, mas gostava de estar com ele e perceber que aquele velho realmente se importava... comigo e me amava. Eu gostava da nossa família unida. Nós. Meu pai, minha irmã, meu avô, meu tio e eu. Era assim. A minha mãe nunca estava disponível. Nem mesmo se lembrava que tinha um filho. Quando eu era pequeno, ela ainda fazia algo, ou dizia feliz aniversário, mas nada além disso. Era um pouco estranho, já que ela havia dado à luz a mim, não é? Enfim, ela nunca... se importou. Nunca fui importante para ela. E nunca serei, bom anão ser... que ela queira muito o meu dinheiro. Ai, eu serei considerado o rei da Inglaterra.

Parado como uma estátua e sorrindo com cada dente... estava eu. Meus amigos e família estavam ali, todos sorrindo com bebidas na mão. A minha irmã veio correndo até mim e me abraçou forte apertando as minhas costelas, e quase me fazendo cair, como fazia desde os meus 5 anos de idade.

— Sua maluca! – Gritei beijando seu rosto e rindo. — Você... não acredito que planejou tudo isso. – Beijei de leve a sua testa, enquanto ela sorria para mim.

— Eu amo muito você, mas... não fui eu, Charle. – Minha irmã disse sorrindo e se afastando de mim.

Hã?

— Então...? – Murmuro franzindo as sobrancelhas.

— Ah, não seja bobo. Você já sabe quem foi. Olha ela ali... – Cristal apontou para um pequeno palco, onde uma linda policial pegava o microfone. — Acho que você encontrou a garota certa, hein? – Ela cutucou minhas costelas com o cotovelo.

Engoli em seco.
— Porra! Não acredito. – Falei e fitei Taylor.

Não. Não! Isso não pode ser real?! Pode? Ela esta mesmo em cima de um palco, com as bochechas coradas e um microfone na mão? Como ela está linda e nervosa. Eu posso ver o leve tremor em seus dedos e os seus olhos varrendo o local á procura de algo. Ela esta com um vestido preto bem solto, os cabelos amarrados e um belo salto agulha vermelho, que a fará ficar com calos nos pés. Minha garota está, literalmente, vestida para matar. Me matar, no caso.

A policial que roubou meu coração ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora