6: why?

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Eu não falei nem a metade do que eu queria falar para ele. Não falei das noites que eu passei chorando, com insônia. Não falei do quanto eu odeio ainda amar ele.

Primeiramente que, não houve nenhuma razão para que eu o contasse.

Era um momento único e exclusivamente meu.

Além de que seria vergonhoso, né? Imagina só: Olha Naruto! Fiquei vários anos fora chorando e pensando em você e quando eu finalmente te reencontro eu não te superei. Amou?

Talvez vocês estejam pensando: Ah Hinata! Desencana! Ele te traiu e tem namorada. Mas não é tão fácil assim. Ele foi o meu primeiro amor, o meu primeiro namorado. É difícil esquecer não acham? Ainda mais uma paixão intensa como essa que eu tive.

Foi por esse motivo exatamente, que eu me mudei para os EUA.

Para esquecê-lo.

Parece que as coisas não são como queremos não é?

Eu sei que sou muito trouxa por pensar assim. Bom, não somos nós que mandamos no coração. Por isso eu digo: Amar é uma maldição.

Eu sou fraca demais. Dócil demais. Besta e ingênua demais. Uma pessoa em sã consciência odiaria ele com todas as suas forças. Mas eu consigo perdoar ele. Não sei se isso é bom ou ruim mas, eu preferia não viver com esse dilema.

- Hina, tá tudo bem? - Sasuke pergunta batendo na porta do banheiro. Acho que fiquei tão imersa nos meus pensamentos que perdi a noção do tempo.

- Ah! Sim Sasu. Tá tudo bem....

- Tem certeza? Você não precisa fingir ser forte na minha frente.

Eu abro a porta.

- Não... Não tá tudo bem... Na verdade, eu nem sei o que estou sentindo. Se é ódio, ou compaixão pela cara triste que ele fez ao ouvir umas verdades.

- Vem cá. - Ele diz me abraçando e logo sinto algo quente em meus olhos. Eram lágrimas. Eu estava chorando, novamente para váriar. Chorei três vezes hoje pelo mesmo motivo, ou melhor, pela mesma pessoa. Aquele Idiota.

(...)

Sasuke me levou para passear, o dia já estava clareando e eu não dormir nada. Fomos num parque no centro de Konoha.

- Tome. - Ele diz me entregando um sorvete de 7 bolas. - Sorvete faz bem para corações partidos.

- Eu precisava de um tiro no peito para meu coração parar de doer, mas acho que sorvete também serve! - eu digo sorrindo fraco.

- Que papo deprê. Mas então, lembra do apartamento que estávamos falando ontem? - Afirmo com a cabeça. - Eu encontrei um, vamos lá agora.

- Sério? - As vezes eu fico assustada com a rapidez dele.

- Sim, vamos logo.

Depois de uns 15 minutos andando de carro, chegamos ao apartamento. Fica no 25º andar. O corretor já estava nos esperando.

- Aah, são vocês certo? - o corretor pergunta.

Vingança • NaruHinaOnde histórias criam vida. Descubra agora