Seungmin

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Eu estava me arrumando para ir dormir, dessa vez eu estava determinada a ter uma boa noite de sono, sem paralisias ou pesadelos. Coloquei meu pijama de preferido e fui para a cozinha esquentar uma xícara de leite, brinquei com meu gatinho enquanto o leite esquentava e quando pronto fui para meu quarto, minha cama se encontrava cheia de cobertores e edredons. Liguei o home theater do meu quarto e coloquei algum áudio aleatório de sons de chuva, bebi a xícara de leite calmamente, sempre prestando atenção em minha respiração e pensando nas minhas melhores lembranças, não demorou muito para que eu pegasse no sono após eu me deitar.

Eu estava em um plano totalmente branco, descalça e ainda de pijama, comecei a caminhar até que em algum momento o plano se tornou uma floresta e meus pés doíam por pisar naquela superfície cheia de gravetos, mato e espinhos, continuei caminhando calmamente até chegar em uma clareira, olhei em volta e traços do que um dia foi o acampamento preenchiam o lugar. Uma lona rasgada esvoaçava de encontro ao tronco de uma das árvores, os resquícios de uma fogueira se encontravam no centro do acampamento e ao canto um amontoado de tecidos vermelhos parecia esconder algo. Me aproximei com cautela do tecido, percebi então que os tecidos eram na verdade peças de roupa e que suas cores originais não eram vermelho, aquilo era sangue. Com um graveto removi peça por peça, o odor metálico e de putrefação se espalhava pelo ambiente, ao fim restava apenas uma polaroid no chão, larguei o graveto e com cuidado estendi a mão para pegar aquela foto. Na imagem havia uma garota como eu, na verdade, aquela era eu ali na clareira, agachada perto da pilha de roupas, virei a foto e havia uma mensagem escrita com o que juguei ser sangue também. Atrás de você. Senti uma lufada de ar quente acima do meu ombro, o cheiro muito parecido com algo em decomposição inundou meus pulmões, parecia queimar. Prendi a respiração, eu sabia o que iria acontecer se eu olhasse para trás. Levantei e andei calmamente para longe da li, aos poucos senti que aquela presença desaparecia, o plano mudou novamente e eu não mais estava em uma floresta, o lugar era agora um hospital antigo e abandonado a se julgar pela aparência do local. Caminhei da recepção onde eu estava até as escadas que levavam para o piso superior, as luzes do corredor piscavam vez ou outra, alguns quartos estavam fechados e outros abertos, geralmente os quartos abertos possuíam manchas de sangue por parte do assoalho e dos colchões chegando ao fim do corredor uma porta a minha direita se abriu por instinto entrei no quarto, a porta se fechou atrás de mim, porém continuei caminhando em direção a cama onde havia outra polaroid, analisando a foto percebi que se tratava de mim dentro daquele quarto, virei-a e atrás havia outra mensagem. Não adianta fugir, eu sinto seu medo. Deixei a foto no mesmo lugar e caminhei até a porta, para a minha surpresa a mesma se abriu, voltei ao corredor e ao final do mesmo havia uma silhueta, o cheiro de decomposição do plano anterior voltou e novamente prendi a respiração, a silhueta começou a se mover em minha direção e as luzes atrás de si iam se apagando uma por uma, nesse momento eu já estava congelada, queria correr mas não conseguia, queria fechar os olhos mas também não era capaz, quando a silhueta estava a apenas uma lâmpada de distância vi a primeira luz do corredor se acender e um garoto vestido de branco correr até a silhueta quando a escuridão da mesma já quase me engolia o garoto estalou os dedos a sombra sumiu, ele colocou as mãos em torno do meu rosto verificando se eu estava bem e ali tão próximo de mim pude observar seu rosto. Olhos grandes e bondosos me observavam preocupados, sua testa franzida enquanto procurava algo, os lábios formando um bico adorável, o garoto me lembrava a um filhote de golden retriver. Ele se afastou de mim e me encarou, ele estalou os dedos novamente e estávamos em meu quarto, incrivelmente meus pés se encontravam limpos assim como meu pijama, ele segurou minha mão e me levou até minha cama, deitei-me e o garoto me cobriu, ele se sentou ao meu lado na cama e por estar me sentindo tão segura fechei os olhos, a última coisa que senti antes de dormir novamente foi sua mão passando pelos meus fios.

Quem é você?



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Quem é vivo sempre aparece né? Kkkkkk
Peço perdão pelo sumiço mas as coisas estavam uma bagunça.
De qualquer forma pretendo estar mais ativa nessa quarentena, postei uma one shot Seungin no meu perfil ontem e quem quiser poder dar uma olhadinha.
Ademais Obrigado por lerem, deixem um comentário com a opinião de vocês e dêem a estrelinha se gostarem da história.

UwU

Imagines - Stray kidsOnde histórias criam vida. Descubra agora