— Eu tenho que pensar antes de te dar uma resposta.
— Por quê? É só tu aceitar que eu te faço muito feliz — ele me deu outro beijo, a vontade que eu tinha era de dizer sim, mas como sempre (nem tanto) fui pé no chão eu não disse sim.
— Sério, preciso pensar um pouco antes de dizer.
Ele fez uma cara feia.
— Tá bom, agora bora comer essa pizza antes que ela esfrie.
A gente levou as pizzas pra sacada e ficou comendo e bebendo cerveja, mas vocês sabem como é cerveja, dá uma vontade de mijar desgraça, eu fui no banheiro. Voltei e ele tava sem camisa, com a cara mais cínica do mundo ele falou:
— Tu não te importa se eu ficar sem camisa, né? Tá calor.
— Fique a vontade.
— Olha, não me dá ideia que eu fico.
Quando meu celular vibrou, peguei ele e era uma mensagem do Guga.
"desculpa, desculpa, desculpa, desculpa".
Eu ri da mensagem, mas não respondi.
— O que é tão engraçado pra ti rir?
— Ciúme?
— Tá bom, agora me diz o porquê do riso?
Confesso que fiquei feliz pelo ciúme mesmo ele não admitindo.
— Só o Guga me pedindo desculpa.
— Ah, tá... — ele foi andando pra sacada, eu fui atrás dele, ele tava apoiado olhando a rua. Eu o abracei por trás.
— Seu besta! — e dei um beijo no pescoço, ele ficou todo arrepiado. Eu passei a mão pela barriga dele e dei uma mordida de leve na orelha, tirei um suspiro dele. O virei pra mim, o agarrei e o beijei, ele colocou a mão na minha cintura me encostando no corpo dele. Quando eu vi já tava encostado na parede, tirei minha camisa.
— Tem certeza? — ele perguntou.
Não respondi e o beijei. Ele foi beijando meu queixo, meu pescoço, quando chegou no meu peito ele passou a língua me fazendo arrepiar e começou a chupá-lo, meu pau já tava quase estourando dentro da bermuda, ele desceu mais um pouco, quando chegou no meu umbigo ele parou.
— Opa, tem alguém que quer sair! — ele me olhou.
— Então o faça sair.
Ele tirou minha bermuda junto com a minha cueca, o segurou, olhou um pouco e logo colocou na boca me fazendo gemer, ele chupou meu pau muito melhor do que a primeira vez. Eu peguei a cabeça dele e comecei a fuder a boca, tentava por o pau todo na boca dele, mas ele engasgava. Puxei ele, dei um beijo, fiz com ele a mesma coisa que ele fez comigo, chupei o peito dele arrancando um gemido e um caralho rouco, fiquei de joelhos, tirei a bermuda dele deixando só de cueca, passei a língua por cima da cueca dele.
— Faz isso não, chupa logo!
Abaixei a cueca fazendo o pau dele encostar na minha boca, passei a língua pela cabeça fazendo ele se estremecer, quando eu olhei pra cima o Rodrigo tava com os olhos fechados e com um sorriso na boca. Coloquei o pau dele na minha boca e comecei a chupar, parecia estranho, mas eu sentia um prazer o fazendo sentir prazer. Ele forçava a minha cabeça pro pau dele ir mais fundo às vezes me fazendo engasgar. Ele me puxou, olhou nos meus olhos e pegou na minha mão.
— Vem me fazer o homem mais feliz nesse mundo — ele me levou pra um quarto — quero que essa noite seja a segunda de muitas que a gente passe junto — ele me agarrou por atrás, me encostou na parede, ficou roçando o pau dele na minha bunda — Tu é muito gostoso!
A rouquidão da voz dele me fez tremer nas bases, ele foi beijando as minhas costas, chegou na minha bunda e deu um mordida, abriu ela, então eu senti a língua dele no meu cu, automaticamente eu empinei mais, um tesão do cão aquilo me fazia sentir. Quando vi já tava com a minha não na cabeça dele forçando. Ele levantou, beijou meu pescoço, colocou o pau dele na entrada do me cu, deu uma leve cuspida, agarrou na minha cintura e foi forçando. Quando a cabeça do pau entrou doeu muito, ele deu uma parada, mas logo depois continuou a meter, quando eu senti ele encostar na minha bunda, ele pegou no meu pau e ficou me masturbando.
— Eu te amo! – ele disse.
— Eu também te amo.
Ele começou a mexer o quadril, um arreio tomava conta do meu corpo, a cada metida era um gemido dos dois. O prazer foi tomando conta e a dor existia, acho que ela que ajudava a dar mais prazer, ele me comia e me masturbava ao mesmo tempo. Ele começou a meter com velocidade, me chamava de puto gostoso, safado, de meu lindo.
— Bora pra cama de vez.
Ele tirou o pau de mim, senti um vazio. Me deitou de frente pra ele, me beijou e foi metendo o pau em mim de novo. Segurava minhas pernas com o braço e metia em mim eu me masturbava, ele olhava nos meus olhos. Ele parou, me segurou fazendo eu sentar no colo dele e esticou a pernas, passou a mão pelo meu rosto e me beijou, eu comecei a subir e descer no pau dele. Eu sentia que tava quase gozando, aumentei a velocidade da punheta, ele me agarrou e deu um urro alto, senti o corpo dele tremer. Ele gozou dentro de mim e segundos depois eu gozei na barriga dele. A gente ficou abraçados.
— Vinícius, foi perfeito! — e eu não conseguia fala nada, só respirava forte — Eu te amo cara, ouviu bem? Eu te amo!
Eu coloquei a cabeça no ombro dele
— Eu também!
Saí de cima dele e entrei no banheiro que tinha no quarto, ele foi pro do corredor dizendo que eu precisava ficar só. Tomei meu banho e fiquei um tempo pensando em como seria a minha vida daqui pra frente com o Rodrigo, como ia ser se alguém descobrisse. Se meus pais descobrissem seria a maior vergonha pra eles. Até que ele bateu na porta do banheiro me fazendo parar de pensar naquelas coisas.
— Oi.
—Trouxe uma toalha.
— Deixa na cama, tô saindo já.
— Beleza.
Desliguei o chuveiro, deixei a água escorrer, saí, peguei a toalha, me sequei, vesti minha roupa, mas fiquei sem camisa. Fui pra sala atrás dele. Ele tava sentado vendo tv e comendo pizza.
— Senta aqui — ele disse e eu me sentei do lado dele — sempre depois do sexo me dá fome!
Peguei um pedaço e fiquei comendo com ele, peguei meu celular e vi que ia dar três da manhã.
— Caralho, tenho que ir embora!
— Vai nada, hoje tu vai ficar aqui comigo.
A gente terminou de comer, limpou tudo.
— Bora dormir — ele chamou.
— Bora sim.
A gente foi pro quarto, ele tirou a bermuda ficando só de cueca e eu me deitei do lado dele. Ele me puxou me fazendo ficar com a cabeça no peito dele.
— Nossa segunda noite juntos.
— E quem diria, hein?
— E se depender de mim, vai ser sempre assim.
Eu dei um beijo no peito dele e logo depois eu dormi.
Acordei ele não tava mais na cama. Me espreguicei, levantei da cama, fui até a sala e ele tava em pé com a mesa cheia.
— Bom dia!
— Bom dia. Enquanto tu dormia eu saí e comprei isso pro namorado mais gato do mundo que eu tenho.
— Não sabia que tu namorava.
— Vai, faz cu doce, porque eu sei que tu vai aceitar.
Eu ri dele. Ele me entregou uma escova de dentes, escovei meus dentes e depois voltei pra sala. Ele veio logo que agarrando e me beijando.
— Agora sim, bom dia!
Ele me largou, mas eu o puxei e o beijei.
— Eu aceito namorar contigo!
Ele me abraçou forte e me carregou.
— Cara, eu prometo que vou te fazer o cara mais feliz, mais amado desse mundo! — ele me colocou no chão e ficou me olhando — Égua, tu não sabe como eu tô feliz!
— Também tô.
— E pensar que há dias atrás a gente tava se matando e hoje a gente tá namorado! — o namorando ele falou meio que gritando.
— E não é? A vida prega cada peça na gente!
— Então hoje, dia 31 de agosto de 2011, oficialmente nós somos namorados.
— Hoje é 31? Dia 8 de setembro é meu aniversário.
— Sério? Então vou fazer uma surpresa pra ti.
— Quero só ver.
A gente comeu e depois, como tava ficando tarde, a gente veio embora. Quando chegou na esquina de casa ele parou o carro.
— Porra, eu queria te deixar na porta de casa.
— Eu sei, mas bora com calma.
— Eu sei, eu sei.
— Quem conta? Eu ou tu? – perguntei.
— Contar o quê?
— Pro Príncipe.
— Ah tá, eu falo com ele, pode deixar.
Dei um beijo nele, que riu.
— Tô indo nessa, até mais tarde.
— Claro! — e me beijou. Saí.
O resto do dia não aconteceu mais nada demais. À noite eu fui pra faculdade e depois fui pra bola, mas não joguei. Eu tinha um plano na cabeça e contei pro Rodrigo, ele topou. Então eu cheguei lá e eles estavam sentados e bebendo. Falei com o Príncipe e com o Fábio e fui até o Rodrigo.
— Rodrigo, quero falar contigo. Pode ser?
— Fala! O que é?
— É, eu queria te pedir desculpas, aqui na frente de todo mundo, por aquele dia que a gente brigou aqui mesmo.
Ele ficou me olhando sério, juro que eu não sei como não ri da cara dele, até que o Príncipe falou:
— Porra, Rodrigo, aceita. O cara veio de boa pedir desculpas.
— Beleza, eu aceito e foi mal por qualquer coisa que eu te fiz.
Ele estendeu a mão pra mim e eu apertei.
— Alguém tá filmando isso aí? – o Fábio perguntou.
A galera riu e eu voltei pro lado do Príncipe.
— Caralho, a Globo tá perdendo vocês, né? — a gente riu — Ah, parabéns mano!
— Pelo quê?
— Hum... Pelo namoro, caralho!
— Ah, valeu!
— Agora é sério, espero que dê certo. Dá pra ver que ele gosta de ti e tu dele.
— Brigado, Rafael!
— E o Guga? Tu conversou com ele?
— Não, mas amanhã vou dar uma passada na casa dele.
— Faz isso mesmo.
Meu celular vibrou, era um mensagem do Rodrigo:
"Tô gostando não desse papo de vocês dois o.Ô"
Eu comecei a rir e mostrei pro Príncipe que riu também, ele olhou pro Rodrigo e colocou a mão no meu pescoço e ficou passando o dedo no minha orelha, eu comecei a rir. O Rodrigo fez um sinal com a mão como se fosse dar uns socos no Rafael. Como a galera tava conversando, ninguém percebeu, eu ria muito daquilo.
— Príncipe, tô indo nessa, ainda tenho que dar uma estudada.
— Eu te levo, tô querendo ver uns filmes.
— Galera, tô indo nessa! – levantei.
— Também tô indo nessa! — disse o Príncipe.
A gente se despediu da galera quando o Rodrigo falou:
— Me dá uma carona Rafa, tô querendo ir nessa.
— Eita, tenho pena do Príncipe com o clima nesse carro — disse o Fábio.
A gente riu e foi andando pro carro, o Rodrigo foi na frente com o Príncipe.
— Tu quer pegar meu namorado, é?
— Não cara, ele é todo teu!
A gente riu. O Rodrigo me puxou e me beijou na frente do Rafael, eu fiquei meio sem graça com a reação dele.
— Ah, isso já é demais! – ele falou brincando, a gente veio conversando de boa.
— Estão entregues as crianças.
— Valeu Rafael! — e abri a porta, mas o Rodrigo me segurou.
— Calma, rapaz!
— Que foi?
— Vai sair assim mesmo? Cadê meu beijo?
Eu olhei pro Rafael.
— Tá bom, eu fecho os olhos — ele disse.
Cheguei no Rodrigo e a gente se beijou, ficou se beijando, ele segurando a minha nuca, mordendo a minha boca, foi dando aquele arrepio na nuca...
— Porra, vocês tão quase se engolindo!
A gente riu. O Rodrigo falou:
— O beijo dele que é bom.
— Tô indo nessa — saí do carro e entrei em casa, falei com meus pais e depois fui pro meu quarto.
Mandei uma mensagem pro Príncipe pra pedir desculpas pela cena no carro, ele respondeu que era pra eu ficar relaxado que tava de boa.
No outro dia pela manhã eu me arrumei e fui na casa do Guga sem avisar. Ele não morava tão longe de casa, a mãe dele que atendeu a porta.
— Tia, cadê o Guga?
— Tá dormindo ainda, aproveite e avisa pra ele que eu vou lá no comércio.
— Tudo bem — fui pro quarto dele, bati na porta e ele mandou entrar, então eu entrei. Ele me viu e olhou espantado — Fala Guga!
— Fala...
— Cara, a gente pode trocar uma ideia?
— Claro, deixa eu só me jogar uma água – ele tomou um banho rápido, entrou no quarto só de toalha e trocou de roupa na minha frente — Então, o que tu quer falar?
— Eu queria conversar contigo, saber como tu tá.
— Tô bem, cara.
— Tava com saudades de ti.
— Também tava, mas me diz como vão as coisas entre tu e o Rodrigo.
— Vão bem, a gente tá namorando — simplesmente saiu, puta que pariu!
Ele me olhou.
— Namorando? Vocês tão namorando?
— É...
A gente ficou em silêncio, quando ele falou:
— Eu não acredito que tu fez isso comigo cara.
— Gustavo, pelo amor de Deus, cara! Eu não fiz nada contigo!
— Como não, porra? Tu tá namorando com o Rodrigo depois de tudo?
— Depois de tudo o quê, Gustavo? Quem ouve tu falar assim, pensa que a gente teve alguma coisa.
Ele gritou:
— Eu te amo, porra! Isso não é o suficiente?
— Eu nunca te prometi nada Gustavo. Ou algum dia eu disse pra ti que ia ficar contigo?
— Não disse, mas deixava eu fazer carinho em ti, te chamar de amor, até te beijar tu deixou, porra.
— Mas quantas vezes eu disse que não era pra ti me chamar de amor, ou quando tu fazia algum carinho em mim eu cortava? Sim, os beijos eu até que deixava, mas isso não significa que eu prometi amor eterno a ti.
— Cara, vai embora. A gente vai ficar discutindo e eu não quero isso.
— Guga...
— Só aviso uma coisa: ele vai te fazer sofrer e não precisa ser nenhum adivinho. Porra, a gente tá falando do Rodrigo.
— Tentei! Vim aqui numa boa pra gente conversar, mas não dá Gustavo, eu vou embora.
Eu saí da casa dele triste. Não queria que a nossa amizade tivesse ficado abalada. Quando tava chegando em casa encontrei o Príncipe.
— Tá vindo de onde?
— Da casa do Guga.
— Como foi lá?
— Cara, não foi. Ele começou a falar alto, dizendo que eu tinha feito aquilo com ele, me cobrando algo que nunca existiu.
— Foda cara. Se tu quiser, eu falo com ele.
— Quero, mas não agora. Deixa um tempo, aí tu fala...
Então, quando cheguei em casa fiquei pensando e a Vanessa me veio na cabeça. Eu tinha que falar com ela, falava pra ela tudo. Peguei meu celular e liguei.
— Vanessa, tá fazendo o quê, minha flor?
— Ia pintar as unhas.
— Deixa pra pintar depois, vai. Tô querendo conversar contigo, pode ser?
— Fofoca? Tô indo aí.
Fiquei esperando ela chegar em casa, nesse meio tempo eu ficava buscando a melhor forma de contar pra ela.
— Fala, mulher! Como tu tá?
— Meio triste, tava ficando com cara aí, mas ele terminou comigo e eu nem sei o porquê.
— Mais que filho da puta! Quem é ele?
— A gente não veio falar de mim, né? Então, me conta o que tu tinha pra me falar de tão importante.
Eu comecei a ficar mais nervoso que eu já tava.
— Vanessa, o que eu tenho pra te falar é meio complicado.
— Oxi, me fala. Tu sabe que a gente nunca escondeu nada um do outro.
— É que eu me apaixonei por uma pessoa tem um tempo, e esse sentimento foi crescendo, e tem dois dias que a gente se acertou. Então a gente começou a namorar.
— Namorando? Como assim? Ai, me conta quem é?
— Então, aí que tá o problema! Em falar quem é!
— Já sei, é alguma menina que eu não gosto. Ai, é bem a Tamires, aquela vaca! Ai, não acredito!
— Não, não é ela! — eu respirei fundo — Não é ela, é ele.
— O que? Ele?
Ela falou gritando.
— Vanessa, fica calma.
— Como assim, ele? Tu virou gay, Vinícius?
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Eu não sou gay, eu só me apaixonei por outro cara.
NouvellesHistória real, conto romântico homossexual contando a história de Vinicius e Rodrigo que de inimigos se tornaram namorados. É aquele velho ditado. Os opostos se atraem.