Um turbilhão de coisas passou na minha cabeça, quando a Andreia veio falar comigo:
— Já viu com quem tu vai ficar?
— Já sim e eu vou trocar com certeza.
— Vai nada, também pensei em trocar, mas não pode, nem mesmo tu levando alguém que queira trocar.
— Mas que porra!
— O professor disse que se pudesse trocar ele não tinha escolhido as duplas.
— Velho safado!
Eu ia ficar cinco dias com o Rodrigo no mesmo quarto de hotel? Não era possível! Mas no fundo eu tava feliz com aquilo. Voltei pra sala, assisti à aula e no final recebi uma mensagem do Guga perguntando se eu queria carona. Eu respondi que queria e ele respondeu de volta dizendo que tava me esperando na cantina. Saí andando e fui em direção à cantina quando alguém me chamou, era o Rodrigo. Eu respirei fundo, olhei pra ele que tava lindo, ele fez um sinal com a mão pra eu esperar, fiquei ali. Cada passo que ele dava era um calafrio, fui sentindo o perfume dele invadindo meu nariz.
— Tudo bom?
— Sim, sim.
— Tu já deu uma olhada na lista do congresso?
— Sim e o pior é que nem dá pra mudar de quarto.
— Mudar?
— É, mudar de quarto, tem uma galera que quer mudar, mas o professor não deixa. — foi quando meu celular tocou, era o Guga.
— Fala Guga!
— Cadê tu rapaz?
— Já tô indo, calma!
— Vem logo amor.
— Cala a boca, tchau! — desliguei o celular.
— Tu vai sair com o Gustavo?
Porque ele queria saber?
— Não, ele só vai me dar uma carona até em casa, deixa eu ir nessa.
Ele pegou no meu braço com certa força e ficou me olhando.
— Vai lá!
Ele soltou meu braço, fui andando. O Guga me esperava quase na entrada do estacionamento, ele tava todo bonitinho, a barba tava crescendo e com isso ele ficava com cara de bravo.
— Toda essa produção é pra mim?
— Claro que sim, meu amor.
— Caralho, já disse que é pra ti parar com isso, é chato.
— Porra, a gente é quase namorado, eu tenho que te chamar de amor.
— Não inventa Gustavo, só te dei um beijo.
— E por falar nisso, a gente tem que rever isso — ele falou com um sorriso lindo e foi chegando mais perto — Tu não acha que eu tô merecendo outro?
Ele falou aquilo de um jeito tão safado que foi difícil aguentar.
— Para de graça e bora embora.
— Graças a Deus que paciência eu tenho de sobra.
A gente foi andando pro estacionamento, quando ele colocou o braço no meu pescoço e ficou massageando com os dedos a minha orelha.
— Não pode dar a mão que já quer o braço né, seu Gustavo?
Ele não falou nada, me trouxe em casa.
— Brigadão, coloca essa na conta mais uma vez, depois eu pago, tchau Guga!
— Ei, não vai me chamar pra entrar?
— Porque eu chamaria?
— Filho da puta!
— A mãe é moça né? — eu saí do carro dele.
— Eu ainda te pego moleque, e aí eu vou querer ver tu resistir.
— Isso, vai sonhando cara, porque é de graça! — entrei em casa.
Então chegou o dia do congresso. Não mudei de quarto, tentei mais não deu, a gente foi de avião e ficou num hotel bem bonito em Fortaleza. Ele ficava perto da praia e tinha uma piscina e em um quarto sim e outro não tinha uma sacadinha. No quarto tinha duas camas de solteiro, um banheiro e um frigobar, mas com certeza o que salvava o quarto era a vista que dava pra ver a piscina e a praia.
— Puta que pariu! Que vista é essa? — disse o Rodrigo.
— Realmente é linda!
— Posso ficar com a cama da parede?
— Claro!
— É que eu me mexo muito quando durmo e às vezes, sem querer, eu caio da cama.
Como um homem daquele tamanho caía da cama dormindo?
— Tudo bem
No primeiro dia teve uma festa logo depois do congresso e vocês sabem como é congresso, a putaria rola solta ahaha. Até que foi legal, algumas garotas chegavam até mim, mas sempre eu dispensava, inventava uma desculpa ou dizia que não tava a fim. Pra completar, o Rodrigo achou uma lá e passou a noite aos beijos com ela.
Já não tava tanto a fim de ficar ali, ainda mais vendo aquilo, inventei uma desculpa e voltei pro hotel por volta das duas da manhã. Passei pela recepção e me lembrei da piscina, me informei se podia tomar banho à noite e eles disseram que sim. Perguntei mais em relação à conta, forma de pagar, essas coisas. Subi pro meu quarto, tirei a roupa e tomei um banho, vesti uma cueca e fiquei sentado na cama sentindo o vento que vinha pela janela. Me deitei até que dormi. Me espantei com o Rodrigo chegando.
— Foi mal Viní, não queria te acordar.
Pera lá? Ele me chamou de Viní? Só virei pro outro lado e fiquei ali. Eu ouvi ele tirando a roupa e depois entrou no banheiro. Quando eu tava quase dormindo, ele me chamou pedindo pra pegar a toalha pra ele. Me levantei e dei a toalha pra ele, me deitei de novo olhando pro relógio. Selado, cinco minutos depois eu ouvi o Rodrigo roncando. Me virei e vi ele dormindo só de cueca azul clara, ele tava de bruços, o corpo dele era perfeito, as pernas lindas mesmo, a bunda dele então, puta que pariu! Fiquei um tempo olhando ele dormir e depois eu me deitei.
Assim foram dos dias. Eu via que o Rodrigo buscava de qualquer forma puxar assunto comigo, de chegar até mim. Foi quando no penúltimo dia, por volta da uma da madrugada, o Rodrigo dormia, nesse dia tava quente, mesmo com o ar ligado tava quente. Tinha acabado de tomar banho, então me deu vontade de ir pra piscina. Peguei a minha sunga, vesti, coloquei uma bermuda e peguei uma toalha e fui perguntar mais uma vez a moça que tava na recepção, ela disse que não tinha problema. Eu perguntei se a cozinha tava aberta, ela disse que sim e que ia mandar um garçom lá anotar o que eu quisesse.
Fui até ela que me chamava, tirei minha bermuda e me joguei na piscina, fiquei relaxando. A água tava uma maravilha, por um momento eu esqueci os problemas, relaxei mesmo. Quando o garçom veio, eu pedi pra ele uma cerveja, uma porção de batata-frita e um misto. Ele riu quando eu pedi o misto rsrs. Fiquei ali até que ouvi o barulho de alguém chegando e quando me virei vi o Rodrigo. Meu coração acelerou, não sei como ainda não tinha tido um infarto.
— Nem chama, né? — ele falou meio rouco, eu fiquei olhando pra ele com uma cara do tipo: o que tu tá fazendo aqui? — Eu me espantei e não te vi na tua cama, olhei no banheiro e nada, foi quando eu olhei pela sacada e te vi aqui flutuando na água, me deu vontade e eu resolvi vim. Não tem problema né?
— A piscina é pra todo mundo.
Ele colocou a toalha perto da minha, tirou a bermuda e ficou com uma sunga vermelha. Aí já era sacanagem! Logo vermelha? Ficou perfeita nele. Ele pulou na piscina e logo surgiu perto de mim.
— Que água boa! — ele disse rindo, passando a mão no cabelo. Mais uma vez, como ele era lindo! Eu desviei o olhar dele e dei um mergulho, fiquei um tempo de baixo d'água e depois surgi. Ele me olhava com um olhar que eu não sabia identificar. O garçom veio trazendo o que eu tinha pedido.
— Agora sim, gostei, traz mais um copo e outra cerveja.
A gente ficou bebendo, então decidi curtir aquele momento, ter a companhia dele ali comigo. O papo já fluía melhor, já tinha ido quatro cervejas. Ali eu via um Rodrigo diferente que eu tinha visto, às vezes eu me pegava olhando pra ele e algumas vezes ele me olhava diferente também. Eu me afastei dele e dei um mergulho, surgi perto da borda da piscina e me apoiei nela, colocando o queixo no meu braço quando senti o Rodrigo atrás de mim. Me virei e ele me encarou, foi chegando mais perto, eu me afastei, tava nervoso com ele ali tão perto.
— Parece que tu tem medo de mim.
Eu fiquei mais nervoso.
— Não, isso eu não tenho mesmo.
— Mas não é isso que os teus olhos dizem. — ele falou isso e foi chegando mais perto e eu ia me afastando, até que ele me encurralou no canto da piscina — e eles dizem mais ainda.
Eu sentia a respiração dele tocar meu nariz, a gente tava muito perto, eu tentava não olhar pra boca dele que tava tão vermelha. Num momento de lucidez eu me sentei na borda da piscina e saí dali quase correndo. Só deu tempo de pegar a toalha, cheguei no quarto com o coração na boca. Porque ele, meu Deus?
Fui pro banheiro e me tranquei lá, pensei no quase beijo que aconteceu ali na piscina, liguei o chuveiro, entrei debaixo dele e deixei a água cair sobre mim. Por que ele não saía da minha cabeça? Eu dei um grito no banheiro, terminei meu banho, peguei a toalha e enrolei na minha cintura, me olhei no espelho, destranquei a porta, abri e saí.
Dei cinco passos quando fui empurrado contra a porta do banheiro e senti o beijo, mesmo com o susto eu retribuí no mesmo instante. Uma mão me puxava pra ele e a outra segurava a minha nuca, ele forçava o corpo dele contra o meu, minha mente dizia que aquilo era errado, que eu tinha que sair dali, mas meu corpo dizia o contrário, respondia a cada toque dele, a cada beijo, a cada chupão no pescoço, meu pau tava quase rasgando a toalha e eu senti que o dele também tava duro na sunga.
Ele me pegou e jogou na cama dele tirando minha toalha e depois a sunga dele, fiquei de joelhos, ele veio até mim e ficou de joelhos na minha frente. Não tava acreditando que a gente tava ali. Passei a mão pelo peito dele, fui descendo pela barriga e subi de novo, apertei o bico do peito dele, fazendo-o gemer, então fui aproximando a minha boca e passei a língua, senti que ele ficou arrepiado. Comecei a chupar, ele gemia abafado e meio rouco, puxou minha cabeça e ficou olhando pra mim e me beijou, foi descendo e chupando meu pescoço, fez o mesmo comigo, chupou o meu peito, foi descendo mais, quando senti a mão dele no meu pau, eu tremi de prazer. Eu tava com tanto tesão que já saía o líquido lubrificante dele, ele parou e passou o nariz pelo meu pau e olhou pra mim. A cara dele quase me fez gozar, quando eu senti o meu pau (tenho 18, quase 19 centímetros) dentro da boca quente dele, não teve como segurar o gemido alto. Às vezes ele passava os dentes no meu pau devido à falta de experiência, tava quase gozando quando eu o puxei e o beijei. Como era bom sentir o gosto da boca dele na minha!
Chegou a minha vez de retribuir, peguei o pau dele na mão, que tava quente, era perfeito, grande (19 centímetros) grosso, a cabeça era perfeita, tudo era proporcional, não era nada descomunal como a gente ver em filme pornô, o cheiro fez meu tesão aumentar mais. Passei a língua na cabeça do pau dele, sentindo o salgado do líquido que saía, olhei pra ele e vi a cara de prazer que ele fazia, com os olhos fechados e a boca entreaberta. Então coloquei o pau dele na minha boca, a sensação foi incrível. Eu tentava fazer como via no filme, mas às vezes o dente ia no pau dele, ele passava a mão pelo meu cabelo, e às vezes forçava a minha cabeça. Ele tirou a minha cabeça do pau dele e a gente voltou a se beijar. Quando senti o dedo dele no meu cu, tentei me afastar, mas ele não deixou.
— Prometo ser especial pra nós dois.
Essas foram as primeiras palavras que saíram naquele quarto. Ele voltou a me beijar, o dedo dele forçava contra o meu cu até que entrou, senti um incômodo, foi quando ele me virou de quatro e eu senti a coisa mais incrível até aquele momento: a língua dele no meu cu. Fui ao céu e voltei. Caralho, como aquilo era bom! Eu apertava o lençol da cama, foram os minutos mais prazerosos da minha vida. Quando ele cuspiu no meu cu e logo depois foi forçando a cabeça do pau dele, eu ainda tentei sair, mas ele me segurou de uma forma que se eu tentasse sair, o pau dele entrava cada vez mais. Parecia que eu ia sendo rasgado, uma dor fina eu sentia cada centímetro dentro de mim. Ele beijava meu pescoço, passava a mão pelo meu peito, pelo meu pau (que em nenhum minuto ficou mole). Ele começou a se mexer bem devagar, a dor ainda existia, mas parece até clichê, com o tempo a dor foi quase sumindo e um prazer foi tomando conta.
— Como eu te desejei!
Ele metia em mim com prazer e isso fazia eu sentir prazer. Ele me mandou deitar na cama e começou a meter em mim me olhando, me comia e me masturbava. Tudo era muito novo e com isso o prazer também, peguei ele e o beijei, a gente ficou assim, quando sentir que ia gozar.
— Vou gozar...
Minha voz saiu trêmula, e logo depois gozei com ele dentro de mim, meu cu apertava o pau dele, ele deu tipo um berro e eu senti algo quente dentro de mim, ele tinha gozado. Ele deitou sobre mim e assim a gente ficou, eu sentia o coração dele acelerado, era a melhor noite da minha vida, eu me sentia feliz, completo por te ele ali comigo, fiquei fazendo cafuné nele quando ele sentou na cama:
— Vai tomar um banho.
Ele levantou da cama e ficou procurando algo. Me levantei com as pernas moles, fui pro banheiro, quando sentir o gozo dele escorrendo, liguei o chuveiro e me lavei, tinha um pouco de sangue junto. Me lavei todo, enrolei a toalha na cintura e saí do banheiro, quando eu reparei que ele não tava ali. Olhei na sacada e quando eu vi que a mala dele não tava ali, aliás, nada dele tava ali, ele tinha ido embora do quarto. Eu me sentei na cama não acreditando naquilo. Então o choro veio forte, me encolhi na posição fetal e chorando parecia uma criança que se perde dos pais. Nunca chorei tanto na minha como naquela noite, e sim aquela noite tinha sido o divisor de águas na minha vida
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Eu não sou gay, eu só me apaixonei por outro cara.
Короткий рассказHistória real, conto romântico homossexual contando a história de Vinicius e Rodrigo que de inimigos se tornaram namorados. É aquele velho ditado. Os opostos se atraem.