𝑫𝒆𝒂𝒓 𝑺𝒕𝒂𝒓𝒃𝒐𝒚 • Tord X Leitora

VII•III

chapter seven
season three.

○◇○

--Não concorda?

--Acho que a criação da escola seria melhor efetuava se levava-la até o litoral, local de periferia.

--Isso é bem melhor.

Tom anota algo em seu caderno de capa de couro rapidamente com uma caneta de tintura azul.

--Posso te fazer uma pergunta?

Vejo que tom desvia seu olhar direcionando-o a mim, suponho.

--Claro.

Respondo amigavelmente enquanto encarava a tela iluminada do meu aparelho eletrônico que apitava incansavelmente.

--Eu...Não quero soar mal, você e Tord... Estão juntos?

O olho vagamente sentindo falta de suas orbes negras, falta de sua "galáxia" própria, ou até do brilho ofuscado de seus olhos. Ele estava confuso, percebia em seus gestos, nervoso.

--Nós só...Transamos.

Dou uma breve pausa, enquanto encaro a sua reação que era simplismente indescritível, era um caos total.

--Digo, fazemos favores um ao outro.

Corrijo-me, após perceber que a minha fala poderia ser interpretada incorretamente.

--Não pensei que você curtisse essas coisas.

Vejo que ele expressa certa surpresa.

--Tenho muitas merdas nas minhas costas, tenho que relaxar as vezes, nem que seje com alguém que eu odeie.

Dou uma pausa, sentando sobre a grama úmida em meio do vasto jardim no interior dos muros de concreto da base branca que possui uma arquitetura baseada nas construções gregas, era um diferencial em relação ao forte de outros exércitos mundiais.

--Na maioria das vezes, o que você precisa está ao seu lado.

Vejo que Tom se abaixa ao meu lado, colocando sua mão sobre a minha.

Puta que pariu, ele está flertando comigo.

Sinto um arrepio percorrer meu corpo.

Tom é um ótimo homem, estive em seu lado durante longos anos, sempre vi que ele sentia algo, principalmente em suas crises de alcoolismo.

Eu fiquei uns momentos paralizada.

Sem reação, sem... chão.

Estava formulando alguma ação, qualquer coisa.

Eu estava um turbilhão de sentimentos, apenas encarava o sorriso de Ridgewell, eu via ele, em câmera lenta, se aproximar, sentia seu olhar sobre os meus lábios.

Isso é correto?

Digo, eu me rebaixaria a tal nível?

Eu posso parecer fria, mas, eu me sinto vazia novamente, sem recentimentos, como pedra, ou algo similar para se encaixar em tal metáfora.

Eles se odeiam.

Eu não quero criar mais rivalidade entre Tom e Tord.

Mas, eu quero sentir a adrenalina.

Quero sentir o medo de ser descoberta.

Eu quero.

Sinto os labios carnudos de Tom se chocaram contra os meus, era delicado, doce, era tão distindo.

Vejo que lentamente Thomas se afasta, observando meus olhos, enquanto surgia um sorrisinho no canto do sua boca marcada de meu batom.

Vou novamente em direção de seus lábios, desejando novamente o sabor de sua boca, desejando o novo, o desconhecido.

Tom me deita sobre a grama molhada de orvalho colocando-se sobre meu corpo arrepiado pelo contato repentino com a água fria, ele leva minhas mãos para cima da minha cabeça, entrelaçando nossos dedos, enquanto me beijava intensamente, sinto o gosto de menta com um leve sabor de álcool ( possívelmente ingerido pela manhã, pela sua alta presença ).

O moreno desce até meu pescoço nú, fazendo uma trilha de beijos, escolhendo um local proximo da minha clavícula para deixar uma pequena e singela marca avermelhada.

Ele para, diante do meu rosto.

Observando-me.

Até que meu telefone começa a tocar, ecoando por toda a região, era estrondoso e completamente brochante.

--"(S/N)?"

--Sim.

--"Nós temos um problema."