Suas bochechas.
Lili Reinhart
Após verificar todos, faltando apenas Cole, bato na porta de seu quarto. Depois de nossa conversa de ontem eu o deixei no vácuo e lhe mandei um emoji de dedo no meio quando ele me perguntou se eu gosto de oral. Oh meu pai, por que fui arrumar um namorado tão ninfomaníaco? Rio de meus próprios pensamentos.
― Quem é? ― ele perguntou.
― O Chapolin Colorado. ― digo e rio.
Obviamente ele não vai pegar a referência, quase ninguém aqui dos Estados Unidos sabem quem é ele, é um dos icônicos da comédia. Mas só assisti porque quando minha mãe mãe um dia comprou, não tinha dublado mas legendado. Eu amava aquele seriado.
Tanto Chaves quando Chapolin.
― Quem caralhos é Chapo... ― ele para de falar assim que abre a porta. ― ah, oi.
― Você nunca assistiu Chapolim? ― ele faz uma careta e nega. ― Sinto muito, não podemos ser namorados.
Me viro mas sinto suas mãos na minha cintura, ele me puxa para trás e me colocou dentro de seu quarto, depois trancou a porta. E foi aí que eu percebi que ele estava apenas de toalha, minha reação deve ter sido a mais engraçada, já que ele começou a gargalhar.
― Mas o que é Chapolin?
― É um seriado mexicano, a origem é o El Chavo ― digo me virando para não encarar ele. ― Devia assistir.
― Quem sabe um dia, com a minha namorada. ― senti suas mãos em meu corpo, e ele me abraçou por trás.
Minha respiração trava, sinto seu rosto no meu pescoço, ele começa a dar beijos naquele local. Com muito esforço saio de seu abraço.
― É, quem sabe um dia. ― me sento na sua poltrona e ele ri.
― Mas, que parada é essa de você falar Chapolin do nada?
― Ah, é uma frase icônica do seriado. ― rio. ― Ele é meio que o justiceiro, sabe? E quando alguém do seriado estava precisando de ajuda, falava "E agora, quem poderá nos defender?" e do nada ele aparecia falando "Euu", e essa pessoa que estava em perigo falava "O Chapolin Colorado". ― ele ri. ― Também tinha o "Não contava com a minha astúcia".
― Parece ser bom.
― É perfeito. ― encaro seu corpo, ainda coberto pela toalha. ― Por que você não tira a toalha e veste uma roupa?
― Ok. ― ele ameaça tirar a toalha ali na minha frente.
― Não! No banheiro!
Ele ri do jeito que falo, e se vira entrando em seu banheiro. Me afundo na poltrona, estava fazendo frio lá fora, coloquei meus pés em cima da poltrona e me abraço, quando Cole volta, me encara com um olhar engraçado.
Ele estava vestindo uma calça moleton e uma blusa de manga comprida, em seus pés usava apenas uma meia mas logo colocou seus chinelos.
― Você já sabe todas as perguntas, e aí? ― digo.
― Que profissionalismo, Reinhart.
― Vai logo.
― Não estou sentido nada de diferente.
― Ok, ― pego minha prancheta. ― vou indo. ― digo terminando de escrever lá.
― Mais já? Você nem me beijou. ― ele faz biquinho.
Rio e me levanto, indo até ele, beijando seus lábios. Ele me abraça e me aperta, permito que sua língua invada minha boca por um breve momento, até me separar dele e apenas deixar uns beijinhos por seu rosto, ouvindo ele resmungar.
― Tchau. ― digo e ele retribui.
Me viro e saio de seu quarto, indo até a sala dos enfermeiros, no caminho comprimento todos que vejo com um sorriso, a porta de Haley estava aberta e ela parecia drogada, igual Cole ontem, provavelmente já fez um de de seus procedimentos para sair dessa maldita doença. Como não tinha nada de diferente com os pacientes, mas antes de sair para voltar ao quarto de Cole, Bárbara me chama.
― Lili! ― ela me puxa pelo braço. ― Quero que seja sincera, ok?
― Ok. ― digo um pouco desconfiada.
― Você está tendo algo com o Cole? ― ela sussurra para ninguém escutar. ― Eu queria não te dizer isso, mas nenhum enfermeiro pode ter relações com os pacientes, é contra as regras, e se o dono descobrir, você está ferrada.
Engulo o seco, significa que vou ter que terminar com ele? Mal começamos a namorar.
― Esta-estamos namorando. ― gaguejo um pouco.
Ela fecha os olhos, mas vê a minha expressão de preocupada. Eu não quero perder meu emprego e nem o Cole, mas sei que terei que abrir as mãos de um dos dois, infelizmente.
― Eu sei o que se passa em sua cabeça. ― ela diz com uma voz de quem está com pena. ― Droga, eu não devia está fazendo isso... mas, Lili... eu não vou contar para ninguém, se me prometer que não irá desmontar afeto na frente de ninguém.
Eu penso, penso, penso, mas não chego a lugar nenhum. Apenas assinto.
Eu não quero ter que escolher entre o Cole e o meu trabalho, nunca pensei que teria que fazer isso um dia.
Eu precisava de um conselho, e nada melhor do que Camila para me dá um, digito seu número em meu telefone e ela num instante atende.
• • •
Escutem Don't Know What To Do, é perfeita
Mais uma coisinha: me desculpem pelo cap pequeno, meu dedo está ardendo muito, mal consigo escrever
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50 Motivos Para Te Amar
RomansaCom apenas 10 anos de idade o pequeno Cole Sprouse ver sua vida mudar por completo, além de ter sido abandonado por seu pai descobre que tem fibrose cística, uma doença crônica que impede que seus pulmões funcionem como deveriam. Após anos de tratam...