Seu toque...
Cole Sprouse
Assim que abro os olhos, sinto uma dor na minha cabeça. Oh não, aconteceu novamente...
Sempre tenho esses "desmaios" por causa da minha doença, Bárbara sempre vem me alertando que caso eu continue sem tomar os remédios, um dia isso será fatal e não terá como eles me ajudarem.
Talvez eu queira isso, só para morrer logo e deixar se sofrer tanto com essa maldita doença.
Viro minha cabeça para o lado e vejo minha mãe dormindo na cadeira do meu quarto, sorrio e olho para a janeira, já era de manhã e estava um pouco frio, fiquei encarando ela até a porta ser aberta.
Quando viro meu rosto, vejo Lili com uma expressão de preocupada, ela sorri um pouco e vem até mim.
– Oi, como está se sentindo? – ela disse sussurrando com sua voz angelical.
– Poderia está pior. – digo e abro um sorriso amarelo.
Seu sorriso se desmancha um pouco e ela pega na minha mão. Que estava um pouco quente.
– Você nos deu um baita susto. – ela solta uma risadinha. – Bárbara disse que é por causa do tratamento... que você não está fazendo. Por que você continua sofrendo desse jeito se sabe que fazendo todos aqueles tratamentos você pode se livrar de tudo isso? Pode voltar a ter uma vida normal?
Oh não...
Lili era a única que não insistia nisso, mas agora parece que vou ter que aguentar mais uma pessoa enchendo emu saco.
– Eu já perdi as esperanças Lili, passei tanto tempo fazendo esse tratamento, tive que abandonar a escola e minha vida social para vim morar nessa merda de hospital, só para ouvir um médico dizendo que todos aqueles anos de esforço não serviram para nada! – tanto controlar minha voz, não queria me alterar ou acordar minha mãe.
Ela se assusta um pouco, e me olha com os olhinhos tristes.
– Mas...
– Se for para continuar tentando me convencer de fazer essa merda de tratamento, você pode sair pela aquela porta. – tiro minha mão que ainda estava de baixo da dela, e aponto para a porta.
Ela me olha por um tempo até perceber que eu estava falando sério. Ela me olha novamente com os olhos tristes antes de se virar e sair pela porta.
Eu me senti mal por ter feito ela ficar triste, mas eles tem que entender que a minha decisão está tomada.
Me viro para o lado e vejo que minha mãe está quase despertando, pego em sua mão e ela acorda por completo, me dá um sorriso e se levanta vindo até mim me fazendo novamente várias perguntas.
Minha mãe me obrigou a comer as comidas do hospital e estou esperando morrer por ter comido essas porcarias. Eu pedi para ela ir para casa, só tomar um banho pelo menos, já iriam fazer 24 horas que ela estava aqui, ela precisava comer e descansar.
Bárbara me avisou que meu pai e irmão estavam vindo para cá, me ver, fiquei feliz, pois por mais mais que as coisas ainda não esteja 100% boas com meu pai, eu e meu irmão voltamos a ser como éramos.
E Lili... ela não respondeu a nenhuma das minhas mensagens falando o quanto odeio a comida do hospital, na verdade, ela nem entrou no whatsapp hoje, me sinto mal ao me lembrar da conversa que ouvir de Bárbara com Luiza, onde elas estavam comentando sobre como Lili estava para baixo hoje.
Infelizmente não pude sair do quarto, minha mãe do me ajudou a tomar um banho, pois o resto do dia fiquei sentado nessa minha cama, mas amanhã Lili terá que vim ver se eu estou bem, ela não pode se esconder ou perguntar para minha mãe se eu estava bem.
Sim, ela não quis entrar no quarto e resolveu fazer as perguntas para minha mãe, ela não queria me encarar, minha mãe percebeu o quanto eu fiquei triste com isso e me falou que logo ela voltaria a falar comigo.
Eu quero me bater por saber que o motivo pelo qual ela estava tão triste, foi minha ignorância.
Eu sei que fui um pouco grosso com ela hoje, que ela não merecia ter sido tratada daquele jeito. Mas ela sabe o quanto odeio que fiquem falando sobre meu tratamento entre outras coisas.
Saí de meus pensamentos com a porta que se abriu, revelando meu pai e meu irmão.
– Como você está, cara? – Dylan me pergunta.
– Bem.
– Não deu para vim antes, me desculpa. – meu pai me disse ficando ao lado de Dylan.
Conversamos um pouco até meu pai pedir licença para falar ao telefone com alguém, a expressão de Dylan mudou, eu sabia que ele queria me falar algo.
– Desembucha. – ele me olha confuso. – Eu sei que você quer falar algo.
– Cara, eu acho que a Bree pode está por trás das cartas. Pois ela nunca gostou de saber que mamãe e papai ainda se falavam, sem contar que ela também não gostava que eu dava mais atenção a você do que a minha "irmãzinha".
– Espera, papai tem outra filha?
– Não, é filha da Bree com outro homem. – me tranquilizo. – A letra dela é igual a das cartas, eu estranhei muito, e depois de termos recebido as cartas ela parecia mais alegre, não sei explicar.
– Faz sentido. – digo olhando para o nada. – Mas e aí, vamos desmascarar ela?
– Não antes de ter certeza. Vamos conversar sobre outra coisa antes que nosso pai entre e nos escute conversando sobre ela.
⊶─────≺⋆≻─────⊷
Notas finais: quero tentar fazer um capítulo nem fofo de sprousehart no próximo.
acho que depois do capítulo 20 cole vai começar a fazer os tratamentos (não vou esconder pq tá na cara que ele vai voltar a fazer os tratamentos, não é?)
pretendo fazer esse cap de um jeito beeeem fofo
Beijos na teta esquerda ♡

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50 Motivos Para Te Amar
RomanceCom apenas 10 anos de idade o pequeno Cole Sprouse ver sua vida mudar por completo, além de ter sido abandonado por seu pai descobre que tem fibrose cística, uma doença crônica que impede que seus pulmões funcionem como deveriam. Após anos de tratam...