The only one

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Dois anos atrás Harry Styles havia passado para a porcaria de um mestrado em L.A., que fora carinhosamente apelidado por Louis de "a razão de toda a desgraça".

Eles estavam prestes a completar sete anos juntos (como namorados, afinal o tempo de amizade era muito maior) quando o anúncio foi feito para toda a família. Styles estava indo embora. Não permanentemente, mas por pelo menos algum tempo.

Ele e Tomlinson tinham conversado durante dias após a chegada da carta, e entre muitas lágrimas e sorrisos chegaram à conclusão de que, sim, Harry deveria correr atrás da formação dos seus sonhos.

Tentaram achar uma forma de Louis ir também, mas seu escritório de advocacia estava finalmente ganhando alguns clientes e a possibilidade de deixar tudo o que demorou a construir nas mãos de outra pessoa não o agradava nem um pouco.

Então ele ficou.

O homem achava secretamente que dois anos era tempo demais para manter um relacionamento a distância.

Louis jurava –por mais o doesse muito pensar nisso- que sucumbiriam nos primeiros três meses, mas não foi o que aconteceu. Claro que não.

A ligação que ele e Harry construíram desde a infância era algo muito maior e mais duradouro, alguns quilômetros não poderiam ser capazes de destruir isso.

E foi assim, cercados de amor, que eles continuaram a levar aquela relação um dia de cada vez.

O mestrado de Harry era seu maior sonho e ver a felicidade do cacheado por estar realizando o seu desejo acalentava o coração de Louis durante os momentos desesperadores de saudade.

E obviamente também haviam aqueles dias.

Aqueles dias sufocantes em que a cama parecia grande demais para um só corpo e o calor do cobertor não era o suficiente para livrar Louis do frio de uma noite solitária, ou aquele dia em específico onde Louis notou que o cheiro de Harry estava saindo de suas roupas e chorou por quatro horas seguidas (ele não se orgulha de dizer que comprou outro frasco do perfume do namorado apenas para borrifar nos tecidos), ou aquele dia constrangedor em que... bem... Tomlinson não gosta de falar dele. É embaraçoso.

-Quinze minutos.

-Você realmente não precisa falar em voz alta, Zayn. Já estou ansioso o suficiente. –Lou resmungou, batendo o pé no chão branco do aeroporto.

-E não é como se nós fossemos cegos para não enxergar a porcaria do letreiro grande e brilhante com o número do voo dele. –Liam falou, um sorriso provocador em seu rosto.

Ele e Zayn tinham essa coisa de irritar um ao outro para aumentar o tesão na cama ou algo assim. Louis não queria realmente saber os detalhes.

Mas o que Malik disse era verdade, contudo. Faltavam apenas quinze minutos para reencontrar o seu garoto e o seu coração parecia estar conectado com a sua mente agitada, pois batia tão rápido quanto os pensamentos levemente desesperados de Louis chegavam.

Muita coisa tinha mudado no tempo em que ficaram longe.

O homem havia amadurecido. Seu jeito meio brincalhão e barulhento agora só era mostrado quanto estava no conforto de sua casa ou cercado de seus amigos. Não teve uma razão especifica para aquilo, contudo. Só... aconteceu.

Sua casa –não seu lar, aquele não era um lar enquanto Harry não cruzasse a porta- também tinha se tornado dolorosamente nostálgica ao longo dos meses, o que fez com que Jay, ao notar que o filho estava para baixo, mudasse alguns móveis e reformasse o ambiente.

Não tirou a nostalgia, entretanto. Nada tiraria a dor da saudade em seu peito. Nada, apenas o seu namorado.

Harry já havia visto as mudanças da casa, ou pelo menos algumas delas, por chamada de vídeo. Sua reação foi boa, tirando o grito raivoso quando viu que suas orquídeas agora ficavam em um lugar da sala com muita incidência de sol. Louis aguentou o resto da chamada sendo repleta de resmungos chateados depois disso. E de ameaças de morte caso as "pobres flores" fossem afetadas pelo intendo calor.

quite miss home || L.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora