Universo || Imagine Jungkook

Capítulo I

 “No início, não existia nada. Não existia sol, lua, estrelas, terra, água, ar e muito menos existia vida. Em meio a escuridão, nada podia sobreviver, a não ser a própria energia. Essa energia, era denominada Universo, o princípio de tudo e de todos. Universo era uma perfeita e infinita energia, sua única preocupação era ele mesmo, mas até ser perfeito era cansativo e chato, já que nada poderia admirar a sua perfeição.

Decidido a mudar isso, Universo criou o Sol, a Lua e as Estrelas. Pela primeira vez, ele sentiu o calor do Sol, a calmaria da Lua e o brilho das Estrelas. Suas primeiras criações eram perfeitas e isso o alegrou, apesar de ainda não estar satisfeito. Pensou por mais algum tempo e decidiu criar um pequeno mundo, com água e terra firme. Aquele mundo, até o momento, possuía apenas uma ilha, com vegetação verde. A ilha tinha um ambiente propício para os primeiros seres vivos do novo mundo.

Universo pensou durante mais tempo dessa vez. Queria criar um ser quase tão perfeito quanto ele mesmo, como se criasse uma forma física para si. O primeiro ser, foi criado com o calor do Sol. Universo deu pernas para ele andar, braços para lutar, uma musculatura corporal perfeita e uma cabeça. Ele demorou para pensar em suas outras necessidades, então lhe deu um boca, um nariz, dois olhos e dois ouvidos. Para dar vida a esse ser inanimado, Universo o colocou dentro do Sol, para absorver toda a sua energia e sair de lá com vida.

Seguindo essa linha de criação, Universo criou outros quatro seres, exatamente iguais ao primeiro. Um foi arremessado para um lugar tão escuro que nem as estrelas pudessem ficar, outro foi enterrado sob a terra da ilha, outro foi jogado nas profundezas da água. Universo esperou um deles acordar para dar vida ao último. Em pouco tempo, sua primeira criação despertou, mais forte do que nunca. Universo ordenou que o primeiro banhasse sua última criação com seu próprio sangue, o que não demorou para acontecer. Universo sabia que sua primeira criação iria morrer por tamanha perda, então o colocou dentro do Sol novamente, para despertar quando estivesse pronto de verdade.

Com suas criações em estado de hibernação, Universo resolveu criar algo diferente dos outros cinco. Seu modelo de criação era praticamente igual aos outros, mas seu corpo era mais curvilíneo e cheio de dotes. Observou bem aquela forma diferente e não soube de qual tipo de energia ela poderia nascer. Universo desistiu da forma e a jogou no esquecimento, de onde nunca mais poderia sair. Sem nada mais para fazer, Universo descansou por algumas horas e acabou despertando, juntamente com outras cinco energias poderosas. Suas criações tinham finalmente despertado. Cada um deles mudou da sua própria maneira e todos tinham características distintas.

O primeiro, era Sorion, filho do Sol. O segundo, era Escurion, filho da Sombra e Escuridão. O terceiro, Terion, era filho da Terra. Temperion, era o quarto, filho da Água e Tempestade por último, Sanrion, o quinto, filho do Sangue. Esses cinco formaram o primeiro grupo de Starmithys. Eles eram os Cinco Primordiais, da Tribo Filhos do Universo.

Universo deixou seus filhos viverem por conta própria em Starmithys. Cada um deles tinha tarefas separadas que assegurariam sua sobrevivência naquele lugar. Terion ficou responsável pelo cultivo de alimentos e Sorion e Temperion cuidariam das necessidades das plantas, como a luz e a água. Sanrion e Escurion, procuraram construir um lugar para todos morarem e, com um pouco da ajuda de todos os outros, construíram um templo, o qual chamaram de lar. Agora que tinham comida e moradia, só lhes restavam aproveitar a vida, mas nem mesmo Starmithys era tão pacífica.

Escurion tinha o desejo de ser o líder do grupo e Sorion não gostava nem um pouco disso. Os dois começaram a brigar entre si, o espaço tremia quando seus punhos se encontravam. Algo em Escurion mudou drasticamente, seu comportamento não era um bom sinal. Ao ver as desavenças crescendo entre seus cinco filhos, Universo se lembrou do sexto boneco que tinha criado. Pensou cuidadosamente no que estava prestes a fazer e viu que não tinha escolha. Universo buscou o sexto boneco e transferiu o ódio de seus filhos para a forma curvilínea, até então, sem vida. Seus filhos pararam de brigar entre si, mas o boneco acabou nascendo do ódio acumulado em seu corpo, um ódio tão profundo que Universo desconheceu, pois nem seus filhos tinham sentimentos tão negativos.