Epílogo estendido - ANNE E THOMAS (Parte 1)

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Olá, meninas. Quando estava postando esta história aqui pela primeira vez, vocês se afeiçoaram mais do que eu esperava pela Anne e pelo Thomas. Não necessariamente por eles dois juntos, mas chamaram a minha atenção para o fato de eles serem personagens bons e carismáticos, que merecem um fim que seja, no mínimo, interessante. Então pensei: por que não fazer com que terminem juntos? Assim, decidi escrever este conto com o objetivo de mostrar que a história deles se cruzou de uma forma bonita e passional, não deixando dúvidas de que ficarão um com o outro no final. Na época que postei pela primeira vez, muitas me pediram um livro, mas o objetivo sempre foi fazer um conto. Fico feliz que tenham tido vontade de ter mais, afinal, só os melhores contos que li me deixaram com esse desejo. Boa leitura! ❤️

EPÍLOGO ESTENDIDO – ANNE E THOMAS (Parte 1)

O casamento de Marcus e Julia, apesar de não ocorrer em Londres, como a maioria dos opulentos casamentos da aristocracia, seria igualmente grandioso e marcante o suficiente para que muitos dos nobres que estivessem na capital, aproveitando os eventos da temporada social, viajassem para o campo a fim de prestigiar a cerimônia.

Lady Clare, mãe de Anne, havia decidido convidar todas as pessoas que haviam sido gentis durante o tempo em que ela e Julia frequentaram a sociedade londrina. A condessa também havia convidado todos os vizinhos, além de amigos próximos. Para a infelicidade de Anne, Charles, Visconde de Hereford, figurava entre os aristocratas que decidiram viajar para o campo e assistir ao casamento. Anne o odiava.

No início da temporada, ele havia ido até sua casa e pedido para cortejá-la. Se Anne não soubesse seus reais motivos, era provável que ficasse tentada a aceitar. Ele era bonito, charmoso e bastante jovem, ela achava que tinha em torno de 21 ou 22 anos. Uma combinação quase irresistível para uma dama inexperiente e disposta a aproveitar todas as oportunidades que tivesse para mudar isso. Tomando sempre o cuidado de preservar sua reputação, afinal, ainda possuía o desejo de encontrar um marido que fosse bom para ela. Infelizmente, ao observar a devoção de Marcus para com Julia ao longo de todos aqueles anos suas expectativas haviam se elevado bastante.

Logo antes de Charles ir até sua casa pedir para cortejá-la, Anne, por acaso, em um dos bailes que frequentara, o ouvira fazendo uma aposta com dois de seus amigos. Os rapazes apostavam quem conseguiria ficar noivo mais depressa e desfazer o noivado ainda mais rápido. Ele a escolhera como vítima, pois, segundo suas próprias palavras, Anne parecia "uma tonta deslumbrada com tudo".

Ela ficara perplexa demais ao testemunhar aquele comportamento tão mesquinho e maldoso. Lágrimas de raiva haviam aflorado de seus olhos e ela fechara os punhos ao lado do corpo, preparada para ir até o maldito e esbofeteá-lo o mais forte que pudesse. Felizmente, uma quarta figura, alta e imponente, aparecera e fizera com que o grupo se calasse.  Anne reconhecera o cabelo claro de Thomas Hughes, Visconde Clayton, e observara fascinada enquanto ele se aproximara de Charles, olhando-o como se ele fosse o mais insignificante dos homens. Os dois outros rapazes se afastaram alguns passos, suas expressões dizendo que queriam ir para muito mais longe.

– Sabe, Hereford – dissera Thomas, em um tom gélido, parando bem à frente de Charles e olhando-o de cima, parecendo satisfeito com a boa diferença de altura entre eles. – Eu conheci seu pai há algum tempo, era um bom homem. Foi uma pena ouvir a notícia da morte dele e ainda descobrir que você é o único herdeiro. Sempre achei que moleques como você não deveriam herdar merda nenhuma. Eu estava certo. Você vai transformar tudo que ele construiu em uma pilha de lixo, igual a você. – Thomas dera um passo a frente e encostara um dedo, com força, no peito de Charles, que se encolhera. – Se eu souber que tentou se aproximar de Lady Anne novamente, vou me encarregar pessoalmente para que sua ruína chegue ainda mais rápido e seja duas vezes mais humilhante.

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