ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 38

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— 𝑵ão! – Taylor gritou e se afastou de mim. Seus olhos estavam arregalados, o cabelo completamente bagunçado. O rosto vermelho e com os lábios inchados. — Não. Isso não é verdade! Eu... nós... Não. Não, Charles... – Ela suspirou. — Isso... Isso... n-não... Não é certo!

— É verdade! É verdade, Taylor. É verdade. Posso gritar pra todo mundo ouvir. É verdade! O que eu posso fazer? Eu gosto de você. To apaixonado. Isso é o que eu chamo de ser encarcerado por uma policial.

— Para de brincar! To falando sério! Foi um erro. Esse beijo foi um erro. E você deve ter bebido. Bebido muito.

— Meu Deus! Você não pode mesmo estar falando sério?! Taylor? – Grasnei.

Taylor começou a andar de um lado para o outro sem me olhar nos olhos. Ela abaixou a cabeça e começou a mexer as mãos. Completamente pasma e nervosa.

Você gosta de mim...

— Não. Não! Meu deus! Charles. Você está enganado. Você não tá apaixonado por mim... Claro que não. Foi só... só...

— Um colapso? – Brinquei.

— Talvez! Talvez tenha sido mesmo...

— Pare de andar de um lado para o outro. Você tá me deixando maluco.

— Tenho que sair... – Murmurou ela.

— Você não vai sair nesse frio! – Afirmei.

— Você não pode estar apaixonado por mim. Isso é maluquice! Loucura. Nós somos amigos. Amigos!

— Eu sei. No começo também achei. Eu jurei que tava com a síndrome do impostor. Ou, que tinha sido trocado por um alien . Mas, depois percebi que eu era eu. E que, sim, eu tava completamente maluco. Eu estou completamente maluco e sempre vou ficar. Eu sou maluco por você. – Sorri mais uma vez, mesmo que soubesse que Taylor estava completamente surpresa.

— Não, Charles. Eu... – Ela engoliu em seco. — Ah, meu Deus! Para de brincar.

— Eu não to brincando. Como não foi brincadeira, eu ter morrido de ciúmes de você. Morrido de saudades, como se três dias fossem 3 anos. E como não foi brincadeira, eu ter pegado um avião e vindo para cá por estar com medo de te perder para sempre. – Suspirei. — Não posso mais negar o que esta e sempre esteve estampado na minha cara. Eu gosto de você. Quero você. Muito. Muito mesmo. Eu. Gosto. De. Você. Eu gosto muito. E, eu sei que você também gosta de mim. Você se importa comigo. Você quer sempre o meu bem. Não tente negar, que não sentiu ciúmes da vendedora da loja, ou de todas as outras mulheres que piscam para mim na rua. Você está negando, mas eu sei que você gosta de mim. Eu sei que você gosta.

— Nós somos amigos... – Falou ela.

— Não temos que deixar de ser! – Argumentei.

— Você pode ter todas as mulheres que quiser. Você tem dinheiro. É um fotógrafo de gente famosa, que só fica com modelos e socialites. O que eu...? – Ela mesma se interrompeu. — Você não está apaixonado por mim. Não pode estar...

— Ah, meu Deus, Taylor. – Me aproximei dela e toquei seu rosto, fazendo ela me encarar. — Você ainda não percebeu, não é? Eu não te quero porque você é extraordinária. Não te quero porque é linda, inteligente, e tem a capacidade de me fazer demonstrar cada um dos meus sentimentos. Eu simplesmente te quero, porque a minha vida não faz sentido sem você. Eu, não faço sentido sem você, senhorita policial.

Taylor se afastou de mim, com os olhos cobertos de lágrimas.
— Charles, para com isso. Nós não podemos. Eu não posso fazer isso de novo. Eu não posso... Você...

A policial que roubou meu coração ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora