Capítulo 6 - Advogada do diabo.

1.9K 262 85
                                    

-Eu não acredito que estão me ligando a essa hora, em pleno domingo! Resmunga uma Lena que tentava abrir os olhos... - Lena Luthor.

- Senhorita Luthor, bom dia! Meu nome é Cosima Niehaus, eu sou enfermeira chefe do Hospital Central. Estou entrando em contato devido a uma paciente que deu entrada em nossa unidade nesta manhã...

- Não precisa dizer mais nada, estou indo pra i! Lena encerrou a ligação sem nem ao menos esperar a mulher terminar de falar. Enquanto fazia sua higiene matinal tentava, enlouquecidamente, entra em contato com Samantha sem sucesso.

- Puta que pariu! Atende Sam! Lena saiu pelo apartamento ainda terminando de se vestir, rumando o mais rápido possível para o hospital, desejando que Samantha estivesse bem. "Eu sabia que tinha que ter levado ela pra casa!" Lena se repreendia o tempo todo enquanto dirigia feito uma louca.

- Por favor, me ligaram desse hospital. Sou Lena Luthor! O que aconteceu?! A toda poderosa, estava tudo, menos poderosa. Seu coração batia tão rápido que temeu ter um treco ali na recepção.

A mulher a olhava assustada, mas sabia do que se tratava e logo chamou a enfermeira.

- Senhorita Luthor, foi eu quem te ligou. Cosima, muito prazer. A enfermeira estendeu a mão para uma Lena que não sabia se apertava a mão da mulher, ou limpava a baba.

- Como lhe informei por telefone, hoje pela manhã deu entrada uma mulher sem nenhuma documentação. Ela tinha apenas seu número anotado, e por isso entramos em contato. Enquanto falava a mulher encaminhava Lena para uma das enfermarias, e ao mencionar o número de telefone, retirou um papel de seu jaleco o entregando a Lena que reconheceu imediatamente sua letra parando de abrupto.

- O que aconteceu? Sussurrou...

- Infelizmente só podemos dar informações a parentes. A senhorita conhece algum familiar dela? A enfermeira abriu a porta e Lena não foi capaz de dar um passo sequer, ficando ali, atônita com o que via.

- Eu... somos noivas... - Mentiu? Sim, mas o que ela poderia fazer? Tinha que saber o que tinha acontecido. A enfermeira acreditou, ou fingiu que acreditou...

- Kara... A vós de Lena saiu num fio tremulo enquanto acariciava o rosto da loirinha que dormia, visivelmente anestesiada.

- Ao que parece sua noiva foi assaltada. Ela sofreu uma pancada forte na cabeça e tem sinais de violência sexual. - Cosima fitava a morena que ao ouvir a última informação levantou a cabeça, lançando para ela o olhar mais assustador que ela já viu. Fúria... os verdes olhos de Lena ardiam em fúria.

- O que... - Respirou fundo... - A polícia foi acionada?

- Sim senhorita.

- Ótimo, transfira minha noiva para o melhor quarto deste hospital e... - O telefone de Lena tocou neste momento e quando viu quem era, atendeu rapidamente.

- Samantha, venha imediatamente para o Hospital Central e traga seu lado "advogada do diabo" junto porque eu sou o demônio, e quero matar alguém.

Nem preciso dizer que Samantha largou tudo que estava fazendo, e aqui me refiro a um loirão de tirar o fôlego, e seguiu ao pé da letra as ordens da toda poderosa chegando ao hospital exalando poder e intimidação, dando de cara com a personificação do mau.

- Meu Deus Lena, o que aconteceu pra você estar no seu modo "exterminadora do futuro"?

- Lembra da loira da boate? - Elas adentraram pelo hospital arrancando olhares de todos. Uns de admiração, outros de medo. Duas mulheres estalando seus saltos com feições sérias... Intimidador, eu diria...

- Que... filho da puta! Lena! Imagina quando ela acordar! Sam olhava para uma Kara que ainda dormia tão frágil e vulnerável.

- Olhe pra mim Samantha. Não poupe gastos, gaste cada centavo da minha fortuna se precisar, mas encontre. Entendeu?

- Perfeitamente! Isso é pessoal Lena. Fez com uma, fez com todas. Ele vai mofar na cadeia, ou não me chamo Samantha Arias, a advogada mais foda desse planeta!

Os investigadores chegaram acompanhados pela enfermeira Cosima, e para o total delírio de Lena, eram Braini e sua parceira Alex. Cosima passou as mesmas informação aos investigadores, respondendo a algumas perguntas deles e de Sam, porém, não conseguiram muita coisa, já que a principal testemunha jazia apagada na cama hospitalar.

- Braini! Chamou Lena, o puxando para um canto ao saírem do quarto. - Eu tenho profundo interesse em ver esse caso solucionado o mais rápido possível. Vou deixar a disposição da polícia todo recurso necessário.

- Por hora vamos a boate ver as câmeras, analisar o local, colher o máximo de informação. Não se preocupe Lena, nos vamos pegar esse filho da puta. E.... parabéns pelo noivado. Lamento ficar sabendo desse jeito... Nia vai surtar!

Foi ai que a ficha de Lena caiu. A "mentirinha" havia virado uma bola de neve, e agora lá estava ela noiva de um anjo que adormecia totalmente alheia a tudo que estava acontecendo...  

Memórias | SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora