spring. + 𝑩𝒚𝒍𝒆𝒓 ↬ shortfic

『🌈』

Will havia ido para sua casa, passou o caminho todo pensando no erro que cometeu, e se xingando mentalmente por ter acreditado que seria possível ter uma chance com o Wheeler.
Ele se sentia estúpido por ter acreditado que uma simples florzinha amassada significou algo, afinal, o que é uma florzinha defeituosa perto de um cesto de flores incríveis de diversos cheiros e diversas cores.
Para Will seus momentos com Mike significavam tanto, cada segundo, cada dia, cada ano e cada estação.
Mas naquela primavera, não teria uma boa recordação de Mike, apenas tinha seu coração partido em pedacinhos.
Não sabia o por quê acreditou tanto, que teria o amor de seu melhor amigo, garoto.
Havia chegado em casa, sentindo -se cansado, apenas seguiu direção até seu quarto, e lá soltou todas as lágrimas que estava segurando desde o momento que soube a verdade sobre o que Mike sentia.
Ele estava feliz, havia falado com uma garota bonita, trocado olhares com ela, dado flores a ela, e acima de tudo, iria sair com ela essa noite.
O que mais doía não era apenas oque soube, mas sim que seu amigo o fez acreditar que teria uma chance, não se atreveu nem ao menos acabar logo com as expectativas de Will e dizer que havia conhecido outra garota, e que aquilo que estava escrito em seu caderno de anotações fosse para ela.
Byers havia chorado tanto naquela tarde que se adormeceu ali mesmo, com sua cabeça apoiada no travesseiro molhado.

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Abriu seus olhos, que estavam inchados por conta de suas lágrimas, precisava se distrair, e não alimentar sua tristeza por ter perdido um amigo, não que literalmente tenha perdido, mas Byers estava decidido que passaria um bom tempo sem trocar palavras com Mike, não seria bom arriscar, iria doer.
Chamar Max era a única opção, era uma garota divertida e com certeza iria se esforçar o máximo para alegrar o humor de seu amigo, que não estava nada feliz naquele momento.
Tirou o telefone amarelo do gancho e discou o número da garota, estava receioso de não ser atendido mas mesmo assim continuou ali, parado esperando ouvir a voz da garota.

— olá? — ouviu a voz feminina do outro lado da linha e supirou aliviado.

— Max...

—Byers! Como foi hoje? Falou com o Mike?— Perguntou empolgada.

— Bom...deu tudo errado Max, ele... está apaixonado por uma garota. — Não. Não podia estar deixando mais uma lágrima cair.

— Merda, eu sinto muito Byers, eu não deveria... droga! Me sinto péssima, eu juro que não foi minha intenção, eu sinto muito, sério mesmo.

— Tudo bem, não estou bravo com você. — Disse, não estava mesmo, Max era uma garota doce e inocente, e só queria ajudar seu amigo, Will sabia disso. — Você poderia vir para minha casa? Eu preciso...me alegrar um pouco.

— Claro! Me espere, chego aí as sete. Preciso desligar agora, o chato do meu irmão está me enchendo o saco, me espere aí okay? Eu amo você.

— Okay. Te amo também. — E enfim, desligou. Max não iria demorar tanto, mas ele queria ver logo sua amiga, não estava aguentando mais os pensamentos em sua mente, se sentia sufocado com tudo aquilo, estava quebrado.
Finalmente sete da noite, estava sentado no sofá na espera de sua amiga, quando ouviu as batidas na porta correu para abri-la, Max estava com seus cabelos ruivos soltos e um pouco arrepiados, tinha em mãos vários quadrinhos e jogos.

— Will me desculpe. — Antes mesmo da garota completar o que iria dizer, Byers a abraçou e derramou algumas lágrimas, a ruiva retribuiu o abraço, acariciou os cabelos lisos de seu amigo, por mais que Will não sentisse nada além de amizade por Max, sentia -se seguro, ele também a amava, sentia -se tão confortável e seguro perto de sua amiga, quem precisa de um amor correspondido quando se tem Max?
A garota que fazia Will Byers ter coragem e sorrir, quem precisa de paixão, quando se tem uma amizade tão adorável?

— Vamos entrar Will, eu trouxe quadrinhos para você, espero que goste. — limpou os olhos de seu amigo com a ponta de seus dedos, naquele momento Will precisava de refúgio e sua amiga concerteza iria o distrair com piadas ou histórias sobre a Califórnia, iria fazê-lo esquecer que estava com o coração partido.