Capítulo 13- Conquista

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TAMLIN
Aquela dor era intensa,já era noite,resolvi caminhar pelo jardim da mansão ,aproveitar o ar suave depois de um dia cheio de reuniões com comandantes,mas,cada canto  do jardim me fazia lembrar dela,amargura surgiu no centro do meu estomago,me tomou por completo como um casulo,aquilo era dor,alguns a chamam de crise de pânico,eu não conseguia respirar,meu peito pesava,minha mente repetia sem parar as mesmas frases     ” monstro,insuficiente” por mais que eu me empenha-se a respirar,uma parte de mim queria que meu pulmão simplesmente parasse de funcionar,eu gostaria de morrer,assim,como covarde que sou,não sentiria o destino trazendo de volta toda a dor que causei ao meu povo e a ela.. Feyre parecia viva na reunião dos grão-senhores, radiante, algo nos olhos dela brilhava,brilhavam por ela,por Rhysand,por finalmente ter encontrado felicidade,algo que nunca a dei.Alegria  e liberdade,os olhos de Feyre nunca brilharam daquela forma para mim, pelo contrario,eu destrói a pequena centelha ,uma pequena chama que ressurgiu depois de Amarantha . Eu percebi que não era apenas um truque de Rhysand,mas era amor verdadeiro,era parceria,quando por apenas instantes,o príncipe da escuridão morrera na batalha contra o rei. Ela chorou como se algo tivesse quebrado dentro dela,o laço havia se rompido,eu podia sentir a dor dela e então eu vi,que Feyre nunca foi minha. Uma parte de mim pensa que a havia superado,mas não superei e nem sei se superarei a dor que causei a todos.
Voltou com mais força,a angustia explodiu em meu peito me fazendo liberar magia,tentei controlá-la mas de nada adiantou pois cada músculo do meu corpo se esticou,mudou,se modificando para ficar sob quatro patas e num clarão de luz,meu corpo feérico era agora a mesma fera que buscou a grã-senhora da corte noturna na cabana fúnebre de uma vida passada. Uma besta dourada com chifres,aquilo desencadeou mais dor,era Maximo que poderia agüentar,corri para floresta,destruindo tudo a minha frente ,afinal era so isso que sabia fazer, destruir.

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-“Papai”- alguém disse, com a voz doce, eu conhecia essa voz, mas ao mesmo tempo não me lembrava de quem a pertencia. Minha mente estava um redemoinho de confusões, demorei a perceber onde eu estava de alguma forma depois de correr por toda a floresta da redondeza feito um animal selvagem, eu estava de volta à mansão, na sala do trono, ainda em minha forma animal, podia sentir pequenos espinhos em meu pelo dourado.
-” Papai”- chamou de novo,era Asterin,a pequena garota loira em minha frente,me observava com seus olhos grandes feito duas esmeraldas,suas pequeninas mãos repousavam sob meu pelo.
-“Papai você esta bem?”- perguntou ela fazendo carinho em meu rosto, seus olhos mostravam sua preocupação genuína ,meu peito explodiu de alegria e ansiedade,sorri quando me transformei em minha forma original,tomei a pequenina em meu colo.
-“Você me chamou de papai”- eu disse com lagrimas nos olhos.
-“Você é meu papai,cuidou de mim”- ela tomou meu rosto e com magia ela mostrou quando no inicio,ela pegou uma gripe,o sistema dos humanos era fraco em relação ao clima,mesmo ao clima quente da corte primaveril,ela pegou um resfriado e tremia de febre. Asterin mostrou o momento que coloquei minhas mãos em sua pequena testa para medir sua febre,a coloquei sentada na cama e a servia sopa que Alis havia feito especialmente para ela,a cada colherada na boca dela o rosto dela se iluminava,Alis era ótima com a arte da culinária. Assim que a sopa acabou , peguei a pequena humana no colo,deitei com ela na cama,fazendo sua cabeça repousar sob meu peito.
-“Como esta se sentindo agora minha princesa?”- perguntei fazendo carinho em seus cabelos loiros,como os meus.
-“Estou melhorando,mas com dor de cabeça”- eu podia ver ela formando biquinho com os lábios,exibindo tristeza. Com magia coloquei minha Mao sob sua testa,a dor ali sumiu como num piscar de olhos,mas mantive a Mao para reconfortar a febre.
-“Pode cantar ,por favor?”- perguntou ela virando a cabeça,olhando para mim com doçura no olhar. Com receio eu cantei.
-“é tão tarde, a manha já vem,todos dormem,a noite também.
Só eu velo,por você ,meu bem,dorme anjo.”- soltei tentáculos de poder e por meus dedos saiu pequenas luzes como vaga lumes pelo quarto escuro,Asterin as olhava com admiração.
-“ la no céu,deixam de cantar os anjinhos,foram de deitar,mamãezinhas cantam:
Brilha, brilha estrelinha “- mal terminei de cantar e a pequena repousou sua cabeça em meu peito e adormeceu,seu rostinho pálido já ganhava cor,a pele de porcelana fazia ela ser vista como anjo. O peito se encheu de alegria e empatia,beijei sua testa e dormi ali mesmo,com Asterin No colo.
A memória se dissipou e Asterin mesmo sendo humana,usou magia para mostrar mais memórias. Ela e eu corríamos pelos jardim,ela montava minha forma animal,brincávamos de pega-pega,outra memória; estávamos na biblioteca,eu estava lendo para ela enquanto a mesma comia seu mingau de café da manha. As memórias acabaram,senti escorrer lagrimas quentes pelo meu rosto,sorri
-“Ah meu anjo”- beijei sua testa.
-“Você não destrói tudo papai,você é bom”- disse ela limpando minhas lagrimas com seus dedos pequeninos. O caldeirão só poderia te-la mandado para ele para ajudá-lo,para mante-lo vivo quando estive quase desabando novamente.
Passamos o dia junto,apesar de Edday um dos  comandante,exigir outra reunião,as coisas estavam ficando mais complicadas,o exercito conquistado por e por Lyanna não era o bastante,mas estavam aprendendo rápido a lutar e se defender.
-“Astride querida”- chamei ela enquanto comia seu jantar,ela me olhou,sua atenção em mim.
-“Você terá que ficar um tempo com Alis”- a mesma entrou pela porta de madeira dupla,ela se sentou a mesa com seus sobrinhos,todas as noites eles jantavam conosco,essa era uma mudança em mim eu me orgulhava,eu estava tratando a todos igualmente,é claro,os que mereciam meu respeito.
-“Por que?”- perguntou a humana,era pequena mas sua mente era afiada.
-“Eu partirei para litoral norte,tenho negócios a resolver”- o que era verdade,alguns desertores infiéis,e havia aqueles não respondia meu chamado para se juntar a causa,esta certo que errei com todo meu povo,mas eu ainda era seu grão-senhor,fizeram juramentos e deviam cumprir com ele .
Astride não respondeu,apenas assentiu e continuou a comer. Naquela noite dei um beijo de boa noite com o coração na Mao,querendo ou não ela estava certa,ela se tornou uma filha  e deixá-la para ir para longe era difícil,ainda mais com uma promessa de vingança da mãe sombria. Isso me fazia lembrar Feyre,em como eu a deixei aprisionada e sufocada de tanta proteção. Calculei um numero básico de sentinelas para proteger Astride sem que ela se sentisse pressa. E lancei mais um feitiço sob o território longo da mansão,nenhuma alma com intenções ruins poderia entrar e se tentasse,guerreiros de Tarquin,agora meus,aniquilariam o ser. Parti rumo ao norte com alguns soldados ao encalço,para causar medo em alguns procrastinadores e infiéis .
E funcionou,assim que os comandantes de cidades que intitulei me viram,se amedrontaram e juraram me obedecer,cederam soldados,mas não deixei nenhuma cidade desprotegida.  Foi uma caminhada a cavalo de dias,apesar de nos seres feéricos serem mais rápidos,chegamos na ultima cidade do território norte, Melchior comandava a cidade de Pripyat,era uma grande cidade,e seu comandante era rude e se recusava me obedecer e ajudar na causa.
-“Você nos causou isso,você faz bagunça e agora somos obrigados a limpar sua sujeira?”- disse o homem moreno com músculos impecáveis e uma careca com uma coroa prateada. Ele especulou em seu acento na sala de estar de sua mansão.
-“Cuidado como fala Melchior”- falei grunhindo,de nada adiantou, o rosto de Melchior continuou com a mesma expressão de soberano indomável.
-“Eu fiz isso sim,mas com o intuito de proteger a corte. E sim,devem limpar a bagunça,deve me obedecer ,pois fizeram um juramento,cumpra com ele.’- falei em tom severo. O comandante se levantou e ficou em minha frente,
-“Você também fez um juramento e não cumpriu com ele.Então,não,não vou lutar ao seu lado.” Desfiou o Grão-senhor. Eu apenas sorri,caminhei para perto da fogueira,as chamas brilhavam com muita intensidade,seu calor me lembrou Lyanna e todo sua autoridade e confiança em si mesma.
-“Sabe Melchior”- eu disse ainda olhando para as chamas-“Você esta certo,principalmente sobre você não lutar ao meu lado.”- me virei para ele,Melchior estremeceu um pouco,talvez por meu olhar estar repleto de sombras,as sombras que um grão-senhor tinha que usar com seres como Melchior.
-“Você não lutara ao meu lado”- eu disse com minhas garras invisíveis de magia,forcei sua perna e a quebrei,o comandante caiu de joelhos a minha frente,seu rosto estampava dor e medo,sua coroa prateada caiu no chão e rolou ate meus pés,a peguei nas mãos,olhei cada detalhe dela.
-“Acha que não ouviu os boatos por ai? Dizendo que um certo comandante de Pripyat estava no se tornando o novo soberano da corte primaveril.”- sentei em uma poltrona alta,quase um trono. Eu ri.
-“Voce é rude com meu povo,os deixa famintos,desabrigados e quando roubam comida para sobreviver você os mata.”- Melchior olhava para mim com medo e assombro,os mestres atrás dele não ousaram de mover,nem mesmo o conselho Da cidade que também estava na reunião.
“-Quando eu chamo,você vem,você obdece. Certa vez eu errei como grão-senhor,mas não agora meu caro Melchior”- eu disse olhando para ele,ele apenas ficou quieto,o comandante outra hora implacável,agora se encolhia.
-“Eu coloquei você no poder dessa cidade”- caminhei ate ele,ele abaixou a cabeça,eu a ergui pegando em seu pescoço com força,minhas garras para fora,espetando sua carne, o cheiro de sangue subiu por minhas narinas.
-“Certamente , também poderia tirar”- sorri,as pressas causaram mais medo ainda no comandante,eu poderia rasgar sua garganta ali mesmo. Mas,agarrei seu pescoço com mais força e o arrastei para fora. A mansão de Melchior ficava em uma praça movimentava,assim que pisei para fora com o comandante daquela cidade sendo arrastado pelo chão,a praça se encheu, o povo deu sua total atenção para mim.
-“Estou inclinado a dar uma segunda chance a você”- eu disse,Melchior agora todo sujo e com a perna ensangüentada e quebrada me olhava,o povo fazendo silencio par escutar. Olhei para todos ali,com calma.
-“Melchior ousou me desafiar,me contrariar. Ousou ferir meu povo,machucou e tirou vidas,vida de seus irmãos,pais ,família e ate amigos. Mas agora acabou.”- peguei o comandante pelo colarinho de sua roupa fina,embora esfarrapada e suja no  momento.
-“Você cumprirá seu juramento com o povo e comigo. Se eu souber que você cometeu qualquer coisa injustamente,você sofrera o dobro.”- o joguei no chão,a praça estava cheia de vozes quando sai ,uns fofocavam e outros suspiravam de alivio. Caminhei ate o chefe da guarda e imediatamente,ele me providenciou guerreiros para causa,contra a mãe sombria.
Voltei para casa com muitos guerreiros,estava tudo nos conformes,mas ainda faltava. Mesmo com o respeito por mim restaurado,faltava soldados,havia mais territórios para ir,então tive uma grande idéia,com muito trabalho eu poderia cumprir tal coisa mas faltava Lyanna,minha princesa e general ,chegou então. Ela estava acompanhada de um suriel e outras cinco mulheres,o poder a volta delas vibrava,irradiavam poder,principalmente Lyanna,ela estava diferente e percebi ,pelo laço ,que algo estava errado.

Senhora da Luz e das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora