Quem matou a Miss?

Capítulo 5

Sade Moreau.
Ele é um investigador em tanto. Pesquisei seu nome no Google e li que de todos os casos em que participou em apenas 4 não condenou alguém pelo crime. Ele é um dos bons. E se o Sr. Williamson foi parceiro dele já sei que trabalha de forma frenética, sem pausas. Sem folgas.

Sade virou a noite na delegacia lendo todos os artigos sobre o que aconteceu com Maddie. Leu todas as minhas anotações. Entrou na minha sala, leu até o que tem no meu bloco pessoal.

Acho que com ele a investigação pode ganhar um rumo mais concreto. No momento, estamos analisando os moradores de Hammond que se encaixam no perfil que traçei. Pra minha sorte o novo investigador tirou as mesmas conclusões que eu e quando exibiu o perfil que traçou ele bateu com o meu quase 100%.

— Você também tem a sensação de que estamos deixando alguma coisa passar?— ele pergunta.

Sade e eu estamos na sala do xerife, que agora é onde ficam todos os documentos e artigos sobre a morte de Maddie. Tudo está guardado e organizado aqui.

— Eu sempre tô pensando nisso. — confesso. Nós dois não tivemos muito tempo pra conversa mas agora estamos sozinhos — Sinto que um detalhe pequeno está passando, e que ele pode nos levar a pessoa que fez isso.

Ele me encara.

— Quero investigar o Sr. Calister. — revela — É por isso que vim até aqui. Ele é rico, a filha era linda... Algo está errado. Ele não estava na cidade, tem tanta coisa envolvida. Eu não sei, sinto que devemos focar nele.

— É perda de tempo. — digo.

— Só porque se aproximou dele não quer dizer que ele é inocente. Temos que olhar em tudo, analisar cada possível suspeito. — insiste.

— Então faça, mas não conte comigo pra isso. Estou atrás de algo mais concreto aqui, como por exemplo, Alex Vance.

— O garoto que dá em cima de você?

— Ele está brincando comigo, com todos nós. Ele pode não ter matado a Maddie mas parece o único entre todos que a conheciam que fala a verdade sobre a garota. — cruzo os braços deitando a cabeça pra trás — Precisamos saber quem a Maddie era pra ter alguma noção sobre quem possa tê-la feito mal. Ryan vai sair do hospital hoje, vão trazer ele pra mim, quer participar?

— Claro, e eu quem vou interrogá-lo. Você pode entrar mas me deixe no comando. — ele diz, decidido.

— Não confia nos meus métodos?

— Eu confio mas seu método não te levou muito longe, então vamos experimentar o meu. — Sade abre a gaveta da mesa e coloca a arma sobre ela — Vocês fazem teste do polígrafo aqui?

— Sim mas não sempre.

— Faça com Alex, aí vai ter certeza se ele está falando a verdade sobre a vítima ou se tudo que diz não passa de asneira. — dispara.

— Toda vez que abre a boca parece que não confia na minha investigação. — atiro e ele dá de ombros — É porque eu sou mulher?

— Não. É é porque você não desconfia das pessoas que provavelmente poderiam ter feito isso. — defende — Como o Sr. Calister.

— Você está aqui porque é um caso político ou algo do tipo? É uma perseguição?

— Não posso falar sobre isso.

— Sério? Desde que chegou só tem falado no Sr. Calister e de como ele pode ser o culpado. Não está disfarçando muito bem e só pra você saber e lembrar, foi ele quem requisitou o FBI.