Capítulo 1

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Agosto, 1938


Ele não podia acreditar que havia perdido tudo aquilo por onze anos.

Tom Servolo Riddle não conseguia acreditar que havia perdido sua parte mágica por onze anos e só naquele momento estava entrando no mundo da magia e descobrindo como aquele universo era maravilhoso e tinha tantas coisas para oferecer.

Os olhos do garoto eram frenéticos enquanto tentava absorver tudo a sua volta, eram muitas informações para o pequeno Tom e por mais que ele não estivesse demonstrando, estava adorando cada segundo do passeio e enquanto via bruxos realizando magia, a ideia se tornava cada vez mais real em sua cabeça e mesmo sem entender tudo, desejava nunca mais voltar para aquele orfanato.

Alvo Dumbledore caminhava ao lado da criança, observando-o. Tom era diferente de qualquer outro garoto que o homem já havia conhecido, ele não demonstrava nada que estava sentindo, mantendo  sua expressão séria. Dumbledore não sabia se havia visto o menino dar um único sorriso em todo o tempo que estiveram juntos e estava se perguntando o porque de ele ser daquela forma.

Sabia que Riddle sentia raiva de todas as pessoas do orfanato e que ele não se dava bem com nenhuma das outras crianças e ao confrontá-lo sobre os objetos roubados, o garoto não demonstrou medo ou qualquer remorso por conta do que havia feito, algo incomum para uma criança que havia sido pega em flagrante, era quase como se ele estivesse se divertindo com todo o caos ao seu redor.

Tom sempre sentiu que havia algo diferente dentro dele, havia começado a notar depois de um tempo, tinha a habilidade de fazer objetos se mexerem e fazer com que alguns animais fizessem  o que ele queria e ainda por cima conseguia falar com cobras - o que era muito legal na opinião dele -, por isso que quando o homem ao seu lado lhe contou sobre sua verdadeira natureza e sobre os poderes que havia dentro dele, Tom não se surpreendeu tanto quanto o esperado.

Até já havia usado magia antes, contra duas crianças do orfanato e mesmo que nunca fosse admitir o que fizera com aqueles dois, Tom havia adorado cada segundo da tortura que fez  Amy e Billy passarem, adorando ver o medo nos olhos deles e como eles gritavam, implorando para que ele parasse.

- Qual o próximo item da lista, professor? - Tom perguntou, esperando enquanto Dumbledore analisava o papel em suas mãos.

- Você precisa de uma varinha, Tom. - falou ele e o garoto o encarou confuso, não parecendo entender porque precisava de uma varinha para realizar magia, era um bruxo, não era? Não deveria precisar de uma vareta para exercer o que estava dentro dele - Uma varinha define o bruxo, ela escolhe seu dono e para praticar magia, pelo menos enquanto for mais novo, precisará de uma.

- Quer dizer que existem bruxos e bruxas que não precisam de uma varinha para fazer feitiços? -  perguntou Tom, curioso para saber mais sore aquele mundo novo. Dumbledore sorriu, gostando da curiosidade dele e respondeu que conversariam mais sobre isso no futuro, colocando a mão sobre o ombro do garoto, o guiando por meio dos bruxos - ele pode sentir Tom enrijecer sobre o toque, mas  relaxou quando a criança não fez nada para remover sua mão.

Entrando na Olivaras Varinhas, os olhos de Tom se arregalaram, percorrendo o local com o curiosidade. Grandes prateleiras se encontravam atrás do balcão com várias caixinhas empilhadas, as quais ele presumiu que possuíam varinhas dentro e parado atrás do balcão, encontrava-se um homem extremamente novo, não parecendo ter seus vinte anos.

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