CAPÍTULO 26

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Ruan Callegari

Fecho meus olhos e não consigo distinguir qual a melhor opção, mas há uma guerra dando início em minha vida pessoal e não da apenas para se render e fugir.

Marianny segue do meu lado gritando  histérica e mesmo que não esteja são isso leva tudo de mim.

Costela bate no carro de Melanie e chegamos a fazer uma breve parada quando o carro da gambé roda na pista e depois desce ladeira abaixo.

Costela volta a dar partida e seguimos para o sítio com a merda do rádio falando sobre os últimos acontecimentos e então o farol alto do carro da polícia me cega momentaneamente.

Eu tinha a opção de matar todos nós ou render-me.

Eu poderia ter mudado a rota.

Nesse momento estou tão, mais tão fatigado e cansado que a única coisa que gostaria de tirar das minhas costas é o Panelinha.

Só que isso é ligeiramente impossível e se eu começasse a atirar eu juro que me mataria caso algo acontecesse a Marianny.

Eu sei que ela só quer paz e ter uma vida normal.

Eu vi seu sorriso no Rio de Janeiro e não tenho mais capacidade de tirar isso dela.

Marianny Fontes Callegari venceu o desafio de se manter por perto até seu  limite e em minha missão de fazê-la querer ficar perto eu falhei.

Sei que podem tentar prende-la, mas essa é a única chance que tenho de liberta -la.

Quem sabe assim ela pode vir a ser á enfermeira mais linda e sexy que esse Brasil e esse mundo já viu?

Quem sabe ela use todos esses anos fodidos e construa um castelo.

Abaixo minha arma, levanto meus braços e abro bem minhas pernas.

O impacto do fuzil caindo ao chão me deixa nu, pois até ao banheiro ele ia comigo.

Costela atira contra os policiais e cai ao chão provavelmente morto e uma lágrima cai de meus olhos porque ele era além de meu soldado fiel, era meu parceiro.

Eu grito pra ninguém atirar, porque além de tudo tinha Mary á minha esquerda provavelmente assustada e com medo.

Se fosse em uma praça pública como a primeira vez eu teria vantagens por causa  de vários inocentes transeuntes rondando por ali, então os militares teriam cautela.

Do meu lado, basicamente todos são inimigos.

A algema me demonstra que estou indo dar fim á minha liberdade e Mary chora tanto que me sinto fraco e impotente ao mesmo tempo.

Logo após passar pelo corpo de delito eu já sei o que virá pela frente.

Foi um caminhão que fez o carro de uma policial descer ribanceira, mas eu fui a causa.

Quatro policiais filhos da puta, se revezavam em acertar minhas costelas, pernas e braços.

Recusava -me a chorar ou gritar. Isso não me abalaria mais.

Após levar um último tapa na cara e um banho gelado, sou levado para prestar depoimento.

-----Marianny Fontes era sua cúmplice.

Sorrio amargamente com vontade de acrescentar o Callegari em seu sobrenome.

-----Nao. Marianny nunca soube de nada e não tem nada a ver com qualquer coisa que possam tentar provar contra mim.

------Fontes estava em perseguição quando seu carro interceptou o que tem a dizer?

Eu não me incrimei mais do que consegui inocentar Marianny.

O depoimento durou horas intermináveis e nem mesmo sob tortura conseguiram me fazer confessar.

Não tinham nada contra mim, a não ser que Melanie tenta dado algo á alguém.

Irei aguardar.

Vou para a penitenciária e não tem nada de bonito.

Celas cheias e odor desagradável.

Eu fiz errado e estou certo que irei pagar.

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Provavelmente amanhã continuação do capítulo

(Completo)Desafio-A História De Ruan CallegariOnde histórias criam vida. Descubra agora