Capítulo 5 - A heroína!

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Quando Kara mudou para National City, deixando sua história triste e dolorosa para trás, eu senti um orgulho enorme da minha pequena. Ela rapidamente se adaptou a rotina da cidade, e não tinha como ser diferente. A loirinha é dinâmica, extrovertida, simpática e sagaz... Quem via aquela carinha inocentemente angelical não tinha noção do furacão que habitava aquele corpinho! Kara fazia amizade fácil e logo virou o xodó dos funcionários da boate CatCo. Andréa, que era a proprietária do estabelecimento, se afeiçoou logo de cara, já via os milhares de dólares em forma de bebidas alcoólica que lucraria com a loirinha atendendo no bar.

- Quem perturba? Atendeu uma loira que não sabia nem onde estava.

- Tá viva mulher?

- Andreia? Que horas são? Kara esfrega os olhos toda trabalhada no sonolência, quase caindo da cama.

- Hora de você levantar dessa cama, tomar um banho frio e vir trabalhar, ou sua chefa vai te demitir!

- Ela que lute! Riram as duas enquanto a pequena ia se arrastando para o banheiro.

- Chego em um minuto... ok, vinte....

Hoje o dia não seria fácil para meu pequeno sol... Sempre que somos colocados a prova, pessoas aparecem para nos ajudar. Costumamos chamá-las de anjos...

Kara entrou no estabelecimento enchendo o lugar com seu perfume doce e sorriso cativante, dispôs as garrafas de formas atrativas e deu uma última conferida no estoque.

- Sua dedicação quase me motiva. Espreguiçou-se Maggie em um dos bancos do balcão.

- No dia que você fizer algo produtivo, o mundo explode. Brincou Kara, fazendo a morena lhe jogar um amendoim.

- Eu faço várias coisas produtivas viu! Uma delas é atrair bons fregueses.

- Falando nisso... Kara se debruça no balção estreitando os olhos em direção a morena. - Sua fã ficou muito decepcionada com seu showzinho de ontem.

- Porra! Esqueci totalmente que tinha marcado com ela! Maggie da um tapa na própria testa punindo sua memória ruim. - Por isso ela não responde mais minhas mensagens! Que inferno! Ela é tão selvagem... A morena se perde em lembranças fazendo Kara revirar os olhos e jogar o pano, que usava para limpar o balcão, na morena.

- Me poupe dos detalhes sórdidos!

Definitivamente, as noites de sábado eram as mais agitadas. As boate pulsava ao som da música eletrônica e das luzes de led. Minha miúda corria de um lado para o outro, atendendo a todos com o máximo de simpatia, mas um rapas a estava testando, e nesse ritmo ela iria mandar ele para quele lugar logo logo.

- Hey loirinha! Qual é! Eu tenho dinheiro, é só falar quanto você quer pra gente sair daqui e curtir nosso próprio showzinho. O rapaz a segurou pelo braço cuspindo sua luxúria a deixando enojada.

- Não sou esse tipo de mulher, vai dar uma volta na pista, quem sabe o senhor não encontra o que quer. Falou Kara firme tentando puxa o braço.

- Mas eu já tenho o que eu quero. Sussurrou ele a puxando mais para perto, e quando tentou beijá-la, sentiu alguém apertar seu ombro. Ao se virar se deparou com um par de olhos verdes que poderiam dizimá-lo a pó, caso isso fosse possível.

- Não é não meu caro. A voz firme foi seguida de um aperto forte no ombro do rapas. Ele ia responder, mas foi interrompido pelo segurança que havia intendido o sinal que Kara lhe mandou .

- O senhor poderia me acompanhar. O segurança simplesmente o arrastou porta a fora e Lena adorou isso.

- Tudo bem Kara? Ele te machucou? Lena estava se segurando para não ir atrás do abusado e lhe dar uma boa surra.

- Agora que minha heroína me salvou, está tudo ótimo! Brincou a loira, tentando não demonstrar o quanto estava puta da vida pelo comportamento do escroto. Desculpem, mas tenho ranço desse pedaço de carne podre e vocês saberão porque.

Após recusar a carona de Lena, e guardar o pedaço de papel onde a morena havia anotado seu telefone no bolço da calça jeans, Kara rumou para seu apartamento promentendo avisar assim que chegasse em casa. Uma das luzes do poste da rua dos fundos da boate estava queimada, deixando o lugar um tanto escuro. "Quando eles vão arrumar isso em?" Suspirava minha pequena segurando com firmesa a bolsa e puxando o casaco mais para perto do corpo, saindo para a noite fria de dezembro.

Foi tudo tão rápido, que não coube tempo para nada. Num segundo ela estava caminhando, no outro sendo puxada para um beco batendo a cabeça ao ser jogada contra o chão com violência perdendo os sentidos...

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