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Era apenas mais uma das muitas manhãs rotineiras na vida de Byun Baekhyun, tinha acordado cerca de 5 minutos depois do despertador tocar, dando-lhe um bocadinho mais de tempo para dormir mas não o suficiente para se atrasar para o seu trabalho no café do centro da pequena cidade onde vivia.

Após reunir todas as suas forças e esperanças para que aquele fosse um dia ligeiramente melhor que o anterior, o moreno saiu da cama e andou para a casa de banho onde realizou a sua higiene pessoal antes de envergar o uniforme acastanho do seu local de trabalho.
Olhou-se no espelho e suspirou, se naquele dia encontrasse a sua alma gémea ele definitivamente não daria uma grande impressão. Havia ficado até tarde a ver séries e isso era facilmente denunciado pelas marcas negras por baixo dos seus olhos. Não fosse a sua pele tão alva e talvez fosse mais fácil de disfarçar aquelas terríveis olheiras.

 Sorrindo com a capacidade natural que só a sua personalidade brilhante e divertida lhe proporcionava Baek dirigiu-se para a porta, parando no caminho da mesma apenas para dar alguns carinhos e comida ao seu pequeno poodle, saindo logo em seguida.

O trânsito, como sempre, estava caótico, mas havia algo naquele dia de diferente. Uma poeira no ar, um inquietude impossível de disfarçar. Baekhyun conseguia sentir aquilo dentro dele, como se se tratasse de um presságio, algo estava por vir, algo que ele próprio não conseguia explicar.

- Deixa de bobeira Baekhyun...

O menino abanou a cabeça, um gesto para afastar os seus pensamentos e subiu o volume do rádio, tentando acompanhar a música que passava na mesma de forma a se distrair.

O dia tinha sido nada mais que rotineiro, nada que confirmasse o seu presságio matinal havia ocorrido e Baekhyun estava tinha tanta certeza de que estava a enloquecer devido à carência como o facto de o céu ser azul.

No final do dia, após contar as suas gorjetas e fechar devidamente o pequeno café, o moreno encaminhou-se para o local de sempre, onde os seus amigos se encontravam todos os dias para beber uma cerveja e falar todo o tipo de bobeiras.

"Como sempre é apenas mais um dia igual a todos os outros..." pensou, entrando na mancave onde já o esperavam Jongin e Sehun, os dois seres mais patetas à face da Terra.

(...)

- Meu pequeno demónio, finalmente respondes às minhas tentativas em vão de entrar em contacto contigo.

Satanás sempre tinha tido uma veia para o dramatismo e teatro e ninguém melhor que o seu filho para o confirmar, o jovem alto e ilustre entrou na sala onde o seu pai gostava de passar o tempo a planear diferentes torturas para todos os novos humanos que chegavam (o número de humanos condenados à punição eterna aumentava de dia para dia e a sede de tortura de Satanás seguia de perto esse aumento).

-Chamou? - Chanyeol perguntou com um ar algo aborrecido enquanto deixava o seu corpo alto e esguio cair na poltrona preta que ficava em frente a uma série de ecrãs flutuantes que mostravam vários momentos e vidas terrestres.

A sua atitude foi recebida por um ar reprovador do seu pai que sempre achou que o filho não tinha os modos, nem o charme, para ser considerado um Morningstar. Mas era o que Lilith lhe tinha dado, além dos demónios claro, e ele tinha de aceitá-lo, pelo menos até arranjar um descendente melhor.

- Não podias ter um bocadinho mais de... Chá? - O homem elegante perguntou aproximando-se do jovem. - És um desperdício dos meus melhores genes, mas irei trabalhar com o que tenho.

Lucífer nunca havia sido a pessoa mais simpática deste mundo e Chanyeol sempre havia lidado com essa situação com toda a elegância que ter um pai como o próprio Morningstar permitia.

Satan's Son // ChanbaekWhere stories live. Discover now