O Peregrino: One Shots

Roubo contado.

Profundas respirações, Apollo e Karen resfolegavam ao nascer do sol depois de um noite intensa e intima. 

— Meu Deus, o que foi que a gente fez? —Ela dizia, descabelada e grudenta. Com apenas uma coberta cobrindo seus esculturais seios e partes íntimas. 

— Eu... Não sei. — Já ele estava sentado na cama, com muito calor para ser tocado pela manta. 

— Você tava morrendo de vontade ou é sempre assim? 

— Ambos, talvez. 

— Preciso de um banho, rápido. — Ela se levantava com rapidez. Colocando uma toalha e partindo para o banhar. Apollo esperava deitado, observando o sol brilhar seus primeiros raios. 

Após ambos estarem devidamente apresentáveis, Apollo decide sair para simplesmente andar, Karen vai com eles. Dante dormia com seus altos roncos noturnos.

— Então, grandão. O que pensa em fazer? — Ela dizia, provocando o grande homem. Ambos andavam com suas roupas de civil. 

— Karen... Você pensa em ficar aqui em Fallow... Com a gente? 

— Sim, eu acho. Por que a pergunta? 

— Por que eu vou começar a contar com você, e preciso saber que você vai estar aqui pra quando eu precisar. — Ele dizia em tom soturno enquanto encarava a densa floresta de concreto.

— Tudo que passamos pra derrotar a máfia e seus mercenários não foram o suficiente? Relaxa. Eu sei bem o que estou falando e tô aqui pra ajudar, no que der e vier.

— Tudo bem...

— Mas se me tomar como uma sidekick sua, pode ir tirando o cavalinho da chuva. Digamos que você é o meu sidekick. — Ela dizia com seu clássico tom provocador.

— Eu vou pensar no seu caso. — Ele deu leves risadas. — Eu assumi um compromisso real com essa cidade agora. Queira eu ou não. Fallow ainda tem muito espaço pra melhorar, sempre sendo desprezada pelas grandes metrópoles ao lado, como Unit ou Crawn.

— Por que nutre esse ódio por Unit? Digo, você nasceu lá, não foi?

— Nasci e me perdi lá. — Peregrino evitava falar de seu pai, o único amor que teve na infância tirado a sangue frio pela cidade unida, e amaldiçoada. —  Depois disso não tive uma visão boa daquela cidade, está tão perdida que nem o vigilante de lá consegue arrumá-la.

— Ou talvez ele seja incompetente.  — Ela disse, rápida e certeira.

— Pode ser também. A questão é que Fallow não pode permanecer como esquecida, ela melhorou e muito, mas ainda tem muito o que fazer.

— Fechado, senhor salvador da pátria. Vamos ver o que rola hoje a noite. Talvez possamos repetir? — Ela deu risadas com a proposta, Apollo fez o mesmo. Ambos decidiram continuar a andarem pela cidade, atravessando os grandes arranha-céus. 

Fallow City era grande, uma das maiores na região. dividia-se em alguns setores: Velha Fallow, Centro, Via Norte e na Colina Cinzenta. Nome dado pela colina que foi completamente asfaltada e passada por cima. 

~

A noite caía no urbano do lugar, sendo assim, o perigo saía junto. A cidade contava com inúmeros becos estreitos e lugares escuros. Nos bairros mais pobres, haviam bordeis, grandes e iluminados com prostitutas sendo objetificadas pelos seus cafetões. Era uma cidade feita no pecado. Porém, o rapinante pairava por Fallow City, com seus intensos e brilhantes olhos verdes na caça de uma presa. Atravessando prédios e céus, como um predador nato.