Motivo 12

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sua risada

Cole Sprouse

Eu encarava as duas pessoas que estavam na porta do meu quarto. Meu pai e meu irmão, obviamente eles estão aqui para conversar, penso se devo ou não seguir o conselho de Lili e dá uma chance a eles, mas a minha raiva está falando muito mais alto que qualquer outra coisa. Novamente as palavras de Lili se passaram por minha cabeça...

– Vou deixar vocês a sós. – Lili disse.

Eu nem me lembrava que ela ainda estava no quarto.

Ela saiu pela a porta com a cabeça abaixada e comprimentou levemente meu pai e meu irmão.

Me viro para frente e respiro fundo.

– Podem entrar. – provavelmente estão surpresos.

Eles se aproximaram e Dylan se sentou em uma cadeira de frente para mim, enquanto meu pai estava ao seu lado, me segurei para não ter algum ataque e olhei para Dylan, que tinha uma cara de esperanças, mas a minha continuava fechada.

– O que querem? – digo curto e grosso. (N/A: de curto não tem nada, kkkkk. tá parei)

– Conversar. – disse Dylan.

Agora é que eu parei para encara-ló. Ele estava com os cabelos mais curtos e usava umas roupas meio de riquinho, já meu pai... só estava mais velho.

– Cole, por favor, apenas nos escute. – meu pai disse, apenas o encarei. – Eu e sua mãe não estávamos muito bem. Conheci Bree quando ela trabalha no bar que eu frequentava. Eu me apaixonei por ela, e conversei com a sua mãe, ela entendeu, eu iria ficar com a guarda de Dylan e ela com a sua, sei que a melhor opção não é separar os filhos gêmeos um do outro, principalmente quando eram tão unidos. Mas eu ia morar em outra cidade, eu não abandonei vocês.

Soltei uma risada forçada.

– Ah, você não nos abandou? Ok, mas cadê você em todos os momentos mais importantes da minha vida? – quase grito.

– Calma! – ele disse calmo. – Olha, eu tentei entrar em contato com a sua mãe, eu juro, mas não consegui. Mandei uma carta mas ela me devolveu, junto com a sua carta para Dylan. – ele me entregou as duas cartas.

Abri a dá minha mãe, e estranhei a caligrafia, as letras da minha mãe são maiores e essa é menor e mais inclinada. Abri essa tal carta para Dylan, e quando comecei a ler, também percebi que não era minha letra, e que a história contada na carta era a mesma contada na minha.

Devo ter feito uma cara bem engraçada para eles terem me encarado daquele jeito.

– O que aconteceu? – Dylan perguntou.

Não digo nada, apenas vou até a minha escrivaninha e pego lá do cantinho as cartas que guardei. Uma que minha mãe recebeu de meu pai e a outra que eu recebi de Dylan. Comecei a comparar as quatro cartas enquanto eles apenas me observavam. As letras eram as mesmas e as histórias também, só mudava o narrador e quem estava recebendo, claro.

– Estranho, eu recebi uma carta de Dylan e mamãe de Matthew com a mesma caligrafia e a mesma história que a de vocês. – meu pai me encara.

Ele não estava esperando que eu fosse chamar ele de pai em voz alta, estava?

Ele se aproximaram e encaram as cartas.

– Realmente, estranho. Eu não mandei essa carta para você. – Dylan disse pegand a carta.

– E eu não mandei essa para você.

Meu pai ainda encarava a foto com uma cara de espantado, como se reconhecesse a caligrafia de quem as escreveu.

– Reconhece essa caligrafia? – o perguntei.

Ele parecia voltar a realidade quando me encarou.

– Não, eu não conheço.

Ficamos os três em um silêncio constrangedor.

– Vou deixar vocês a sós. – meu pai disse para eu e Dylan. – Precisam conversar.

Ele pegou as cartas e saiu do meu quarto, me deixando junto com Dylan, nos encaramos e começamos a rir, como sempre faziamos.

– Vem cá, caçula. – ele disse abrindo os braços.

Resolvi o ignorar pelo fato dele ter nascido poucos minutos antes de mim, e o abracei.

Quando nos separamos eu sabiamos que tínhamos muito para conversar.

– Primeiramente, quem ela aquela garota que estava aqui quando eu e papai chegamos? E sua boca tá melada de batom. – ele disse apontando para um lado da minha boca.

Passei a mão e vi que realmente era batom,  ri um pouco.

– Ela é enfermeira, e não está tendo nada demais entre nós. Só alguns beijinhos. – ele me olha com uma cara duvidosa. – E você? Já desencalhou ou ainda é apaixonado pela nossa professora de ciências da quinta série? – ele ri.

Dylan tinha uma paixonite por nossa professora de ciências, o que sempre ma fazia rir dele.

– Babaca.

Lili Reinhart.

– Foi uma baita confusão. – digo colocando os pratos no escorredor. – Pelo o que eu entendi e Bárbara me contou, o pai dele abandonou ele e a mãe dele, e levou o seu irmão gêmeo. Eu nem sabia que Cole tinha um irmão gêmeo.

– Ele já é bonito, e ainda é multiplicado? – minha mãe diz e eu a encaro. – Que foi?

– Ah sua velha safada. – digo e ela ri.

Eu havia contado sobre Cole a ela, eu sabia que era algo familiar dele mas eu precisava contar a alguém que sabia guardar segredos, e nada melhor do que minha mãe para isso.

Após arrumarmos a mesa, eu subi para meu quarto querendo descansar. Fiz minhas higienes e coloquei meu pijama de patinho, me joguei na cama e me peguei pensando no beijo de Cole.

Ah Cole, o que você está fazendo comigo?

⊶─────≺⋆≻─────⊷

tenho nada para falar, ainda estou surtando com o episódio de ontem

Beijos na teta esquerda 😗✌🏻

50 Motivos Para Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora