A policial que roubou meu coração ✔️

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 15

Felicidade. Eu não me sentia tão feliz assim há muito tempo. O vazio tinha quase sumido completamente. Eu me sentia inteiro, ou pelo menos quase... Bruno me levou a um bar, pois nós estávamos comemorando a viajem de negócios á Paris da bruaca, nossa chefe, que acabou nos dando um descanso de uma semana que obviamente vai descontar do nosso salário. Eu não estava comemorando só pela minha folga, eu comemorava a prisão de todos os bandidos, que haviam invadido a loja da minha família. Aquela policial não poderia ser considerada um ser humano comum. Como ela havia prendido os bandidos, eu não faço ideia, já fazia duas semanas que eu não via o rosto dela e já sentia falta de provocá-la. Porém, fiz questão de não me aproximar, pois sabia, que Diogo ficaria furioso com a minha presença e eu não queria causar problemas para Taylor. Sinceramente, se fosse outra pessoa eu certamente faria uma bela visita, mas com Taylor as coisas são mais... Complicadas.

Mandei flores, rosas brancas, para a policial com um pequeno bilhete.

Então, quer dizer que além de salvadora e super heroína, você ainda é uma ótima detetive? Você deveria deixar um pouco de talento para a humanidade, senhorita policial. Nós vamos acabar nos sentindo ofendidos por você. Eu sei que você vai gritar um belo de um 'Canalha' e vai revirar os olhos, então, já vou dizendo Maldita e linda policial corajosa. Muito obrigada por devolver a paz para os funcionários e minha família. E salvado a minha vida. Nunca vou esquecer e te comprarei uma medalha a qualquer dia desses.

Seu querido e amado Canalha Evans.

Recebi flores no outro dia com um bilhete.

Canalha Evans. Ou deveria dizer... Babaca Canalha Charles? Vou dizer apenas Charles, por enquanto. Obrigada pelas flores, gostei muito delas e eu acho que você deveria deixar o mundo conhecer um bocadinho do canalha legal, que eu estou conhecendo. Uma Medalha não será necessária, mas se puder dizer a todos que eu salvei um fotógrafo donzelo em perigo, ficarei eternamente grata. Por incrível que pareça, ainda não xinguei você, mas se por um acaso... eu aparecer na sua porta com uma algema e a minha arma pode se considerar ferrado. Não fiz nada além de meu trabalho, mas agradeço as suas palavras e a medalha que vai comprar para mim.

A policial que te prendeu em uma cela, sua maldita e heroína policial.

Quando li o bilhete de Taylor, eu ri. Eu li de novo e gargalhei. Então, guardei o bilhete junto com as flores dela em meu quarto. As flores eram amarelas e vivas. Raras. Gostei muito delas. Coloquei as flores em um vaso de vidro perto da minha cama. Guardei o bilhete da minha salvadora em minha gaveta, porém o que tinha vontade de fazer era emoldura-lo em um quadro na sala. Eu apenas desisti da ideia, pois sabia, que ficaria olhando para ele o dia inteiro. Eu não sei como, mas aquele bilhete tinha o cheiro dela, um cheiro maravilhoso de sorvete.

— Ei? Tá viajando aí, irmão? – Bruno me tirou de um devaneio, enquanto bebia cerveja ao meu lado. Os olhos dele que eram castanhos bem claros, estavam me observando a noite inteira e ele balançava aquele cabelo dourado, sempre que me perguntava algo e eu simplesmente não tinha ouvido, ou prestado atenção.

— O que? Não! – Peguei o meu copo intocado de cerveja e o tomei de uma vez.

— Ah... já sei. A policial. Você só faz essa cara de cachorro quando pensa nela, né?

Cachorro é você!

— Não sei do que você está falando...

— Ah... não? Claro. Claro! Então, porque não para de elogiar a santa policial que salvou a sua vida, que te prendeu em uma cela, te bateu, quase atirou em você...?

— Não estou fazendo nada disso. – Retruquei.

— Não. Claro que não. Então, porque você ficou enchendo a boca para falar. Que a policial luta mais que o Mike Tyson... que você se sentiu uma criança, que ela é especial, bonita, teimosa, os olhos dela são tão lindos. Oh... ela gosta de ler, toma café sem açúcar... O que você tem a dizer sobre isso? Hein? – Ele tomou um longo gole de cerveja, enquanto me fitava observando cada respiração que eu dava.