Senhora da Luz e das Trevas

Capítulo 8 - Poder

A floresta densa não abria caminho facilmente, tínhamos que usufruir de magia ou facão,estamos a muito tempo andando,no inicio,a temperatura quente era agradável e bem vinda,mas conforme adentramos mais na floresta,ficou desagradável,era sufocante,o suor escorria pelas nossas temporãs e costas,estávamos com o dores nos pe já cheios de bolhas,não tínhamos comido ou parado para descansar em nenhum momento e mesmo assim o suriel não demonstrava cansaço algum,estava determinado a chegar em seu esconderijo secreto, sinceramente não sei como aceitou vir conosco,ir para um lugar desconhecido com um ser estranho e traiçoeiro,alegando que uma deusa com o mesmo nome que eu estava dentro de mim,isso é um absurdo, ora,que mal havia em eu não saber do meu passado,não ter lembrança nenhuma e poderes desconhecidos,mas sou uma bruxa,bruxa são normais! Pelos outros deuses ou ate mesmo o caldeirão, espero que isso seja mentira, ou isso viraria uma enorme bola de neve.

-“Estou cansada, preciso descansar antes que eu desmaie”- eu disse parando e pondo as mãos na cintura para recuperar o fôlego, Tamlin também parou, o suriel apenas olhou para mim com sua túnica roxa bordada em ouro.

-“Como conseguiu essa túnica?”- perguntei já sabendo a resposta,ele roubara,dei um meio sorriso e estreitei os olhos, ele fez o mesmo,mesmo não tendo lábios para sorrir,ele preferiu não responder.

-“Tenha calma minha deusa, estamos a um passo de chegar”- ele disse com sua voz áspera e grave, ser chamada assim me trouxe uma onda de raiva.

-“Eu não sou uma deusa!”- eu disse, soltei uma onda de poder, mas não sei para aonde eu havia direcionado, Tamlin e o suriel paralisaram, todos com expressões de espanto.

-“Não é o que seus olhos dizem Lyanna”- disse Tamlin, ”Mas o que?” convoquei um espelho e o que vi trouxe um frio percorrer minha espinha, indo para meu âmago, meus olhos..córnea e Iris ,estavam completamente brancos,substituindo a cor avelã,a terra sob meus pés começaram a tremer,Tamlin veio de encontro comigo,quando nos abraçamos procurando apoio para não cair,o terremoto parou,o silencio sobre a floresta quente se estendeu e logo deu lugar a um vento calmo mas forte que veio de dentro de mim,quebrando a barreira de som,percorrendo todo o território da corte crepuscular.

“Os grasnados dos corvos negros como os olhos da tecelã eram horripilantes, suas garras afiadas cortavam minha pele, arrancando sangue, os machucados feitos ardiam como o inferno, estava tentando me reorientar, mas conforme eu andava ,os corvos me seguiam,fazendo um circulo envolta do meu corpo, eu me sentia aterrorizada, o medo subindo pela minha nuca, ate que os pássaros abriram espaço, e veio um ser de luz ate mim, seu corpo cintilante nu, seus cabelos de luz flutuante, ela, a coisa,seja lá o que era, não tinha, olhos,boca ou nariz, mas algo em sua áurea angelical era cordial,eu me sentia em paz,confiava nela,ela chegou ate mim com uma faca na mãos,era uma karambit cinza escura curvada,no topo do punhal jazia uma pedra vermelha,um rubi de sangue,ela apontou para mim  e atacou meu peito ,eu não resisti,não lutei,ainda permanecia sob seu enquanto,eu só fiquei ali,quietinha,sentindo a morte me tomar e enquanto isso acontecia,eu observava o ser de luz de tornar pura escuridão,seus olhos ficaram totalmente pretos,assim como seu corpo e cabelo,ela me deu um sorriso com dentes pontiagudos e gritou,um grito de estourar os tímpanos,a dor me percorreu,como pode aquele ser de luz se tornar naquilo?”

Acordei subitamente, o suor percorrendo meu corpo que tremia de frio, aquilo não foi um pesadelo, pelos deuses, tinha que avisá-los, sai do meu quarto rapidamente, corri por corredores perdida, pois ainda não havia me familiarizado com a nova mansão de Feyre, dobrei um corredor de achei o quarto de Rhysand, entrei de prontidão, ele estava em pé em frente à varanda, olhando pelo horizonte de sua corte, olhou para mim com cisma. Ignorei Feyre dormindo na cama, ela acordou, se perguntando que eu estava fazendo aqui.